sábado, 31 de dezembro de 2016

Sivuca - (1992) Pau Doido


Não sei nem o que falar direito sobre o mestre Sivuca. Sabemos que é um sanfoneiro arretado e uma das mais brilhantes personalidades da música brasileira. Ficar num blá-blá-blá sobre sua obra e legado seria apenas chover no molhado. Multi-instrumentista, maestro, arranjador e compositor, fez parceria com inúmeros outros grandes artistas nacionais e internacionais, entre eles, um outro grande mestre, Hermeto Pascoal, e a cantora Miriam Makeba. Sua discografia é extensa, contém muitíssimos trabalhos que perfazem uma eclética jornada por diversos ritmos - choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues, jazz e o que mais lhe conviesse. Pau Doido, se não me engano, é o seu trigésimo disco, e com a participação especial do violinista João Lyra. Pau Doido não tem esse nome à toa, pois a pauleira come solta em cada faixa debulhadora de virtuoses técnicas repletas de dedilhados progressivos e performance instrumental impecável. O forró violento misturasse elegantemente com a bossa-nova e o jazz, coisa linda que só mesmo os mestres executam com soberania. Feliz ano novo!

Sivuca - (1992) Pau Doido:

01 Pau Doido
02 Fuga Para O Nordeste
03 Riacho Seco
04 Seu Tenório
05 Deixe O Breque Pra Mim
06 Um Tom Pra Jobim
07 Forró A Penha
08 Mergulho
09 Forró Em Timbaúba
10 Canção Piazzollada
11 Jazz Tupiniquim

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Dom Um Romão - (1976) Hotmosphere


Coisa rara e coisa fina. Coisa provavelmente desconhecida para a grande maioria dos brasileiros, assim como o era para mim. Mas com algumas fuçadas no Youtube acabei por me deparar com este tesouro. Isso já é conhecido de muitos outros que possuem um gosto musical mais apurado e que estão bem antenados com o conjunto de relíquias brasileiras setentistas. Dom Um Romão foi um dos precursores da Bossa Nova. Músico carioca especializado na batera e na percussa. Foi quase inevitável não se apaixonar por esta sonzeira ao dar o primeiro playHotmosphere é o seu quinto álbum. Aquele gingado capoeirístico mescla-se à virtuose jazzística em um refinado e delicado acabamento; solos de saxofone dão brilho e expressividade vivaz num desfile rítmico elegante e tribal; um samba maroto entra aqui e acolá com swing e alegria contagiante; e uma suruba entre Jazz e Carnaval transpira o calor e a quentura dum amor sem limites em forma de música. Qualquer dúvida sobre esse comentário, vide imediatamente a estonteante faixa Caravan. Aqui a atmosfera realmente esquenta!

Dom Um Romão - (1976) Hotmosphere:

01 Escravos De Jó
02 Mistura Fina
03 Caravan
04 Spring
05 Pra Que Chorar
06 Amor Em Jacumá
07 Cisco Two
08 Tumbalele
09 Piparapara
10 Chovendo Na Roseira

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz - (2016) A Saga Da Travessia


Deste texto aqui: "Ao ouvir o trabalho da Orkestra Rumpilezz entendendo que a estética do projeto incorpora o conhecimento ancestral ao formato da big band [...], sem cordas, com percussão [...] e os sopros ao fundo, percebemos não só um novo enunciado, mas uma nova maneira de enunciar [...]. Ouça o berimbau criando texturas, a tuba fazendo as vezes de baixo, gerando o mesmo pulso, mas dando outra cara às sessões mais próximas do jazz tradicional. [...] Uma 'bateria' cujos tambores foram substituídos pelos atabaques do candomblé. Separe as texturas dessa big band [...] e perceba como tudo faz sentido: os metais dando as cores dramáticas da travessia, os pratos fazendo as vagas do mar, os solos descolando uma textura-personagem, uma visão solitária que conversa com todo o contexto e nos coloca em contato com o desespero, a tristeza e a possibilidade de uma resignação dos vencidos que não se confirma nunca: transforma-se em catarse [...] É um disco que transporta o ouvinte para outros planos de percepção acerca do seu próprio cotidiano [...]: o disco conta uma outra história da música brasileira".

Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz - (2016) A Saga Da Travessia:

01 Banzo - Parte I
02 Banzo - Parte II
03 Banzo - Parte III
04 Honra Ao Rei
05 Professor Luminoso
06 Feira De Sete Portas
07 Dasarábias
08 Mestre Bimba Visita O Palácio De Ogum

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

IFÁ Afrobeat - (2016) Ijexá Funk Afrobeat


É com muita alegria e satisfação que posto o primeiríssimo delicioso álbum dos camaradas do IFÁ Afrobeat. Há um tempinho atrás falei do maravilhoso EP que eles lançaram em 2015 com a participação especial da excelente cantora nigeriana Okwei V. Odili. Dessa vez, esses baianos arretados nos trouxeram um trabalho todo instrumental que junta toda a tradicionalidade dum bom Afrobeat com modernidades elegantemente expressivas, e mais brasilidades típicas de nosso temperamento miscigenador. Eu estava ultra ansioso para ouvir um álbum mais longo dessa rapaziada desde que vi o vídeo da canção Suffer do EP. E, finalmente, minha ansiedade passou ao poder apreciar um trabalho que está sendo considerado, de maneira justa, um dos melhores discos nacionais de 2016. Ijexá Funk Afrobeat é o nome desta suculenta bolacha. São oito faixas inéditas e uma, Quintessência, concedida e com participação especial do maestro Letieres Leite; coisa fina, gente! Afrobeat daquele jeito: balanço, swing, groove, metaleira solfejando melodias alto astral e batucada macumbeira feroz! Profissionalíssimo!

IFÁ Afrobeat - (2016) Ijexá Funk Afrobeat:

01 Menelik
02 Apaxe
03 Salva Dor
04 Afro-Beat Vírus
05 Quintessência (Feat. Letieres Leite)
06 Templo
07 Rua Da Caixa D'Água
08 Na Fé!
09 Contra Golpe

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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Saravah Soul - (2008) Saravah Soul


Oficina De Macacos: "Essa preciosidade eu considero como minha última descoberta de alto, ou melhor, altíssimo valor. Por isso me sinto na obrigação de postar e partilhar com a macacada. Faz um bom tempo que não vejo algo tão inovador e empolgante no cenário 'nacional'. A banda Saravah Soul, formada em 2005, é metade brazuca, metade brtânica. É coordenada e guiada pelo front-man Otto Nascarella, com energia performática à la James Brown, sempre com um swing autêntico brasileiro. O disco homônimo foi lançado em 2008 pela Tru Thoughts, o mais bem conceituado selo inglês ( o mesmo selo do Quantic, Alice Russell, Nostalgia 77 e The Bamboos). Misturam ao deep funk e afro-beat, elementos da música regional brasileira: cuíca, triângulo, agogô, alfaia e ganzá se destacam. Somado a tais elementos tem ainda a metaleira de primeira, com sax, trombone e trompete vibrando e tocando alto. A criatividade erradia em letras, ora com sensato protesto, outrora com apreciável descontração, e sua execução é impecável. O resultado final é simplesmente incrível [...]".

Saravah Soul - (2008) Saravah Soul:

01 Oil Is Thicker Than Blood
02 Não Posso Te Levar A Sério
03 It's Doing My Head In
04 Arroz Com Feijão
05 Funk E Saravah
06 Roubada
07 Role De Bike
08 Supersossego
09 It's Doing My Head In (Instrumental)

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Magabarat - (2015) Magabarat


De Aramazem Do Rock Nacional: "À luz de nomes como Azymuth, Hermeto Pascoal, Emerson, Lake & Palmer, caminhando figurativamente do Oriente à New Orleans, da Jamaica à velha Inglaterra, das veredas do sertão brasileiro até pousar da Serra Gaúcha e sua confluência cultural, perpassando pelo universo astrofísico, surge a Magabarat com extenso referencial nas músicas mais bem elaboradas criadas mundo afora. Estilos como funk, soul, jazz, chamamé, salsa, baião, reggae, milonga e tango dão graça ao som quase progressivo, cheio de samples eletrônicos e etnicidade da Magabarat, que, de acordo com os músicos, a amálgama de referências pode tanto ser uma característica marcante quanto o seu desprendimento. [...] Gravado no inverno de 2015, no estúdio Noise Produtora de Áudio, o trabalho contou com as participações especiais dos músicos Rafael De Boni (acordeon), Luciano Balen (derbak) e Marcos De Ros (guitarra). A produção musical ficou a cargo de Luciano Balen, a produção executiva é da De Guerrilha Produções Artísticas e para mixagem e masterização, [...] Marcelo Generosi".

Magabarat - (2015) Magabarat:

01 Noctívago
02 Urutau Baião
03 Canta Compay
04 Tupã E Araci
05 Axioma
06 Vampir Vecera
07 Caminho Do Monstro
08 Primeiro Dia De Batalha

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Toquem aí, manos!



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sábado, 24 de dezembro de 2016

São Paulo Ska-Jazz - (2016) Gringo


Collectors Room: "Na ativa desde 2010, o São Paulo Ska-Jazz é um combo formado por oito músicos, focado em música instrumental e em buscar a união [...] entre gêneros [...] como o jazz e o ska. Gringo é o segundo álbum do grupo e traz participações especiais do tecladista Ken Stewart e do saxofonista Zem Audu, ambos integrantes do The Skatalites, banda jamaicana formada em 1964 e um das pioneiras do ska. A dupla participa de quatro músicas do disco - 'SP', 'Adiós Nonino', 'Sampa' e 'Skaramouche'. O disco traz dez canções, sete delas autorias. Três releituras, todas personalíssimas, completam o tracklist: 'Adiós Nonino' de Astor Piazzolla, 'Three Little Birds' de Bob Marley e 'Sampa' de Caetano Veloso. [...] o SPSJ mostra em Gringo um trabalho mais bem produzido, com uma sonoridade mais polida em relação ao primeiro e auto-intitulado disco, lançado em 2010. [...] O resultado faz Gringo um álbum muito agradável, e que, como todo bom trabalho instrumental que se preze, consegue carregar o ouvinte por suas faixas ao mesmo tempo em que o desconecta do cotidiano. [...]" - Feliz Natal!

São Paulo Ska-Jazz - (2016) Gringo:

01 SP (Feat. Ken Stewart)
02 Adiós Nonino (Feat. Ken Stewart)
03 Three Little Birds
04 A Onda
05 Chemical
06 Saludo
07 Skazz
08 Sampa (Feat. Zem Audu)
09 Hora Do Rush
10 Skaramouche (Feat. Zem Audu)

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Vamos dançar? (faixa Adiós Nonino ao vivo):



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sandália De Prata - (2009) Samba Pesado


Quanta beleza, quanta alegria e irradiância! Música contagiante e portadora do espírito de esplendor próprio dos tempos de verão. Coisa fina e elegante, singelo e popular, trilha sonora festiva para requebrados ardentes e rodopios caleidoscópicos. Música daquelas que tocam naqueles bares onde o povo dança até suar e enche as mesas com uma porrada de cerveja. Música para o corpo, para quem sabe dançar e viver a vida; eu como não sei dançar, só fico na apreciação estética mesmo, rsrsrs. Os paulistas do Sandália De Prata arrebentam tudo num samba rock pesadão com swing monstro. A banda é composta por: Ully Costa no vocal brilhante; Dado Tristão nos teclados; Ocimar De Paula no baixo; Everson Gama na guitarra; Dedéu Soares na bateria; Tito Amorim na percussão; João Lenhari no trompete; Jorginho Neto no trombone e Raphael PH no sax. Samba Pesado é o primeiro álbum do grupo; uma paulada estonteante de puro balanço e um requebra pra lá nervoso. Se estiver precisando de umas músicas para complementar a alegria de sua playlist da festa de virada do ano, então, fica a dica aí. Falou!

Sandália De Prata - (2009) Samba Pesado:

01 Reza Forte
02 O Pescador
03 Gildete
04 Dida
05 Samba Pesado
06 Zumbi
07 Vou Mandar Pastar
08 Sou Do Samba
09 Despertar
10 Leticia
11 Malandragem
12 Sapato De Ouro

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Se liga na pegada:



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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Sorín Octeto - (2011) Cosmopolitan


Sorín Octeto é apenas mais um dos múltiplos projetos paralelos do músico compositor multi-instrumentista, Nicolás Sorín. Coisa fina, meu camarada! Coisa daquelas que já lhe deixa de pau duro logo na fritação da primeira faixa. Neste projeto o senhor Sorín lidera um grupo de dez integrantes, uma mini orquestra debulhadora de experimentalismo rockístico-jazzísticoCosmopolitan assume a décima posição de lançamento em sua abundante discografia. Jazz-Fusion arretado, rico em detalhes virtuosísticos com muito experimentalismo e bom gosto. Batera, baixo, guitarra, piano, clarinete, trompete e uma porrada de saxofones, tudo junto e muito bem misturado num caldeirão fervente de criatividade mágica. O ecletismo inteligente de ritmos e estilos também perfazem o substrato dinâmico deste trabalho que não poupa amor para manifestar-se assim, tão pleno de beleza. O rock progressivo, o jazz, o funk, o pop, o bolero e tudo mais que encaixar em arranjos ousados e arrebatadores. Tenho certeza que este será um dos seus melhores presentes de Natal, é só seguir o Fluxo e conferir. Beijo-beijo e tchau!

Sorín Octeto - (2011) Cosmopolitan:

01 St. Argentaine
02 No Idea
03 Otra (Tonta) Canción De Amor
04 Sábado De Noche Porteña
05 Hey Mike
06 El Balero De Mabel
07 Abraxas
08 Orquídea
09 Rusia Pop
10 Cavalleria Boliviana

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fast 'N' Bulbous ‎- (2009) Waxed Oop (An Impetuous Stream Bubbled Up)


Traduzido e adaptado do Bandcamp: "A música do Captain Beefheart's é a 'música de arte outsider' da segunda metade do século XX. Apesar de ter se aposentado da música há mais de 25 anos, sua música ressoa mais fortemente do que nunca como uma influência na música atual. Fast 'N' Bulbous oferece uma inclinação exclusiva no songbook de uma das figuras musicais mais idiossincráticas da música contemporânea. A banda conta com sete grandes músicos de renome do rock e do jazz: o guitarrista Gary Lucas (que estava na formação final de Beefheart's Magic Band); o saxofonista-arranjador Phillip Johnston, o baterista Richard Dworkin e o saxofonista barítono Dave Sewelson (do Microscopic Septet); o trombonista Joe Fieldler (Ed Palermo Big Band e a grande banda de Satoko Fujii); o baixista Jesse Krakow (do Time Of Orchids e Doctor Nerve) e o trompetista Rob Heinke (também de Doctor Nerve). Com uma linha forte, criativa como esta, você sabe que estará recebendo algo mais do que apenas um 'cover band'. Sincero, emocionante e cheio de rock'n'roll swing! [...]" - E super experimental! ;)

Fast 'N' Bulbous ‎- (2009) Waxed Oop (An Impetuous Stream Bubbled Up):

01 Sure 'Nuff 'N' Yes I Do
02 Trust Us
03 Smithsonian Institute Blues
04 Dropout Boogie
05 You Know You're A Man
06 Well
07 Ice Rose
08 Click Clack Ice Cream For Crow
09 Woe-Is-Uh-Me-Bop
10 The Blimp
11 The Past Sure Is Tense
12 Blabber 'N' Smoke
13 China Pig

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Wibutee - (2006) Sweet Mental


Improvisações que delineiam-se numa atmosfera de requinte e bom gosto. Descontração e ao mesmo tempo objetividade, fluem tranquilos num som que busca contemplar e experimentar sem compromissos. Diferente de tudo e com uma originalidade simples e modesta. Falo da música super criativa dos noruegueses do Wibutee. Faz um tempão que esse disco está parado no meu HD e eu havia me esquecido de lhe dar a atenção que ele merece. A primeira vez que ouvi eu tinha o achado apenas legal, mas desta vez eu achei um puta disco, rsrsrs! Depois de passar por outras audições que enriqueceram minha apuração estética, acabei me preparando para uma melhor degustação desta bolacha. Sweet Mental é o quarto trabalho do grupo que tem como integrantes os camaradas: Hakon Kornstad no saxofone, na flauta, nas programações eletrônicas e no vocal; Rune Brondbo na guitarra e no teclado; e Wetle Holte na batera e também nas programações eletrônicas. Bem, a música do trio vai misturando tudo de boas num punhado de Post-Rock com muito Jazz experimental e loucas viagens eletrônicas. Uma delícia!

Wibutee - (2006) Sweet Mental:

01 Crash Hit
02 Aalo
03 Travel With You
04 Stereo Plains
05 SORPI
06 It's All Here
07 Sebastopol
08 Two With Nature
09 The Ball

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Unbeltipo - (2011) Uncle Bunny Tongue


Só a capa desse disco já me dá um piripaque maluquete no coco. É até difícil concentrar a atenção em tanta informação de linhas e cores nesta mandala psicodélica e esquizofrênica. Bem, não espere algo diferente do som que transborda duma bolacha surreal com uma capa assim. O som é psicodélico e esquizofrênico. Tem muita informação que é difícil de ser decodificada instantaneamente. É experimental e virtuosístico; é cheio de maneirismos técnicos mirabolantes; e é lindamente todo instrumental do jeitinho que gosto. Uncle Bunny Tongue é o quarto álbum de estúdio do japoneses do Unbeltipo. Para quem acompanha minhas postagens já faz um tempo, deve ter percebido que quando coloco algo japonês aqui, o barato não é lá muito musicalmente convencional. Me parece que os japoneses não economizam na técnica e no experimentalismo; não se sentem tímidos em mostrar que tocam pra carOlho! O power-trio nipônico senta o pau num Progressive-Rock Avant-Garde turbinado de Jazz explosivo. Sente-se tranquilo no seu sofá, respire e relaxe, dê o play na bolacha e sinta a pressão!

Unbeltipo - (2011) Uncle Bunny Tongue:

01 Uglier Beastiler Tailless
02 Umbra Bis Tundra
03 United By Tethers
04 Ungentiemanly Bat Turn
05 Utopia Braggarts Trys
06 Unbelted Batch Transm
07 Unrelenting Bossy Travails

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Panzerballett - (2006) Panzerballett


Minha admiração e imensa pagação de pau pela música do alemães do Panzerballett não é nenhuma novidade por aqui. Os caras fazem um tipo de som que definitivamente eu amo. Não se prendem a rótulos específicos, e abraçam com coragem o experimentalismo e a liberdade criativa. De todos os álbuns que escutei deles, fica difícil escolher um único favorito. Cada nova empreitada artística desses camaradas é um desbravamento por linhas e estruturas instrumentais ainda não combinadas. Parece que cada música é um tentativa de encaixar peças dum quebra-cabeça em lugares aparentemente não encaixáveis. Bem, com o Panzerballett isso é um ledo engano, pois tudo se encaixa, queira ou não queira, com um jeitinho maroto, ou com a astúcia de quem domina a técnica musical. Este trabalho de 2006 autointitulado é primeiro álbum do grupo. A experimentação come solta em misturas cheias de piruetas malabarísticas que ora sentam a porrada com cavernosos timbres do Metal, ora destilam a elegância e requinte do Jazz, mais inúmeros grooves e swings dum Funk. Avant-Garde belo e selvagem!

Panzerballett - (2006) Panzerballett:

01 Zehrfunk
02 Reload
03 Aspirin Smoke
04 Schmitz Kadtse
05 Iron Maiden Voyage
06 Abkrassen
08 Zickenterror
09 Outtakes

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Niacin ‎- (2001) Time Crunch


O que falar de um disco que é cinco estrelas do início ao fim? Caramba! Nem sei por onde começar. Bem, a porradaria virtuosística quando começa não tem descanso, e é de fazer-nos perder o fôlego. Os tiozinhos do Niacin provam que é panela véia que faz comida boa! Uma batera porretísssima, um baixo incendiário e um teclado devasso, insano e viril. Falo de gente que toca com gosto e sem medo de mostrar que sabe tocar. Falo da audácia de ir além do que já se sabe e que busca ir além do além, para experimentar um pouco mais, e para ver no que vai dar. Time Crunch, o quarto álbum de estúdio desses camaradas, é uma violenta digressão de técnica e beleza instrumental. Coisa de fritadores de notas e desbravadores de escalas melódicas infinitas. Progressive rock e jazz fusion do Capiroto! Quente quentíssimo, pau pra toda obra! Dedilhados mortais nos teclados, viradas de bateria no capricho e com aquele requinte próprio do jazz, e o baixo encorpadão pra dar aquele peso e groove que a bolacha merece. Dificilmente você passará indiferente a esta chapuletada de proficiência técnica doutro mundo!

Niacin ‎- (2001) Time Crunch:

01 Elbow Grease
02 Time Crunch
03 Stone Face
04 Red
05 Invisible King
06 Daddy Long Legs
07 Hog Funk
08 Glow
09 Damaged Goods
10 Outside Inside Out

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Trioscapes - (2014) Digital Dream Sequence


Três camaradas se reúnem para fazer um som. Parece até uma jam só por brincadeira, mas quando o som rola você arregala os olhos e abre a boca, e paga um pau, rsrsrs. Os camaradas Matt Lynch na batera, Dan Briggs no baixo e Walter Fancourt no saxofone insano, formam um power-trio fervoroso e chapado: o Trioscapes. Seu debut álbum já foi louvado por aqui anteriormente; confira nas tags. Em Digital Dream Sequenceo segundo disco do grupo, a pegada segue a sequência arrebatadora de seu primeiro trabalho. Também composto de poucas faixas - cinco músicas apenas - temos uma bolacha mais do que suficiente para lhe dar uma lapada estética; músicas bombásticas que em suas digressividades vociferantes, ateiam fogo em nossos rabos assanhados por música boa e bem dotada. Labaredas espirais de música quente! Digital Dream Sequence nos traz aquela mistura de Metal Progressivo, Jazz-Fusion e groove arretado. Pesado, encorpado, gordo e roliço. Muito feito com pouco, e num entrelaçamento de ritmos saturados de onirismos experimentais e ousados. Muito bom!

Trioscapes - (2014) Digital Dream Sequence:

01 Digital Dream Sequence
02 Stab Wounds
03 From The Earth To The Moon
04 Hysteria
05 The Jungle

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Experimentalismo fritantes!



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