quarta-feira, 31 de agosto de 2016

LITE - (2006) Filmlets


Eis um convite para adentrarmos em espaços interiores labirínticos cheios de imagens oníricas e esvoaçantes. Um disco todo de contemplações e flutuações matemáticas e espiraladas. Mais uma vez aqui no Santería, trago o excelente grupo japonês de math-rock, LITE. Filmlets é o primeiro trabalho da banda. Já disse várias vezes que esses camaradas japoneses não brincam em serviço e que conseguem ser maravilhosos em quase tudo quem metem a mão. Nosso último disco do mês não é diferente em qualidade de tudo o que foi apresentado anteriormente; temos mais coisa boa aqui, meu caro! Linhas estruturais delicadas bem delineadas, hipnotizantes e viajantes; sensibilidade em cada nota dedilhada que desenha paisagens introspectivas; temas progressivos-digressivos dão impressões de movimentos ascensionais e atmosféricos; e o flerte com o ambient music aprofunda a dinâmica pacificadora de nosso silêncio interior. Um disco bonito e tranquilão, com passagens simples e criativas, que traz um grande conforto e acalentamento para nossos corações.

LITE - (2006) Filmlets:

01 I Walk
02 Contemporary Disease
03 Human Gift
04 RE
05 Dead Leaf
06 On A Gloomy Evening
07 Parallel
08 Spiral Gate
09 ...Still, It Is Quiet Around Here
10 Recollection

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Jizue - (2010) Bookshelf


Jizue é outra banda japonesa aparecendo no Santería para nos mostrar um pouco mais do talento musical nipônico. Bookshelf é o seu debut álbum. Ô terrinha pra ter tanta banda boa, mano! Nosso mês de Agosto está todinho dedicado ao desocultamento desses tesouros. Olhe o cardápio: miríades de sutilezas pianísticas desenhando multicoloridas vibrações dançantes no ar; remelexos sensuais com leves pudores esquentam singelamente os quadris; gotejamentos de notas suaves, de ritmos simples e acalentadores, sugerem suspiros de êxtase não contido; uma viajem ondulante cheia de altos e baixos no desbravamento de um lindo e saboroso corpo feminino! O disco desperta imagens mil, desencadeia a criatividade imaginária de nossos mundos imaginários. Escadas espirais de melodias justapostas em texturas sugestivas de introspecção, geram reviravoltas indutivas em nossos espaços interiores, e somos engolidos sem querer por ambientações agradabilíssimas, envolventes e delicadas, feito exercícios de ballet. Um disco gostoso, e segundo minha esposa, ótimo como trilha sonora de um rala-e-rola!

Jizue - (2010) Bookshelf:

01 Intro
02 Rain Dog
03 En
04 Sister
05 最後の朝
06 Island
07 Tower
08 SAKURA
09 Home

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domingo, 28 de agosto de 2016

Naikaku - (2006) Shell


Naikaku é uma daquelas bandas que não se ouve facilmente por aí. É uma daquelas bandas que também não se encontra em qualquer Blog. É preciso ter um gosto mais experimental e desbravador para dar o play nesta bolachinha e se sentir em casa. Para mim, em especial, é uma das coisas mais bacanas que já escutei das terrinhas nipônicas. Progressive rock hiper experimental e sem frescura, que mistura o que der na telha sem preconceito e medo de represálias, e sempre respeitando a tradicionalidade que o fundamenta. Shell é o segundo álbum do grupo e seus integrantes são: Shingo Yoshida na batera, Satoshi Kobayashi no baixo, Mitsuo Muraoka na guitarra e no trompete, e Kazumi Suzuki na flauta. Temos um disco com poucas faixas, mas com músicas longas que desdobram várias passagens criativas, dinâmicas e versáteis. O nome da terceira faixa é um texto de umas vinte linhas dissertativas que nem cabe na descrição aqui, rsrsrs. Esse trabalho aparenta ser mais contemplativo do que seu o anterior, e também com uma carga experimental muito mais acentuada. Escute aí! 🔥

Naikaku - (2006) Shell:

01 Crisis
02 Ressentiment
03 I Found A Deep Dark Hole And I Am Going To Jump In!...
04 Lethe
05 Shell
06 Tautrogy

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sábado, 27 de agosto de 2016

Mountain Mocha Kilimanjaro - (2014) 壱弐参四伍録 (Ichi Ni San Shi Go Roku)


Falemos daquele tipo de som que quando você não está lá nos seus melhores dias, ele aparece para colorir todo esse momento com alegria e alto astral, e você já nem se lembra mais daquilo que o havia atormentado. Sem dúvidas que isto equivale à bolachinha que lhe apresento hoje: o monumental quarto álbum intitulado 壱弐参四伍録 (Ichi Ni San Shi Go Roku) do também monumental grupo japonês de soul-funkMountain Mocha Kilimanjaro. Esta é segunda vez que esses camaradas aparecem aqui no Santería. Tentei achar o primeiro disco deles para postar, mas não o achei. Se alguém o tiver, mande aí por gentileza o link para download no espaço de comentários. Bem, em 壱弐参四伍録 (Ichi Ni San Shi Go Roku) a qualidade sonora continua excepcional e de muito bom gosto, com o groove de sempre arregaçando tudo e botando todo mundo para requebrar. Nesta produção podemos perceber a preferência por elementos ainda mais orgânicos e próximos da sonoridade ao vivo, e com timbres bem naturais dando um efeito vivaz de nostalgia do soul clássico. Oh, yeah!

Mountain Mocha Kilimanjaro - (2014) 壱弐参四伍録 (Ichi Ni San Shi Go Roku):

01 用心棒にピストル
02 タイム・イズ・デッド
03 パレード
04 うるさいばかやろう
05 太いタイヤで
06 螺旋階段
07 種
08 鉄蓋を設置するんだ
09 点滅中
10 ありがとうございました。

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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

JABBERLOOP - (2009) Check This Out !!


Eu não me canso de apreciar a beleza. Acho que todos que gostam de beleza também não se cansam de apreciá-la. Neste Blog eu tento fazer com que esta apreciação seja qualidade permanente de nossos dias. Pensando em você, caro leitor, e no seu admirável bom gosto musical, não pude deixar de lhe trazer mais uma beleza deslumbrante para sua degustação. Mais uma vez aqui no Santería, orgulhosamente, trago-lhe o empolgante grupo japonês de Jazz contemporâneo, JABBERLOOP. Este é o segundo álbum dessa rapaziada, e intitula-se Check This Out !!. Chovemos no molhado: coisa fina, maravilhoso como todos os álbuns já lançados pela banda, virtuosidade técnica profissionalíssima, beleza arrebatadora, elegância, requinte e muito bom gosto. Um som límpido e cristalino, cheio de brilho e dinamismos ricos em cores. Batera forte; baixo encorpado; teclado digressivo e metais alucinantes para todos os lados. Experimentos eletrônicos e balanços swingueiros também aparecem neste trabalho para dar um leve oi. Escolher uma faixa favorita aqui seria um trabalho de Hércules!

JABBERLOOP - (2009) Check This Out !!:

01 PIANO de B Dash
02 With All My Love
03 Space Daikaijuu No Gyakushuu
04 Synesthesia ~Kami No Itazura~
05 FLY WITH THE WIND
06 LowbitFUNK
07 Emozione
08 Shirokuma
09 Yuki Ga Tokeru Hi Ni...
10 HERE WE GO!!
11 WHITE OUT
12 Kiseki No Hate
13 Shougon Densetsu

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Tokyo Ska Paradise Orchestra - (2014) Ska Me Forever


Eles possuem uma porrada de discos, e todos muito fodásticos! Não há dúvidas, junto com o PASO formam uma das melhores bandas do ska mundial. Ska Me Forever é o 21º (se não me engano, pois já perdi a conta) álbum do mega grupo Tokyo Ska Paradise Orchestra. Mais um pouquinho da cena japonesa arrebentando aqui no Santería! Ousadia feroz, pegada sagaz sempre no pique, alegria entusiástica contagiante, força e energia transbordando de fontes infinitas de vivacidade e contentamento. Os ingredientes foram bem escolhidos e o alimento cuidadosamente bem temperado. Um prato cheio, nutritivo e reforçado, para os esfomeados por boa música! Por boa música, não! Por música extremamente fod@Ska nervoso que abraça em vários momentos o punk-rock; experimenta ritmos sem preconceito e constrói atmosferas álacres e joviais; hipnotiza os corpos e os lança abruptamente no frenesi de uma dança quente. É para transpirar e expirar borbotões de êxtase orgiástico. Neste trabalho foi dado uma maior ênfase nos experimentos de misturas com o rock; ficou um trabalho mais pesadinho.

Tokyo Ska Paradise Orchestra - (2014) Ska Me Forever:

01 Pedorazu 2014
02 One Way Punk
03 Can't Take My Eyes Off You
04 Senkou (Feat. 10-FEET)
05 Damned (Feat. FPM)
06 Sunny Blues 7inch.
07 Nagare Yuku Sekai No Naka De (Feat. MONGOL800)
08 For The GOAL
09 Horizon
10 Wake Up! (Feat. ASIAN KUNG-FU GENERATION)
11 Chance
12 Tennessee Waltz
13 Kanki No Uta (Kōkyōkyokudai Kyū-Ban)

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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Té - (2012) ゆえに、密度の幻想は綻び、蹌踉めく世界は明日を『忘却』す。


Impressionante! Não entendo uma palavrinha sequer do que está escrito para o nome do disco e das canções. Sorte que é um disco instrumental, e tão eloquente quanto um disco cantado. Essas letrinhas japonesas são lindas, são uma obra de arte à parte. Nós batemos os olhos, não entendemos nada, mas são símbolos esteticamente impactantes. , banda japonesa de post-rockゆえに、密度の幻想は綻び、蹌踉めく世界は明日を『忘却』す。, seu quinto álbum. Nem o Google tradutor me ajudou a entender direito o que todos esses ideogramas significam. Quanto a música da banda, parece o desdobramento perfeito desses símbolos convertidos em sons: tortuosidades contemplativas, impacto visual por evocações sonoras, intensidade estonteante, performance apaixonada e sincera. É um dos discos mais legais que já escutei de post-rock, e é incrível como os japoneses conseguem ser perfeitos em quase tudo em que se mentem. Este é um trabalho que quando você concentra sua atenção plena nele, acaba transformando-se numa escada ascensional meditativa, as canções são sempre para o alto. Voe!

Té - (2012) ゆえに、密度の幻想は綻び、蹌踉めく世界は明日を『忘却』す。:

01 道徳とは権力の装置であり民衆の自由の最大の『枷』と自覚せよ。
02 楽観の深奥で燻る魔は、万人が宿す普遍的無意識の『罪』の残滓。
03 連続と不連続の境界での戯れが、命脈を繋ぐ『供犠』という慰み。
04 『弦』の揺らぎは多様の文様を紡ぎ、泡沫夢幻の重奏をかなでる。
05 茫漠の中の『粒子』の蜜月は、私という存在が煌めく刹那の現身。
06 探求者は相対する事象の『中間層』を彷徨う半音階的世界の住人。
07 生命の快楽とは死の『接種』であり、終焉へ歩む生の動力である。
08 音の中の『痙攣的』な美は、観念を超え肉体に訪れる野生の戦慄。
09 夢境は重力の『検閲』を畏れず、閉じた裡を突破する自由の幽体。
10 私は川の窪み。流れは過ぎゆけど保たれる波紋。『動的』な秩序。
11 貨幣を峻拒する狷介な咆哮だけが禁忌を侵犯する。黙考する『叫』

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domingo, 21 de agosto de 2016

Shibusashirazu Orchestra - (1997) Shibu-Sai


Os japoneses continuam me surpreendo na música. Quanto mais pesquiso sobre sua musicalidade, mais encontro pérolas preciosas exuberantes. Já ouviu falar do grupo Shibusashirazu Orchestra? Eu não havia ouvido falar e o só descobri recentemente. Eles já possuem uma longa carreira, estão em atividade desde 1989 e lançaram 14 álbuns de estúdio até o momento. Shibu-Sai é o quinto disco deles. Eles fazem um Jazz contemporâneo ultra maluquete com muitos elementos Avant-Garde, Noise perturbador, Ska circense e flertes surreais com o Progressive Rock. Sonoridade para ouvidos ousados que não tem medo de experimentar músicas fora da linha de conforto. As músicas são longas e desenham paisagens abstratas, surreais e extremamente alucinantes; muitas vezes chegam até a incomodar, rsrsrs. O grupo também é conhecido pelas suas performances teatrais, belamente coloridas e carnavalescas, cheias de dança e energia, ao vivo. Muita psicodelia e insanidade sonora executada por apenas quatorze integrantes. E vale destacar que cada capa de disco deles é um delicioso show à parte.

Shibusashirazu Orchestra - (1997) Shibu-Sai:

01 Tsuki E No Tabi-Ichiza
02 P-Chan
03 Lion
04 Theme Of Reiji
05 Bartazar
06 Sorimachi Kirou
07 Theme Of Honda Komuten

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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mouse On The Keys - (2012) Machinic Phylum EP


Dois teclados e uma batera, só isso. Coisa fina! Sutilezas do jazz sem exagero, elegância no desenvolvimento dos compassos, gostosas melodias entrelaçadas em timbres de piano, uma bateria sentando o pau em viradas quebradas e marcações ligeiras. O som é simples, mas grande em beleza e improvisações. Há algumas passagens ambientais nos conduzindo a momentos de concentração e viagem introspectiva. Uma trilha ideal para dias nublados e cinzentos onde só desejaríamos estar debaixo duma coberta, tomando um cafezinho e relaxando, rsrsrsMouse On The Keys é um trio japonês de experimentações jazzísticas-rockísticas, e Machinic Phylum é o seu primeiro EP. Um colega me apresentou o som desses caras justamente numa época em que estava abrindo-me a audições mais experimentais, e acabei por agregá-lo a minha coleção de coisas bacaníssimas para se ouvir. Para mim foi um estímulo no desdobramento de um gosto musical mais experimental. É um trabalho que passa rapidinho, deixando um "gostinho de quero mais". Considerem este, mais um post imperdível!

Mouse On The Keys - (2012) Machinic Phylum EP:

01 Aom
02 Plateau
03 Clinamen
04 Memory

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domingo, 14 de agosto de 2016

Fox Capture Plan - (2013) Bridge


Mais uma bolachinha saborosa vinda diretamente da terra do sol nascente. Jazz! Sim, mais uma e muitas vezes, jazz! Você gostou do Mouse On The Keys? Eu sei que gostou, por isso, com certeza também saboreará entusiasticamente o trio Fox Capture Plan. Uma batera, um cello, um teclado, e o pau come solto. Muita simplicidade e beleza, acabamento refinadíssimo, produção fodásticaBridge é o segundo álbum deste power trio jazzístico. É um disco suave e elegante com diversos momentos de êxtase contemplativo; há delicadeza lírica intercalada com grooves recheados e encorpados, há ascensão melódica digressiva em virtuosos solos tecladísticos, e há uma paz de espírito que preenche o ambiente com sonoridade angélica. Temos uma trilha sonora para momentos relax, acompanhado de um bom vinho, ou de uma breja mesmo. Aproveitando que hoje é domingo (e provavelmente você já deve estar curtindo seu dia dos pais), então pegue seu vinho ou breja e fiquemos com mais este momento relax a nos dar força para a a nova semanaDestaque para o cover de Teardrop do Massive Attack.

Fox Capture Plan - (2013) Bridge:

01 Attack On Fox
02 Rising
03 Bridge #1
04 Far Out
05 Tozasareta Aoi Kuukan
06 Bridge #2
07 Pictures
08 3rd Down (Alternate Take)
09 Bridge #3
10 Teardrop

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Mais uma música porque esse trio é muito bom:



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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Indigo Jam Unit - (2007) Realism


Repito-me: "Indigo Jam Unit foi uma das primeiras bandas de jazz japonês que escutei. [...] É um dos grupos que revolucionou meu gosto musical; saboreei o jazz de uma forma que ainda não havia degustado. Fiquei fã dos grupos de jazz japonês! Eles são de uma beleza incomensurável, são dinâmicos e muito pragmáticos em seus propósitos estéticos. O ritmo é sempre marcante, a melodia sempre fluindo numa liberdade deliciosa, e o experimentalismo sempre muito bem pensado e medido. Conseguem ser suaves, fortes e belos ao mesmo tempo. Não fazem a música da moda. Você não os ouvirá tocando nos iphones da vida, não os verá bombando nas redes sociais e nem tocando em rádios por aqui. Isso aqui é aquele tipo de coisa que só aparece em blogs garimpeiros e caçadores de novidades, é o tipo de coisa que aquele seu melhor amigo lhe apresenta enquanto tomam uma breja na sacada de sua casa. Imensamente flutuante, carregado de brisas metamórficas, refinado e elegante, cool e underground". Realism é o seu terceiro álbum. Coisa fina!

Indigo Jam Unit - (2007) Realism:

01 Adrenaline
02 Switch
03 Hyo-Ten
04 Matador
05 Buffalo
06 Ren
07 Tsui So
08 Sphinx
09 Leon

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terça-feira, 9 de agosto de 2016

J.A.M. - (2010) Just Another Mind


J.A.M. é um power trio jazzístico japonês cujos integrantes fazem parte também do espetacular grupo Soil & "Pimp" Sessions. Este é um projeto paralelo dessa rapaziada. E se você ouviu e curtiu o disco do Soil & "Pimp" Sessions postado anteriormente, já dá para imaginar o que está por vir nesta bolachinha aqui. Coisa fina, logicamente. Mais um disco recheado de passagens exuberantes e lindíssimas, mas com um pegada e proposta um pouco diferente do Soil & "Pimp" Sessions. Enquanto naquele temos um jazz nervosão esbanjando experimentalismos pesados, neste projeto temos o desfilar sublime de uma sonoridade mais amena e flutuante, dando especial atenção e um tratamento polido à lances melódicos mais suaves e ambientais. Há uma predominância de fluxos do piano, o responsável pelas principais arquitetações melódicas do álbum; a batera, mesmo em meio a uma sonoridade mais requintada, tem mão firme e senta o braço em marcações deliciosamente bem cravadas; e o baixão, gordo, encorpado, robusto e forte a solidificar a massa e gostosura da música. Just Another Mind é o segundo disco.

J.A.M. - (2010) Just Another Mind:

01 Spirit (Introduction)
02 Quiet Storm
03 SANGYOU KAKUMEI
04 Joint At Moment
05 Lost
06 Child
07 At The Right Moment
08 L.O.V.E.J.A.M
09 Bluestone
10 J's Scat
11 Brazil
12 After Brazil
13 A Night In Tunisia
14 Mint
15 Strasbourg - St. Denis

Deguste um fluxo (faixa SANGYOU KAKUMEI):



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domingo, 7 de agosto de 2016

Sleep Walker - (2003) Sleepwalker


Mais um disco que foi dificílimo para eu encontrar, e não só disco como também a capa dele, então, caro leitor, fiz o melhor possível e o resultado está aqui. Eu não queria essa capinha com um selo em cima, mas foi a única que achei com uma qualidade razoável para divulgação. No fim das contas, tudo valeu a pena, que disco maravilhoso! Este é o primeiro álbum dos japoneses do Sleep Walker, banda de Jazz que já passou por este Blog com o seu disco Into The Sun. Olha, é muito difícil resenhar um disco japonês de Jazz; eu, particularmente, não consigo ficar sem esbravejar vários elogios e puxa-saquismos sem fim, pois o negócio é incrivelmente muito bom. Composições, técnica, execução, produção e etc, tudo impecável! Sleepwalker, o primeiro trabalho do grupo, é como anunciado no selo de propaganda na capa, um disco espiritual que nos proporciona elevação e transcendência. Como sempre, vindo do Jazz japonês, beleza exuberante, técnica primorosa, elegância e refinamento, e ainda co-produzido pelo excelente grupo Kyoto Jazz Massive (outro que merece uma bela postagem por aqui). É isso aí!

Sleep Walker - (2003) Sleepwalker:

01 Ai-No-Kawa
02 Five
03 Ai-No-Umi
04 Time Voyager
05 Ressurrection
06 Nomadic Tribe
07 Life Is A Theatre
08 Elina

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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Soil & "Pimp" Sessions - (2009) 6


Com certeza o mundo se tornou um lugar melhor para viver após a existência do grupo japonês de jazzSoil & "Pimp" Sessions. Não dá para imaginar a vida neste planeta sem os discos que esses camaradas nos presentearam. Sem o advento da internet também não seria facilmente possível que eu estaria aqui compartilhando esta pérola com você. Coisas como este trabalho nunca desembarcariam naturalmente por aqui, lugar de uma cultura popular cada vez mais imbecilizada. Mas o sexto álbum do Soil & "Pimp" Sessions, intitulado 6, é uma salvação monumental para nós que gostamos de boa música e temos de conviver com as baixarias tupiniquins. Este é o segundo disco deles que posto por aqui; posso ficar fazendo elogios diversos ao trabalho dessa rapaziada, mas seria ainda mais chato e redundante. Escute todos os trabalhos deles, vale a pena! É impressionante o perfeccionismo dos japoneses ao se dedicarem à música virtuosística, e ainda mais impressionante é o como conseguem dar um ar modernoso a um estilo musical tradicional. Mais um discaço!

Soil & "Pimp" Sessions - (2009) 6:

01 Seven (Intro Sound Collage By Dj Kentaro)
02 Keizoku
03 Papa's Got A Brand New Pigbag
04 My Foolish Heart (Crazy In Mind)
05 Double Trouble
06 Pop Korn
07 Quartz And Chronometer
08 Paraiso
09 My Foolish Heart (Crazy On Earth)
10 Mirror Boy
11 Stolen Moments (Featuring Jamie Cullum)
12 After The Party
13 Satsuriku To Heiwa

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Quasimode - (2007) The Land Of Freedom


Demorei para achar esse disco, mas achei. Uhuuu...!!! O segundo excelentíssimo disco do grupo japonês de jazzQuasimode. The Land Of Freedom segue a mesma linha de qualidade de praticamente tudo o que esses camaradas já produziram ou produzirão; acho que dificilmente um dia farão algo ruim, e digo isso por confiar na técnica que eles esbanjam com naturalidade e maestria. Toda a discografia deles vale a pena ser ouvida. Não passe essa encarnação sem conhecer esse tesouro agregador de valor para a sua alma. Aquele piano maroto, super refinado e de bom gosto, dedilhando notas progressivas-digressivas e criando uma base firme e consistente para voos sensacionais; aquela percussão na medida certa recheando os espaços das canções com experimentalismos tropicais; aquele baixão cello encorpado dando vigor e massa ao conjunto; batera de mestre; e os metais... quanta alegria, quanta viagem, quanta sobriedade e virtuosidade. Delicadeza e magia, força e elegância, beleza universal! Trabalho que me faz ainda ter esperança no ser humano. Deguste!

Quasimode - (2007) The Land Of Freedom:

01 Over The Horizon
02 The Man From Nagpur
03 Object In The Mirror (Feat. Carmen Lundy, Masato Nakamura)
04 Last Nine Days
05 Time Is Love (Feat. Carmen Lundy)
06 For Self Defense
07 Percussion Revolver
08 Raw Cotton Field (Feat. Masato Nakamura)
09 The Land Of Freedom
10 Dark Beauty (Feat. Mika Arisaka)
11 Over The Horizon (Reprise)

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