terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Calle 13 - (2010) Entren Los Que Quieran


Calle 13 é um excelentíssimo trio de música eclética de Porto Rico. Seus trabalhos são uma deliciosa salada sonora temperada pelos mais variados paladares estéticos. A linha principal seguida pelo grupo é a do rap, no entanto, com muita desenvoltura, versatilidade, ótima produção e talentoso desempenho, o trio cria e recria estilos fazendo experiências e mesclagens inusitadas que no final soam um musical carnavalesco em simbiose com os filmes bollywoodianos da Índia. Influência essa admitida pelo próprio grupo. Entren Los Que Quieran, o quarto álbum do trio, é para mim o melhor trabalho deles. Várias músicas do disco receberam prêmios e a bolacha chegou a ser indicada como o melhor álbum do ano pelo Grammy Latino. Um disco inteligente, sarcástico, cheio de bom humor e belamente multifacetado em estilos como o tango, cumbia, rock, reggae, etc. Tudo muito bem misturado. O álbum ainda consta com participações especiais que acrescentaram bombásticas performances: o guitarrista Omar Rodriguez do The Mars Volta; as cantoras Totó La Momposina, Susana Baca Maria Rita; e o brilhante Seun Kuti. Discaço!

Calle 13 - (2010) Entren Los Que Quieran:

01 Intro
02 Calma Pueblo (Feat. Omar Rodriguez)
03 Baile De Los Pobres
04 La Vuelta Al Mundo
05 La Bala
06 Vamo' A Portarnos Mal
07 Latinoamérica (Feat. Totó La Momposina, Susana Baca & Maria Rita)
08 Inter - En Annunakilandia
09 Digo Lo Que Pienso
10 Muerte En Hawaii
11 Todo Se Mueve (Feat. Seun Kuti)
12 El Hormiguero
13 Prepárame La Cena
14 Outro

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Não siga este conselho, rsrsrs (faixa Vamo' A Portarnos Mal):



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sábado, 27 de janeiro de 2018

Vivi Pozzebón - (2011) Madre Baile


Aquelas descobertas maravilhosas que você não escuta em qualquer lugar, apesar de estarem espalhadas pela internet, e que não são pesquisadas por quem não quer expandir seus horizontes musicais, caem inevitavelmente nos meus ouvidos e param neste blog. Faltou modéstia da minha parte, eu sei. Mas foda-se! Estamos diante de mais um dos discos mais bonitos que já ouvi na vida! Foram tantos e serão outros tantos. Madre Baile, o segundo álbum da cantora argentina Vivi Pozzebón, é beleza pura de cabo a rabo. O disco inteiro é uma obra-prima. Belíssima produção; acabamento técnico impecável; musicalidade eclética de extremo bom gosto; performance deslumbrante! A pesquisa musical para a realização da bolacha foi de um cuidado amoroso absoluto; não pouparam requinte e sofisticação na composição dos arranjos. O trabalho passa pelos mais variados estilos musicais tradicionais: batucadas afro-latinas, samba, tarantela, cumbia... Leves elementos eletrônicos juntam-se a violas, tambores, teclados, sanfonas e grooves poderosos. E temos o extraordinário canto e interpretação de Vivi Pozzebón na lindíssima língua espanhola.

Vivi Pozzebón - (2011) Madre Baile:

01 Santitos
02 Madre Baile
03 Cariñito
04 Negrito
05 Que Linda Parejita
06 Arriba Quemando El Sol
07 Na Cadência Do Samba
08 Sulky
09 Nueva Era
10 Dragona
11 Se Me Van Los Pies

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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Novalima - (2008) Coba Coba


Em Coba Coba, terceiro álbum da banda peruana de electro-swing, Novalima, há a expansão da fórmula criticamente aclamada desenvolvida nos seus trabalhos anteriores, junto com fusões para novos e excitantes direcionamentos. O título do álbum deriva duma expressão afro-peruana para incitar entusiasticamente músicos em performances que exigem virtuosismo técnico. Coba Coba aprofunda sua influências nas raízes afro-peruanas aliadas aos seus gêneros primos como o reggae, dub, salsa, hip-hop, afrobeat e ritmos cubanos.  Desta vez com uma abordagem mais orgânica, as músicas refletem com mais precisão a sonoridade perfilada ao vivo, e tudo graças ao trabalho dedicado junto a uma banda real, em vez de uma delineação de experimentos mais eletrônicos e de estúdio. O produtor britânico Toni Economides, colaborador de artistas como Nitin Sawhney, De Lata, Bugz In The Attic e 4hero, entre outros, acrescenta seu toque especial aos mixes do disco. O resultado é uma modernização da música afro-peruana que tornou o gênero mais acessível a um público mais amplo e novo. Então, vá dançar!

Novalima - (2008) Coba Coba:

01 Concheperla
02 Liberta
03 Se Me Van
04 Ruperta - Puede Ser
05 Africa Lando
06 Coba Guarango
07 Camote
08 Mujer Ajena
09 Tumbala
10 Kumana
11 Bomba
12 Yo Voy
13 Bolero

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Sinta a pegadis (faixa Camote ao vivo no KEXP):



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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Afro Cuban All Stars - (1999) Distinto, Diferente


Coisa fina, finíssima! Delícia de música. A música cubana é conhecida por sua fineza e características muito peculiares. O jazz, as influências africanas da religiosidade da Santería, o bolero, o chachachá, a salsa, o son montuno, a timba, a guajira, o danzón, a rumba, a abakua e a língua espanhola, dão um tempero bem típico neste prato multi saboroso. Em meio a este calorão dos diabos, temos hoje o internacionalmente prestigiado, Afro Cuban All Stars. Chegamos próximo ao fim do mês com essa preciosidade de disco, o segundo álbum do grupo, Distinto, Diferente. Impossível não se apaixonar por tanta beleza e deslumbramento, tanto requinte e profissionalismo de uma música madura e tradicionalíssima. Liderada por Juan De Marco González, ex-membro da Sierra Madre, a banda tem sido uma das mais importantes divulgadoras e popularizadoras da música cubana pelo mundo. Aqui a batucada come solte, a virtuosidade nos metais causam delírio, o piano nos embriaga de beleza, e goza-se na calça de tanto tesão sonoro! Bolachinha também obrigatória!

Afro Cuban All Stars - (1999) Distinto, Diferente:

01 Distinto, Diferente
02 Tumba Palo Cocuyé
03 Tributo Al Niño Rivera
04 Reconciliación
05 Variaciones Sobre Un Tema Desconocido
06 Al Vaivén De Mi Carreta
07 Gandinga, Mondongo Y Sandunga
08 Huellas Del Pasado
09 Warariansa
10 Homanaje A Martha Valdés

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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

The KutiMangoes - (2016) Made In Africa


The KutiMangoes é uma banda dinamarquesa de afrobeatMade In Africa é o segundo espetacular álbum do grupo. Seu título "nada" sugestivo já lança a proposta do trabalho na cara do consumidor. Pow! As influências estão claras e exatas para não haver engano. O disco de estreia dessa rapaziada, Afro-Fire, já se mostrou um grande sucesso, e agora, com uma certa repaginada bem refinada e sutil, eles voltaram transmutados apresentando um trabalho que evidencia um belo progresso. Há um cuidado mais dedicado ao desenvolvimento da linhas melódicas e das desenvolturas técnicas harmônicas. Excelentes solos de metais e teclados não economizaram virtuosidades desta vez. Antes de chegar na terceira faixa, eu tenho certeza de que o seu coração já foi conquistado com tanta alegria, beleza e performance profissionalíssima. Com o desenrolar do álbum, elementos musicais mais africanizados se fazem presentes, mostrando que a pesquisa e estudo para a composição da obra foi minuciosa. Eu demorei mais de um ano para ouvir este disco; me arrependo, é um trabalho para se ouvir sem demora.

The KutiMangoes - (2016) Made In Africa:

01 Ouagadougou
02 This Ship Will Sink
03 Bamako By Bus
04 BIC
05 M'ba
06 Hunting
07 Adjoa
08 Red Rain
09 Tolma
10 Nin Gang (Hear My Call)

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domingo, 21 de janeiro de 2018

Dub Colossus - (2011) Addis Through The Looking Glass


Por gentileza, Oficina De Macacos: "[...] Negada inovadora, com o prazer de mostrar o poder emanado pela música étnica africana em geral. [...] Além de apresentar sonoridade marcante, exclusiva e moderna, Dub Colossus ostenta a alusão da música tradicional da Etiópia. Carregada da profusão vocálica dichavando qualquer tipo de métricas convencionais. Elevando seus tímpanos às alturas, e logo, arremessando-o na correnteza da gravidade inventiva desta música de tradição ancestral. [...] 'Addis Through The Looking Glass', lançado em 2011, chega espalhando a evolução e maturidade da banda. Elementos de maior riqueza são explorados a fundo. A sonoridade vem fixada sobre a maciez de batidas mais retas – diferente da quebradeira incessante dos álbuns anteriores. [...] Vibrando forte, um som fabuloso de arrepiar o esqueleto. [...] Neste novo disco, o Reggae fundamenta-se como principal ingrediente. Mas a sonoridade destes colossais artistas é ilimitada, mestiça e inebriante. [...] Altamente recomendado aos mais bem aventurados em novas trilhas musicais".

Dub Colossus - (2011) Addis Through The Looking Glass:

01 Addis Through The Looking Glass
02 Dub Will Tear Us Apart
03 Wey Fikir
04 Yeh Shimbraw Tir Tir
05 Tringo Dub
06 Satta Massagana
07 Kuratu
08 Feqer Aydelem Wey
09 Guragigna
10 Yezema Meseret
11 Yigermel
12 Wehgene
13 Uptown Top Ranking
14 Gubeliye

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sábado, 20 de janeiro de 2018

José Rizo's On The Latin Side All-Stars - (2007) Tambolero


José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars é um super conjunto de figuras legendárias do Latin Jazz. Seu bandleader José Rizo, além de ser um dos grandes músicos nessa empreitada, é um locutor de rádio que apresentava um programa chamado “Jazz On The Latin Side” no KKJZ 88.1 FM (KJazz) em Long Beach, California. Logicamente, o título do programa acabou inspirando e sendo usado como nome para o conjunto. Os caras fazem uma porretíssima sonzeira virtuosa! A experiência técnica de anos dedicados ao jazz são extremamente evidentes em seus trabalhos, sentimos todo um profissionalismo amoroso fluindo nas caprichadas e saborosas músicas. Tambolero é o quarto trabalho de Rizo neste projeto. Fica muito difícil saber qual o melhor álbum até o momento, é só coisa fina realizada por esse camarada e sua trupe. A especialidade desse pessoal é o Latin Jazz, e a pauleira come solta em inúmeras batucadas chamuscantes, solos mirabolantes de metais efervescentes de alegria, swingueira nervosa e rodopiantes digressões melódicas formando tornados sonoros. Cinco stars!

José Rizo's On The Latin Side All-Stars - (2007) Tambolero:

01 Granizo
02 Amanecer Intro
03 Amanecer
04 Ah Leu Cha
05 Yer Or No
06 Baila Mi Gente
07 Buscando Al Curandero
08 Danilo En La Flauta
09 Mama Vieja
10 Señor Olmos
11 El Eco Del Tambo

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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Dopapod - (2014) Never Odd Or Even


Capas de discos hiper coloridas sempre me chamam a atenção. Principalmente estas que possuem um monte de informações, desenhos e símbolos ao estilo pinturas de Hieronymus Bosch. Dopapod em seu quarto álbum de estúdio intitulado Never Odd Or Even, escolheu o artista certo para representar na capa do disco o multi-cromatismo sinestésico de seu conteúdo. O artista responsável por esta beleza chama-se David Welker e sua obra é repleta de psicodelia, fantasias e sonhos. Tudo o que eu gosto! Acredito que esta é uma das bandas mais coloridas que já ouvi, rsrsrs. Dopapod faz um som que é a transfiguração sonora das impressões de sonhos e fantasias, de experiências psicodélicas e sinestésicas, de viagens cósmicas e perambulações atmosféricas. Em Never Odd Or Even temos um rock progressivo alegre e sereno, onde cósmicas e plásticas virtuosidades técnicas fundem-se em voos encantados de sonoridades flutuantes e ambientações ora introvertidas, ora extrovertidas de espaçosos abraços contemplativos. Um trabalho onde cada faixa é um gostoso despertar dum sonho brilhante para outro ainda mais iluminado.

Dopapod - (2014) Never Odd Or Even:

01 Present Ghosts
02 Picture In Picture
03 Like A Ball
04 FABA
05 Sleeping Giant
06 Nerds
07 Hey Zeus! (¿Que Tal?)
08 Psycho Nature
09 Upside Of Down

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O link expirou, então, compre o disco!

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Banda Olifante - (2011) 10.000 Migrants


Você não ouviu nada como isso. Mas claro, apenas se você não conhece esta banda. Banda Olifante, banda italiana, super original e de extrema criatividade. Simbiose eclética dos mais variados ritmos efetivam-se aqui com desenvoltura, liberdade experimental e uma alegria infantil de quem brinca profissionalmente com a música. Esta é uma mega banda do tamanho de um elefante, são quinze integrantes que preenchem suas composições com uma diversidade estonteante de instrumentos. Clarinetes, saxofones, percussões, trompetes, trombones, tubas, guitarra, baixo, sanfona, etc. Este é o seu segundo grandiosíssimo trabalho intitulado 10.000 Migrants. Doze deliciosas faixas nos fazem viajar por ritmos diferenciados e alucinantes. Suas bases principais encontram-se num muito bem orquestrado Afro-Funk e Jazz experimental. Batucadas nervosas aliam-se a múltiplos solos de metais venenosos e virtuosísticos. Várias passagens lembram-me muito o estilo jazzístico das Brass Bands norte americanas, mas que aqui são delineados com cautela, economia, tradicionalismo folclórico e sobriedade. Novamente, um disco imperdível!

Banda Olifante - (2011) 10.000 Migrants:

01 Klezmex
02 African Dandy
03 Spanish Town
04 10.000 Migrants
05 Zabumba
06 Elephant Dance
07 Mangiatori Di Stelle
08 Le Chemin Du Griot
09 Etere
10 Open Circle
11 L’illusionista
12 Selanik Soul

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domingo, 14 de janeiro de 2018

Indigo Jam Unit - (2013) Milestone


Copio-me: "Indigo Jam Unit foi uma das primeiras bandas de jazz japonês que escutei. [...] É um dos grupos que revolucionou meu gosto musical; saboreei o jazz de uma forma que ainda não havia degustado. Fiquei fã dos grupos de jazz japonês! Eles são de uma beleza incomensurável, são dinâmicos e muito pragmáticos em seus propósitos estéticos. O ritmo é sempre marcante, a melodia sempre fluindo numa liberdade deliciosa, e o experimentalismo sempre muito bem pensado e medido. Conseguem ser suaves, fortes e belos ao mesmo tempo. Não fazem a música da moda. Você não os ouvirá tocando nos iphones da vida, não os verá bombando nas redes sociais e nem tocando em rádios por aqui. Isso aqui é aquele tipo de coisa que só aparece em blogs garimpeiros e caçadores de novidades, é o tipo de coisa que aquele seu melhor amigo lhe apresenta enquanto tomam uma breja na sacada de sua casa. Imensamente flutuante, carregado de brisas metamórficas, refinado e elegante, cool e underground". Milestone é o seu nono álbum. Coisa fina!

Indigo Jam Unit - (2013) Milestone:

01 Widescreen Rain
02 Zeus
03 Naja
04 Hunt
05 Milestone
06 Trick
07 Watercolor
08 Corazon
09 Shiosai

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O link expirou, então, compre o disco!

sábado, 13 de janeiro de 2018

Muyiwa Kunnuji & Osemako - (2016) Mo Juba O


Mo Juba O apresenta composições e arranjos originais perfilados por Muyiwa Kunnuji, trompetista nigeriano e um dos precursores do afrobeat. Tocou com Féla Kuti, Seun Kuti e Tony Allen; só isso. Este é o seu primeiro trabalho, que em parceria com o também trompetista Osemako, traz uma fusão de diversas influências e ritmos tradicionais do Yoruba e Ogu, mais o groove do afrobeat, elementos do highlife, traços do jive sul-africano, componentes do jazz e gospelMuyiwa Kunnuji & Osemako criam um universo musical com raízes profundas, harmonioso em tons multicoloridos, vindos dos recônditos tribais da África. Mo Juba O nos convida irresistivelmente para dançar seus ritmos furiosos e viciantes, mágicos e inebriantes. Esta é uma bolachinha recheada com os mais variados estilos já desenvolvidos pela mamãe África; quase uma compilação que busca de forma indireta contar a história da música africana. Cantos melodiosos com aqueles característicos refrões que só o afrobeat sabe fazer, juntam-se firmes a garbosos solos de trompetes e batuques temperados de extraordinário swing. Essencial aos aficionados pelo groove.

Muyiwa Kunnuji & Osemako - (2016) Mo Juba O:

01 Mo Juba
02 Olofofo
03 Palapala
04 Aradugbo
05 Petit À Petit
06 Pot And Kettle
07 Everything That Has Breath
08 Ore Rerunrerun

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Songhoy Blues - (2017) Résistance


Songhoy Blues é uma banda de desert blues originária de Mali. A banda foi formada em Bamako depois que Garba Touré, guitarrista, foi forçado a deixar sua residência durante uma guerra civil e a imposição da lei Sharia islâmica. Em 2012, o Movimento Nacional Para A Libertação De Azawad (MNLA) assumiu o controle do norte de Mali. Garba foi expulso da região pelo grupo jihadista Ansar Dine, que proibiu cigarros, álcool e música. Em Bamako, capital do país, Garba se juntou a Aliou Touré e Omar Touré para formarem o Songhoy Blues. Em 2013, a Africa Express, uma produtora liderada por Damon Albarn, visitou Bamako em busca de artistas para um álbum de compilação. A banda foi adicionada no álbum e acabou chamando a atenção do guitarrista Nick Zinner do Yeah, Yeah, Yeahs, que os ajudou a produzir a música Soubour. A faixa foi lançada em 2013 no álbum Maison Des Jeunes, a compilação da Africa Express. Seguindo o sucesso da faixa, a banda foi para o estúdio gravar seu primeiro álbum intitulado Music In Exile. Absolutamente bombou! Résistance é o seu segundo deliciosíssimo trabalho.

Songhoy Blues - (2017) Résistance:

01 Voter
02 Bamako
03 Sahara (Feat. Iggy Pop)
04 Yersi Yadda
05 Hometown
06 Badji
07 Dabari
08 Ici Bas
09 Ir Ma Sobay
10 Mali Nord
11 Alhakou
12 One Colour

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Tem que ter swing:



Psicodélicas flutuações desérticas:



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Alpha Male Tea Party - (2017) Health


Alpha Male Tea Party é uma banda britânica de math-rock. E é uma daquelas descobertas que a gente guarda com carinho no coração. Faz uns dois anos que escuto essa banda, mas procrastinei até umas horas para postá-la por aqui. Depois de ouvir seu último lançamento, o terceiro álbum do grupo, intitulado Health, não pude resistir e trouxe-o para cá. Gostei da capa logo de cara, um belo trabalho fotográfico e simbólico; acredito representou um pouco do espírito que permeia todo o trabalho. Como nos outros dois discos anteriores, a banda continua a dar muito ênfase na mistura de ambientações esvoaçantes com pegadas rockísticas agressivas. Riffs de guitarras certeiros; baixo naquela marcação marota em casamento com uma bateria que sem modéstia senta a porrada quando precisa; e muitas viagens atmosféricas contemplativas, sempre do jeitinho que gosto! A fórmula secreta desta bolacha reside no seu poder de suspensão para imagéticos espaços aéreos de infinita libertação. Parece um exagero metafórico da minha parte, mas duvido você não sentir aquela sensação de querer abraçar o céu ao dar o play aqui. 

Alpha Male Tea Party - (2017) Health:

01 Have You Ever Seen Milk
02 Ballerina
03 The Museum Of Walking
04 Nobody Had The Heart To Tell Him He Was On Fire
05 Don't You Know Who I Think I Am
06 Powerful And Professional
07 Carpet Diem
08 Some Soldiers
09 I Still Live At Home
10 No More

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Veja um vídeo clipis!



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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Jizue -(2012) Novel


Novel é o segundo álbum de estúdio da excelentíssima banda japonesa de jazz experimental, Jizue. Um disco cristalino, brilhante e lucigênito; é assim que o descrevo, pois as imagens evocadas de suas mirabolantes melodias virtuosísticas e constantes miríades de dedilhamentos técnicos, espalham pelo ar as mais puras ambientações celestiais e angelicais. O trabalho dessa rapaziada mescla as flutuações atmosféricas e introspectivas do post-rock com as sutilezas, refinamento estético e sofisticações do jazz. É muito difícil não se sentir de alguma forma mais elevado emocionalmente depois de uma viagem pelas ascensionais espirais dos discos desses camaradas. Música que sabe respeitar um dos elementos mais desprezados no atual momento da música popular: o silêncio. Música que respeita o silêncio; isso não é contraditório. Jizue é daquelas bandas que sabiamente emula os efeitos certos para pacificar a mente e acalentar a alma, transmitindo sensações contemplativas e extáticas. Imagens límpidas de um céu aberto e infinito combinam-se com uma dança de fluxos aéreos e sutis. Cura a alma!

Jizue -(2012)  Novel:

01 Intro
02 Sun
03 Unnecessary Pain
04 Chaser
05 C-Loud
06 Hitorinouta
07 Kotonoha
08 ふる里
09 Yubiwa
10 Pray

Deguste um fluxo:



Sinta um êxtase:



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domingo, 7 de janeiro de 2018

THRASHKRASH - Vol. 1


Depois meses de recesso e lutas diárias contra a depressão e a falta de sentido da vida, voltei para postar algo no nosso querido Santería. Tá certo que você está pouco se fodendo para o fato deu eu voltar ou não para cá, mas sei que de vez em quando passar por aqui para dar uma pesquisadinha em coisas mais ou menos novas para ouvir deve ser bacana. 2018 chegou e minha preguiça continua a mesma; poucas coisas me motivam a continuar, e uma delas é a música. O amor por ela ainda resiste! Tive um problema no meu computador e perdi uma porrada de coisas que eu iria postar por aqui. Retomarei o trabalho aos poucos; tenha paciência, por gentileza. Como as plataformas de streaming revolucionaram o modo de escutarmos música hoje em dia, é muito provável que você, assim como eu e todo mundo, quase não baixa mais músicas, com exceção certamente de coisas raras que por enquanto não encontramos facilmente nos streamings, portanto, na próximas postagens talvez eu já não coloque mais links para download, já que quase tudo se encontra no Spotify, por exemplo. Tenha um bom ano e fique com minha nova playlist. Tchau!

THRASHKRASH - Vol. 1:

01 Metallica - Hardwired
02 Megadeth - The Threat Is Real
03 Slayer - Repentless
04 Testament - The Pale King
05 Exodus - Blood In, Blood Out
06 Overkill - Shine On
07 Kreator - Violent Revolution...

...e muitíssimos, muitíssimos outros.

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