sábado, 31 de dezembro de 2016

Sivuca - (1992) Pau Doido


Não sei nem o que falar direito sobre o mestre Sivuca. Sabemos que é um sanfoneiro arretado e uma das mais brilhantes personalidades da música brasileira. Ficar num blá-blá-blá sobre sua obra e legado seria apenas chover no molhado. Multi-instrumentista, maestro, arranjador e compositor, fez parceria com inúmeros outros grandes artistas nacionais e internacionais, entre eles, um outro grande mestre, Hermeto Pascoal, e a cantora Miriam Makeba. Sua discografia é extensa, contém muitíssimos trabalhos que perfazem uma eclética jornada por diversos ritmos - choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues, jazz e o que mais lhe conviesse. Pau Doido, se não me engano, é o seu trigésimo disco, e com a participação especial do violinista João Lyra. Pau Doido não tem esse nome à toa, pois a pauleira come solta em cada faixa debulhadora de virtuoses técnicas repletas de dedilhados progressivos e performance instrumental impecável. O forró violento misturasse elegantemente com a bossa-nova e o jazz, coisa linda que só mesmo os mestres executam com soberania. Feliz ano novo!

Sivuca - (1992) Pau Doido:

01 Pau Doido
02 Fuga Para O Nordeste
03 Riacho Seco
04 Seu Tenório
05 Deixe O Breque Pra Mim
06 Um Tom Pra Jobim
07 Forró A Penha
08 Mergulho
09 Forró Em Timbaúba
10 Canção Piazzollada
11 Jazz Tupiniquim

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Dom Um Romão - (1976) Hotmosphere


Coisa rara e coisa fina. Coisa provavelmente desconhecida para a grande maioria dos brasileiros, assim como o era para mim. Mas com algumas fuçadas no Youtube acabei por me deparar com este tesouro. Isso já é conhecido de muitos outros que possuem um gosto musical mais apurado e que estão bem antenados com o conjunto de relíquias brasileiras setentistas. Dom Um Romão foi um dos precursores da Bossa Nova. Músico carioca especializado na batera e na percussa. Foi quase inevitável não se apaixonar por esta sonzeira ao dar o primeiro playHotmosphere é o seu quinto álbum. Aquele gingado capoeirístico mescla-se à virtuose jazzística em um refinado e delicado acabamento; solos de saxofone dão brilho e expressividade vivaz num desfile rítmico elegante e tribal; um samba maroto entra aqui e acolá com swing e alegria contagiante; e uma suruba entre Jazz e Carnaval transpira o calor e a quentura dum amor sem limites em forma de música. Qualquer dúvida sobre esse comentário, vide imediatamente a estonteante faixa Caravan. Aqui a atmosfera realmente esquenta!

Dom Um Romão - (1976) Hotmosphere:

01 Escravos De Jó
02 Mistura Fina
03 Caravan
04 Spring
05 Pra Que Chorar
06 Amor Em Jacumá
07 Cisco Two
08 Tumbalele
09 Piparapara
10 Chovendo Na Roseira

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz - (2016) A Saga Da Travessia


Deste texto aqui: "Ao ouvir o trabalho da Orkestra Rumpilezz entendendo que a estética do projeto incorpora o conhecimento ancestral ao formato da big band [...], sem cordas, com percussão [...] e os sopros ao fundo, percebemos não só um novo enunciado, mas uma nova maneira de enunciar [...]. Ouça o berimbau criando texturas, a tuba fazendo as vezes de baixo, gerando o mesmo pulso, mas dando outra cara às sessões mais próximas do jazz tradicional. [...] Uma 'bateria' cujos tambores foram substituídos pelos atabaques do candomblé. Separe as texturas dessa big band [...] e perceba como tudo faz sentido: os metais dando as cores dramáticas da travessia, os pratos fazendo as vagas do mar, os solos descolando uma textura-personagem, uma visão solitária que conversa com todo o contexto e nos coloca em contato com o desespero, a tristeza e a possibilidade de uma resignação dos vencidos que não se confirma nunca: transforma-se em catarse [...] É um disco que transporta o ouvinte para outros planos de percepção acerca do seu próprio cotidiano [...]: o disco conta uma outra história da música brasileira".

Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz - (2016) A Saga Da Travessia:

01 Banzo - Parte I
02 Banzo - Parte II
03 Banzo - Parte III
04 Honra Ao Rei
05 Professor Luminoso
06 Feira De Sete Portas
07 Dasarábias
08 Mestre Bimba Visita O Palácio De Ogum

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

IFÁ Afrobeat - (2016) Ijexá Funk Afrobeat


É com muita alegria e satisfação que posto o primeiríssimo delicioso álbum dos camaradas do IFÁ Afrobeat. Há um tempinho atrás falei do maravilhoso EP que eles lançaram em 2015 com a participação especial da excelente cantora nigeriana Okwei V. Odili. Dessa vez, esses baianos arretados nos trouxeram um trabalho todo instrumental que junta toda a tradicionalidade dum bom Afrobeat com modernidades elegantemente expressivas, e mais brasilidades típicas de nosso temperamento miscigenador. Eu estava ultra ansioso para ouvir um álbum mais longo dessa rapaziada desde que vi o vídeo da canção Suffer do EP. E, finalmente, minha ansiedade passou ao poder apreciar um trabalho que está sendo considerado, de maneira justa, um dos melhores discos nacionais de 2016. Ijexá Funk Afrobeat é o nome desta suculenta bolacha. São oito faixas inéditas e uma, Quintessência, concedida e com participação especial do maestro Letieres Leite; coisa fina, gente! Afrobeat daquele jeito: balanço, swing, groove, metaleira solfejando melodias alto astral e batucada macumbeira feroz! Profissionalíssimo!

IFÁ Afrobeat - (2016) Ijexá Funk Afrobeat:

01 Menelik
02 Apaxe
03 Salva Dor
04 Afro-Beat Vírus
05 Quintessência (Feat. Letieres Leite)
06 Templo
07 Rua Da Caixa D'Água
08 Na Fé!
09 Contra Golpe

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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Saravah Soul - (2008) Saravah Soul


Oficina De Macacos: "Essa preciosidade eu considero como minha última descoberta de alto, ou melhor, altíssimo valor. Por isso me sinto na obrigação de postar e partilhar com a macacada. Faz um bom tempo que não vejo algo tão inovador e empolgante no cenário 'nacional'. A banda Saravah Soul, formada em 2005, é metade brazuca, metade brtânica. É coordenada e guiada pelo front-man Otto Nascarella, com energia performática à la James Brown, sempre com um swing autêntico brasileiro. O disco homônimo foi lançado em 2008 pela Tru Thoughts, o mais bem conceituado selo inglês ( o mesmo selo do Quantic, Alice Russell, Nostalgia 77 e The Bamboos). Misturam ao deep funk e afro-beat, elementos da música regional brasileira: cuíca, triângulo, agogô, alfaia e ganzá se destacam. Somado a tais elementos tem ainda a metaleira de primeira, com sax, trombone e trompete vibrando e tocando alto. A criatividade erradia em letras, ora com sensato protesto, outrora com apreciável descontração, e sua execução é impecável. O resultado final é simplesmente incrível [...]".

Saravah Soul - (2008) Saravah Soul:

01 Oil Is Thicker Than Blood
02 Não Posso Te Levar A Sério
03 It's Doing My Head In
04 Arroz Com Feijão
05 Funk E Saravah
06 Roubada
07 Role De Bike
08 Supersossego
09 It's Doing My Head In (Instrumental)

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Magabarat - (2015) Magabarat


De Aramazem Do Rock Nacional: "À luz de nomes como Azymuth, Hermeto Pascoal, Emerson, Lake & Palmer, caminhando figurativamente do Oriente à New Orleans, da Jamaica à velha Inglaterra, das veredas do sertão brasileiro até pousar da Serra Gaúcha e sua confluência cultural, perpassando pelo universo astrofísico, surge a Magabarat com extenso referencial nas músicas mais bem elaboradas criadas mundo afora. Estilos como funk, soul, jazz, chamamé, salsa, baião, reggae, milonga e tango dão graça ao som quase progressivo, cheio de samples eletrônicos e etnicidade da Magabarat, que, de acordo com os músicos, a amálgama de referências pode tanto ser uma característica marcante quanto o seu desprendimento. [...] Gravado no inverno de 2015, no estúdio Noise Produtora de Áudio, o trabalho contou com as participações especiais dos músicos Rafael De Boni (acordeon), Luciano Balen (derbak) e Marcos De Ros (guitarra). A produção musical ficou a cargo de Luciano Balen, a produção executiva é da De Guerrilha Produções Artísticas e para mixagem e masterização, [...] Marcelo Generosi".

Magabarat - (2015) Magabarat:

01 Noctívago
02 Urutau Baião
03 Canta Compay
04 Tupã E Araci
05 Axioma
06 Vampir Vecera
07 Caminho Do Monstro
08 Primeiro Dia De Batalha

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Toquem aí, manos!



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sábado, 24 de dezembro de 2016

São Paulo Ska-Jazz - (2016) Gringo


Collectors Room: "Na ativa desde 2010, o São Paulo Ska-Jazz é um combo formado por oito músicos, focado em música instrumental e em buscar a união [...] entre gêneros [...] como o jazz e o ska. Gringo é o segundo álbum do grupo e traz participações especiais do tecladista Ken Stewart e do saxofonista Zem Audu, ambos integrantes do The Skatalites, banda jamaicana formada em 1964 e um das pioneiras do ska. A dupla participa de quatro músicas do disco - 'SP', 'Adiós Nonino', 'Sampa' e 'Skaramouche'. O disco traz dez canções, sete delas autorias. Três releituras, todas personalíssimas, completam o tracklist: 'Adiós Nonino' de Astor Piazzolla, 'Three Little Birds' de Bob Marley e 'Sampa' de Caetano Veloso. [...] o SPSJ mostra em Gringo um trabalho mais bem produzido, com uma sonoridade mais polida em relação ao primeiro e auto-intitulado disco, lançado em 2010. [...] O resultado faz Gringo um álbum muito agradável, e que, como todo bom trabalho instrumental que se preze, consegue carregar o ouvinte por suas faixas ao mesmo tempo em que o desconecta do cotidiano. [...]" - Feliz Natal!

São Paulo Ska-Jazz - (2016) Gringo:

01 SP (Feat. Ken Stewart)
02 Adiós Nonino (Feat. Ken Stewart)
03 Three Little Birds
04 A Onda
05 Chemical
06 Saludo
07 Skazz
08 Sampa (Feat. Zem Audu)
09 Hora Do Rush
10 Skaramouche (Feat. Zem Audu)

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Vamos dançar? (faixa Adiós Nonino ao vivo):



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sandália De Prata - (2009) Samba Pesado


Quanta beleza, quanta alegria e irradiância! Música contagiante e portadora do espírito de esplendor próprio dos tempos de verão. Coisa fina e elegante, singelo e popular, trilha sonora festiva para requebrados ardentes e rodopios caleidoscópicos. Música daquelas que tocam naqueles bares onde o povo dança até suar e enche as mesas com uma porrada de cerveja. Música para o corpo, para quem sabe dançar e viver a vida; eu como não sei dançar, só fico na apreciação estética mesmo, rsrsrs. Os paulistas do Sandália De Prata arrebentam tudo num samba rock pesadão com swing monstro. A banda é composta por: Ully Costa no vocal brilhante; Dado Tristão nos teclados; Ocimar De Paula no baixo; Everson Gama na guitarra; Dedéu Soares na bateria; Tito Amorim na percussão; João Lenhari no trompete; Jorginho Neto no trombone e Raphael PH no sax. Samba Pesado é o primeiro álbum do grupo; uma paulada estonteante de puro balanço e um requebra pra lá nervoso. Se estiver precisando de umas músicas para complementar a alegria de sua playlist da festa de virada do ano, então, fica a dica aí. Falou!

Sandália De Prata - (2009) Samba Pesado:

01 Reza Forte
02 O Pescador
03 Gildete
04 Dida
05 Samba Pesado
06 Zumbi
07 Vou Mandar Pastar
08 Sou Do Samba
09 Despertar
10 Leticia
11 Malandragem
12 Sapato De Ouro

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Se liga na pegada:



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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Sorín Octeto - (2011) Cosmopolitan


Sorín Octeto é apenas mais um dos múltiplos projetos paralelos do músico compositor multi-instrumentista, Nicolás Sorín. Coisa fina, meu camarada! Coisa daquelas que já lhe deixa de pau duro logo na fritação da primeira faixa. Neste projeto o senhor Sorín lidera um grupo de dez integrantes, uma mini orquestra debulhadora de experimentalismo rockístico-jazzísticoCosmopolitan assume a décima posição de lançamento em sua abundante discografia. Jazz-Fusion arretado, rico em detalhes virtuosísticos com muito experimentalismo e bom gosto. Batera, baixo, guitarra, piano, clarinete, trompete e uma porrada de saxofones, tudo junto e muito bem misturado num caldeirão fervente de criatividade mágica. O ecletismo inteligente de ritmos e estilos também perfazem o substrato dinâmico deste trabalho que não poupa amor para manifestar-se assim, tão pleno de beleza. O rock progressivo, o jazz, o funk, o pop, o bolero e tudo mais que encaixar em arranjos ousados e arrebatadores. Tenho certeza que este será um dos seus melhores presentes de Natal, é só seguir o Fluxo e conferir. Beijo-beijo e tchau!

Sorín Octeto - (2011) Cosmopolitan:

01 St. Argentaine
02 No Idea
03 Otra (Tonta) Canción De Amor
04 Sábado De Noche Porteña
05 Hey Mike
06 El Balero De Mabel
07 Abraxas
08 Orquídea
09 Rusia Pop
10 Cavalleria Boliviana

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fast 'N' Bulbous ‎- (2009) Waxed Oop (An Impetuous Stream Bubbled Up)


Traduzido e adaptado do Bandcamp: "A música do Captain Beefheart's é a 'música de arte outsider' da segunda metade do século XX. Apesar de ter se aposentado da música há mais de 25 anos, sua música ressoa mais fortemente do que nunca como uma influência na música atual. Fast 'N' Bulbous oferece uma inclinação exclusiva no songbook de uma das figuras musicais mais idiossincráticas da música contemporânea. A banda conta com sete grandes músicos de renome do rock e do jazz: o guitarrista Gary Lucas (que estava na formação final de Beefheart's Magic Band); o saxofonista-arranjador Phillip Johnston, o baterista Richard Dworkin e o saxofonista barítono Dave Sewelson (do Microscopic Septet); o trombonista Joe Fieldler (Ed Palermo Big Band e a grande banda de Satoko Fujii); o baixista Jesse Krakow (do Time Of Orchids e Doctor Nerve) e o trompetista Rob Heinke (também de Doctor Nerve). Com uma linha forte, criativa como esta, você sabe que estará recebendo algo mais do que apenas um 'cover band'. Sincero, emocionante e cheio de rock'n'roll swing! [...]" - E super experimental! ;)

Fast 'N' Bulbous ‎- (2009) Waxed Oop (An Impetuous Stream Bubbled Up):

01 Sure 'Nuff 'N' Yes I Do
02 Trust Us
03 Smithsonian Institute Blues
04 Dropout Boogie
05 You Know You're A Man
06 Well
07 Ice Rose
08 Click Clack Ice Cream For Crow
09 Woe-Is-Uh-Me-Bop
10 The Blimp
11 The Past Sure Is Tense
12 Blabber 'N' Smoke
13 China Pig

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Wibutee - (2006) Sweet Mental


Improvisações que delineiam-se numa atmosfera de requinte e bom gosto. Descontração e ao mesmo tempo objetividade, fluem tranquilos num som que busca contemplar e experimentar sem compromissos. Diferente de tudo e com uma originalidade simples e modesta. Falo da música super criativa dos noruegueses do Wibutee. Faz um tempão que esse disco está parado no meu HD e eu havia me esquecido de lhe dar a atenção que ele merece. A primeira vez que ouvi eu tinha o achado apenas legal, mas desta vez eu achei um puta disco, rsrsrs! Depois de passar por outras audições que enriqueceram minha apuração estética, acabei me preparando para uma melhor degustação desta bolacha. Sweet Mental é o quarto trabalho do grupo que tem como integrantes os camaradas: Hakon Kornstad no saxofone, na flauta, nas programações eletrônicas e no vocal; Rune Brondbo na guitarra e no teclado; e Wetle Holte na batera e também nas programações eletrônicas. Bem, a música do trio vai misturando tudo de boas num punhado de Post-Rock com muito Jazz experimental e loucas viagens eletrônicas. Uma delícia!

Wibutee - (2006) Sweet Mental:

01 Crash Hit
02 Aalo
03 Travel With You
04 Stereo Plains
05 SORPI
06 It's All Here
07 Sebastopol
08 Two With Nature
09 The Ball

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Unbeltipo - (2011) Uncle Bunny Tongue


Só a capa desse disco já me dá um piripaque maluquete no coco. É até difícil concentrar a atenção em tanta informação de linhas e cores nesta mandala psicodélica e esquizofrênica. Bem, não espere algo diferente do som que transborda duma bolacha surreal com uma capa assim. O som é psicodélico e esquizofrênico. Tem muita informação que é difícil de ser decodificada instantaneamente. É experimental e virtuosístico; é cheio de maneirismos técnicos mirabolantes; e é lindamente todo instrumental do jeitinho que gosto. Uncle Bunny Tongue é o quarto álbum de estúdio do japoneses do Unbeltipo. Para quem acompanha minhas postagens já faz um tempo, deve ter percebido que quando coloco algo japonês aqui, o barato não é lá muito musicalmente convencional. Me parece que os japoneses não economizam na técnica e no experimentalismo; não se sentem tímidos em mostrar que tocam pra carOlho! O power-trio nipônico senta o pau num Progressive-Rock Avant-Garde turbinado de Jazz explosivo. Sente-se tranquilo no seu sofá, respire e relaxe, dê o play na bolacha e sinta a pressão!

Unbeltipo - (2011) Uncle Bunny Tongue:

01 Uglier Beastiler Tailless
02 Umbra Bis Tundra
03 United By Tethers
04 Ungentiemanly Bat Turn
05 Utopia Braggarts Trys
06 Unbelted Batch Transm
07 Unrelenting Bossy Travails

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Panzerballett - (2006) Panzerballett


Minha admiração e imensa pagação de pau pela música do alemães do Panzerballett não é nenhuma novidade por aqui. Os caras fazem um tipo de som que definitivamente eu amo. Não se prendem a rótulos específicos, e abraçam com coragem o experimentalismo e a liberdade criativa. De todos os álbuns que escutei deles, fica difícil escolher um único favorito. Cada nova empreitada artística desses camaradas é um desbravamento por linhas e estruturas instrumentais ainda não combinadas. Parece que cada música é um tentativa de encaixar peças dum quebra-cabeça em lugares aparentemente não encaixáveis. Bem, com o Panzerballett isso é um ledo engano, pois tudo se encaixa, queira ou não queira, com um jeitinho maroto, ou com a astúcia de quem domina a técnica musical. Este trabalho de 2006 autointitulado é primeiro álbum do grupo. A experimentação come solta em misturas cheias de piruetas malabarísticas que ora sentam a porrada com cavernosos timbres do Metal, ora destilam a elegância e requinte do Jazz, mais inúmeros grooves e swings dum Funk. Avant-Garde belo e selvagem!

Panzerballett - (2006) Panzerballett:

01 Zehrfunk
02 Reload
03 Aspirin Smoke
04 Schmitz Kadtse
05 Iron Maiden Voyage
06 Abkrassen
08 Zickenterror
09 Outtakes

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Niacin ‎- (2001) Time Crunch


O que falar de um disco que é cinco estrelas do início ao fim? Caramba! Nem sei por onde começar. Bem, a porradaria virtuosística quando começa não tem descanso, e é de fazer-nos perder o fôlego. Os tiozinhos do Niacin provam que é panela véia que faz comida boa! Uma batera porretísssima, um baixo incendiário e um teclado devasso, insano e viril. Falo de gente que toca com gosto e sem medo de mostrar que sabe tocar. Falo da audácia de ir além do que já se sabe e que busca ir além do além, para experimentar um pouco mais, e para ver no que vai dar. Time Crunch, o quarto álbum de estúdio desses camaradas, é uma violenta digressão de técnica e beleza instrumental. Coisa de fritadores de notas e desbravadores de escalas melódicas infinitas. Progressive rock e jazz fusion do Capiroto! Quente quentíssimo, pau pra toda obra! Dedilhados mortais nos teclados, viradas de bateria no capricho e com aquele requinte próprio do jazz, e o baixo encorpadão pra dar aquele peso e groove que a bolacha merece. Dificilmente você passará indiferente a esta chapuletada de proficiência técnica doutro mundo!

Niacin ‎- (2001) Time Crunch:

01 Elbow Grease
02 Time Crunch
03 Stone Face
04 Red
05 Invisible King
06 Daddy Long Legs
07 Hog Funk
08 Glow
09 Damaged Goods
10 Outside Inside Out

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Trioscapes - (2014) Digital Dream Sequence


Três camaradas se reúnem para fazer um som. Parece até uma jam só por brincadeira, mas quando o som rola você arregala os olhos e abre a boca, e paga um pau, rsrsrs. Os camaradas Matt Lynch na batera, Dan Briggs no baixo e Walter Fancourt no saxofone insano, formam um power-trio fervoroso e chapado: o Trioscapes. Seu debut álbum já foi louvado por aqui anteriormente; confira nas tags. Em Digital Dream Sequenceo segundo disco do grupo, a pegada segue a sequência arrebatadora de seu primeiro trabalho. Também composto de poucas faixas - cinco músicas apenas - temos uma bolacha mais do que suficiente para lhe dar uma lapada estética; músicas bombásticas que em suas digressividades vociferantes, ateiam fogo em nossos rabos assanhados por música boa e bem dotada. Labaredas espirais de música quente! Digital Dream Sequence nos traz aquela mistura de Metal Progressivo, Jazz-Fusion e groove arretado. Pesado, encorpado, gordo e roliço. Muito feito com pouco, e num entrelaçamento de ritmos saturados de onirismos experimentais e ousados. Muito bom!

Trioscapes - (2014) Digital Dream Sequence:

01 Digital Dream Sequence
02 Stab Wounds
03 From The Earth To The Moon
04 Hysteria
05 The Jungle

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Experimentalismo fritantes!



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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Opus Däi - (2006) Tierra Tragame


Grandes bandas nem sempre são famosas e estão disponíveis para a audição das massas. Quantas e quantas coisas lindas e maravilhosas passam desapercebidas aos nossos ouvidos? Nem chegamos a imaginar a existência de algo belo. Temos de ir pescando por aí na internet. Mas você não precisa pescar nada, meu caro amigo leitor. Você tem o Blog Santería para lhe auxiliar no encontro com os grandes peixes da música. Então tá, hoje temos o suculento segundo álbum, intitulado Tierra Tragamedos estadunidenses do Opus Däi. Acompanhando aquela pegada meio The Mars Volta que usei como comparação para o Closure In Moscow, na postagem anterior, Opus Däi segue esse fluxo, mas com muito mais violência e potência na pegada, e mais ressonâncias com o Progressive Rock. Um disco com momentos belos e fortes, contemplativos e ascensionais, flutuantes com pegadas brilhantes e de extrema radiância - vide a lindíssima Rain, umas das músicas com um dos refrões mais gostosos que já ouvi na vida. De fato, o trabalho é composto de muitas passagens inspiradas e de grande entusiasmo.

Opus Däi - (2006) Tierra Tragame:

01 Embers
02 Firefly
03 Rain
04 Sora
05 Sleepwalk
06 Taken Eye
07 The Front Line
08 Ashes, Ashes
09 Nightingale
10 Vox Populi
11 Step Up
12 Bella Christa

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Closure In Moscow - (2014) Pink Lemonade


A suculência gustativa desta apetitosa bolachinha já começa pela bela arte da capa. Arte que me lembra automaticamente o Alquimista do estupendo filme A Montanha Sagrada de Alejandro Jodorowsky. Não sei se os camaradas do Closure In Moscow conhecem o trabalho do cineasta chileno (acredito que devem conhecer, pois não se faz um trabalho tão psicodélico sem estar por dentro dos maiores trabalhos referenciais e de influência), mas que o trabalho dá capa lembra a arte Jodorowkiana, lembra. Mística alquimista e psicodelismos multicoloridos; versatilidade rítmica num Progressive Rock modernoso e cheio de estilo; contagiante com passagens alegres e outras de extrema loucura viajante de roadie movies. Inevitável som de estradas desertas rumo a lugar nenhum; apenas para dar um rolê à toa e para longe de tudo. Pink Lemonade é o terceiro álbum da banda australiana. O disco é realmente belo, de audição fácil e gostosa, com lindas composições e muito experimentalismo virtuosístico. Lembra-me em muitos momentos os incendiários do The Mars Volta. É quente!

Closure In Moscow - (2014) Pink Lemonade:

01 The Fool
02 Pink Lemonade
03 Neoprene Byzantine
04 Seeds Of Golds
05 That Brahmatron Song
06 Dinosaur Boss Battle
07 Mauerbauertraurigkeit
08 The Church Of The Technochrist
09 Beckon Fire
10 Happy Days
11  ピンクレモネード

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Versatilidade cheia do swing!



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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

The Mantras - (2013) Jambands Ruined My Life


Mais uma espetacular banda da safra Progressive Rock modernoso cheio de groove. Uma coisa na deliciosa linha dum Dopapod, Tauk, Papadosio e similares. Coisa gostosa do meu Deus! Nada de convencionalidades, nada de fórmulas prontas. The Mantras é uma banda estadunidense com muito swing e balanço, sem medo do rebolado e do molejo, e ao mesmo tempo, com muito Rock porreta nas mangas. Progressividades técnico-virtuosísticas amarram-se vivas de amor com psicodelismos alucinantes que mesclam Rock e eletrônico, Rock e Folk, Rock e Jazz-Fusion, e muitas viagens marotas. Jambands Ruined My Life é o quarto álbum do grupo. São tantas pirações num álbum só que fico até atordoado e nem sei ao certo o que descrever. Derretimentos plásticos de guitarras melosas que esmerilham solos caleidoscópicos junto a tecladinhos danados com aqueles efeitos nostálgicos setentistas; percussões preenchendo os espaços rítmicos com o sabor primitivo; e um jeito todo maroto que não envergonha de mostra suas intimidades com o Soul-Music. Pode vir e ouvir, não se arrependerá.

The Mantras - (2013) Jambands Ruined My Life:

01 Before My Time
02 Kinetic Bump
03 House Of Cards
04 Water Song
05 JBRML
06 After Awhile Crocodile
07 Dr. Ssanasinod
08 Man You Rawk

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domingo, 27 de novembro de 2016

Herd Of Instinct - (2011) Herd Of Instinct


Prepare-se para adentrar num ritual mágico. Um guia para o desbravamento nos labirintos da sua mente. Herd Of Instinct, o primeiro álbum auto-intitulado dos estadunidenses do Herd Of Instinct, é um experimento musical nada tradicional dentro do Progressive Rock. A bolacha é um desfile de ambientações mórbidas e soturnas, com linhas melódicas estranhas e tortas, com digressões de dedilhados que compõem sombrias trilhas sonoras de filmes psicóticos. E, se já não bastasse tudo isso, esses camaradas numa ousadia criativa, introduzem elementos multiculturais tribais que dão um ar místico-xamânico ao seu experimento. Incursões jazzísticas aparecem lá e cá para brisar surrealisticamente em diversas passagens; momentos introspectivos e intimistas são de repente rompidos por explosivos arroubos de virtuose técnica; e flertes conscientes com o Post-Math-Rock embelezam a magia deste trabalho ímpar. Temos um disco incomparável dentro do estilo, e recheado de maluquices experimentais que são bem a minha cara. Se você curte umas inovações musicais, então tamô junto nessa bolacha!

Herd Of Instinct - (2011) Herd Of Instinct:

01 Transformation
02 Room Without Shadows
03 Road To Asheville
04 Hex
05 Blood Sky
06 Anamnesis
07 Vibrissa
08 Possession
09 S-Karma
10 The Face Of Another

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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Indukti - (2004) S.U.S.A.R


Começa suave, vem de mansinho, com calma e tranquilidade para logo em seguida mostrar que altivos arrebatamentos serão a tônica dos segredos guardados pelo álbum. Um belíssimo instrumental criando ambientações introspectivas e ao mesmo tempo contemplativas ascensionais. Música com ousadia de voar e experimentar sem preconceitos. Este é primeiro disco do Indukti, banda polonesa de Alternative Progressive Rock, e seu título é S.U.S.A.R; não me pergunte o que esta sigla significa, eu não sei. Para amantes do Tool como eu, encontra-se aqui similaridades mais do que extasiantes. Contudo, essas similaridades não fazem de maneira alguma o Indukti um plágio do Tool, pois o grupo polonês tem na sua sonoridade variados elementos que lhe dão extrema originalidade, e, até mesmo diria, que levam esse estilo a um patamar além do comum e tradicional. Dedilhados sombrios misturados a um Folk sinistro; peso do Metal atrelados a virtuosidades tortas e minimalistas; estruturas malucas em encadeamentos hipnóticos; e grooves pesadões com deslizamentos meditativos carregados de onirismos místicos. Tchau!

Indukti - (2004) S.U.S.A.R:

01 Freder
02 Cold Inside... I
03 No. 11812
04 Shade
05 Uluru
06 No 11811
07 ...And Weak II

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Beardfish - (2008) Sleeping In Traffic Pt. 2


Beardfish é um caso raro. É difícil explicar o como uma banda consegue fazer tantos discos bonitos. Talvez a melhor palavra para definir o que este grupo faz é 'beleza'. Mais difícil é ficar neutro diante de cada passagem bem colocada, bem estruturada, certa no momento certo. Acho que os músicos querem de alguma forma se aproximarem da estética sinfônica, e isso, sem perder qualquer ligação com o progressive rock. De fato, são coisas bem próximas uma das outras; ambos estilos musicais querem abraçar a beleza universal. Há um tempo atrás eu postei o Sleeping In Traffic Pt. 1; gozei horrores! Agora vou para o segundo tempo com Sleeping In Traffic Pt. 2. E isso meu deu muito mais tesão! Eles não poderiam deixar a parte dois de seu lindo trabalho causar insatisfação; fizeram um trabalho mais lindo ainda! Metamorfoses jazzísticas unem-se a efeitos circenses numa farofa brisante cheia de ascensões melódicas ultra viajantes; o álbum flui suavemente, como num sonho esfumaçante repleto de imagens plásticas policromáticas. É um trabalho que evoca os poderes do mundo da lua.

Beardfish - (2008) Sleeping In Traffic Pt. 2:

01 As The Sun Sets
02 Into The Night
03 The Hunter
04 South Of The Border
05 Cashflow
06 The Downward Spiral-Chimay
07 Sleeping In Traffic
08 Sunrise Again

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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Dopapod - (2012) Redivider


Dopapod é uma banda muito bacana. De tão bacana, vou para a terceira publicação de um trabalho dela por aqui. Sabe aquele tipo de música gostosa de se ouvir? Aquele tipo que flui com suavidade sem o menor problema, sem o mínimo esforço por parte do ouvinte em se manter atento e concentrado no que o artista apresenta? É claro que o Dopapod faz esse tipo de música. Música divertidíssima! Divertidíssima e tocada com esmero e virtuosidade técnica. Progressive rock cósmico e plástico, psicodélico e modernoso, experimental ao ponto de misturar até efeitos de trilhas sonoras de vídeo game para temperar loucamente de futurismo surrealístico seu som nada convencional. Redivider é o terceiro álbum do grupo. Esta bolachinha é a prova de que esses camaradas adoram se divertir ao fazer sua música e não estão nem aí para regras aprisionadoras de como tocar um determinado estilo musical. Elementos tradicionais do progressive rock mesclam-se abundantemente com efeitos eletrônicos, grooves porretas, experimentalismos cômicos, vinhetas brisantes e ficção científica. Imperdível de novo!

Dopapod - (2012) Redivider:

01 Build An Android
02 Braindead
03 Bubble Brain
04 Get To The Disc
05 Trapper Keeper
06 My Elephant Vs. Your Elephant
07 Ooze Weapon
08 Blast
09 Vol. 3 #86
10 STADA
11 Give It A Name
12 Fry The Gorillas
13 Weird Charlie

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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Hidria Spacefolk - (2002) Symbiosis


Você já deve ter percebido que tenho o costume e o grande vício de usar metáforas aéreas para descrever um monte de discos que aparecem por aqui. Bem, gosto pra carOlho dessa metáforas! Como não tenho nenhuma intenção e pretensão literária para este Blog, posso me repetir á vontade e descaradamente. E mesmo que eu quisesse dessa vez fugir destas imagens esvoaçantes, eu não teria como ao abordar o presente disco, pois, provavelmente, estamos diante de um dos trabalhos mais rarefeitos que já aportaram nestas paragens. Aéreo, espacial, cósmico, flutuante e etc, são definições adequadas para o primeiro trabalho, intitulado Symbiosisdos finlandeses do Hidria Spacefolk. É óbvio que tanto o nome do grupo como o título de seu debut album entregam na cara de pau a proposta de sua música. Olhe só: Progressive Rock, Space Rock, Psychedelic Folk Rock, mais misturebas chiques com o Jazz-Fusion e a música indiana. Tudo lindamente experimental em performances safadas de bom e unicamente instrumentais. É pra flutuar num êxtase estético, é pra voar mesmo numa brisa transmigratória. Do jeitinho que eu gosto! Ui!

Hidria Spacefolk - (2002) Symbiosis:

01 Terra Hidria I
02 Terra Hidria II
03 Kaneh Bosm
04 Kaikados
05 Nasha Universo
06 Jahwarp
07 Agents Entropos
08 J-Mantra
09 Pangaia

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domingo, 20 de novembro de 2016

The Gourishankar - (2007) 2nd Hands


Há discos tão belos no mundo, discos que nem imaginamos a possibilidade de existir, discos quase invisíveis e inaudíveis, que, todavia, estão por aí esperando adentrar ouvidos de bom gosto e acalentar almas com sua sonora beleza sublime. Para nossa imensa felicidade, hoje temos a maravilha da internet fazendo conexões um dia tão sonhadas e inesperadas. Quantas pontes de intercâmbio cultural já não foram construídas? Digamos que hoje fomos para a Rússia e lá encontramos mais um tesouro: a banda de progressive rockThe Gourishankar. Falemos então de música para voos em altitudes rarefeitas sobre as asas da imaginação; música da pura magia e dos devaneios oníricos; música da virtuose apaixonada e da elevação consciencial. Em 2nd Hands, segundo álbum do grupo, além dos elementos tradicionais de um bom progressive rock, com toda aquela digressão melódica ultra técnica, temos um inteligente e sóbrio flerte com efeitos eletrônicos que dão um ar mais futurista ao trabalho. São faixas esvoaçantes, enevoadas, intimistas, mas também recheadas de groove e potência nos momentos certos. Simbora!

The Gourishankar - (2007) 2nd Hands:

01 Moon7
02 Endless Drama
03 Queer Forest
04 Taste A Cake
05 The Inexpressible Chargrin
06 Syx
07 ...End
08 Marvelous Choice

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sábado, 19 de novembro de 2016

Unitopia - (2010) Artificial


Certifique-se de que estará num lugar calmo, silencioso e sem qualquer interferência exterior, ao dar o play para curtir este álbum. Se tiver um bom headphone e puder acopla-lo ao seu celular ou aparelho de som, melhor ainda para inserir-se completamente na atmosfera deste disco. Sente-se confortavelmente no seu sofá, ou seja lá onde for melhor, e guarde este momento sagrado apenas para a audição de Artificial, o terceiro álbum dos australianos do Unitpoia. Não faça mais nada além de contemplar este trabalho. Não estamos diante de um disco qualquer que possa ser ouvido enquanto se faz alguma atividade dispersiva; isso aqui, meu caro, exige sua plena atenção. Estamos diante de uma absoluta viagem espiritual, uma escada ascensional aos planos arquetípicos mais sublimes e divinos. Não estou exagerando. O bom apreciador do Progessive Rock sabe bem do que estou falando. Pense num disco feito com Amor! Amor e a habilidade de quem conhece bem os meandros técnicos de se fazer música com consciência. São tantas as coisas a dizer sobre esse trabalho que não cabem aqui. Escute com o coração!

Unitopia - (2010) Artificial:

01 Suffocation
02 Artificial World
03 Nothing Lasts Forever
04 Not Human Anymore
05 Tesla
06 Reflections
07 The Power Of 3
08 Rule Of 3's
09 Gone In The Blink Of An Eye
10 The Great Reward
11 What Kind Of World [Bonus Track]
12 This Time, I Think We Got It Right [Bonus Track]
13 Relative To Me [Bonus Track]

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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Electro Quarterstaff - (2011) Aykroyd


Imaginemos que um bando de malucos fugissem dum manicômio e de repente resolvessem formar uma banda de Technical Death Metal instrumental. Claro que numa hipótese real de tal procedimento não esperaríamos que esses doidos varridos especulativos pudessem organizar sons num sistema coeso e bem estruturado. Acontece que esse conjeturamento hipotético é surrealisticamente verossímil quando a bolachinha de hoje começar a rolar no seu aparelho de som. Os integrantes do canadense Electro Quarterstaff não são pessoas lelés da cuca, mas quando pegam seus instrumentos e sentam a porrada, parecem que são. Um Avant-Garde mortífero, monstruoso e esquizofrênico salta como uma onça feroz dos alto-falantes que rugem a sua selvageria musical. Música troglodita que levanta poeira numa briga estética de tacapes voadores rachadores de coco. Aykroyd, o segundo álbum da banda, é capaz de dar um nó no seu cérebro com tantas virtuosidades técnicas e caleidoscópicas profusões de notas. Quero ver você sobreviver a este encontro colossal de King Kong Vs. Godzilla!

Electro Quarterstaff - (2011) Aykroyd:

01 The Wolf Shall Inherit The Moon
02 McNutty
03 Waltz Of The Swedish Meatballs
04 Unholy Gravy
05 Descent By Annihilation Operator
06 The Blacksmith
07 Stroganoff
08 Japanese Upside Down Cake

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Blotted Science - (2007) The Machinations Of Dementia


Hoje não tem massagem e não tem carinho. Chego com esta tenebrosa bolacha que senta o pau no coco sem dó, nem piedade. The Machinations Of Dementia é o primeiro disco dos texanos do Blotted Science, banda de Technical Death Metal instrumental, e que já teve como integrante e apoiador do projeto, o batera do Lamb Of God, senhor Chris Adler. Se você gostou do arrasador e furioso Behold... The Arctopus que postei há um tempinho atrás, aqui também encontrará correspondências assassinas mui similares e satisfatórias. Como não poderia deixar de ser, The Machinations Of Dementia estreia no mundo metaleiro instrumental do Technical Death com atmosferas sinistras e perturbadoras, agressivas e carregadas de alta tensão agonizante. A união entre técnica virtuosística Avant-Garde e singelas ambientações de filmes sanguinolentos de terror, esboçam todo o tom que perfaz o cenário de horror estético musical. Performances técnicas brilhantes, ao mesmo tempo que impressionam por sua beleza estrutural, apavoram com sua brutal intensidade e fortes digressões descendentes. Muito porrada!

Blotted Science - (2007) The Machinations Of Dementia:

01 Synaptic Plasticity
02 Laser Lobotomy
03 Brain Fingerprinting
04 Oscillation Cycles
05 Activation Synthesis Theory
06 R.E.M
07 Night Terror
08 Bleeding In The Brain
09 Vegetation
10 Narcolepsy
11 E.E.G. Tracings
12 Sleep Deprivation
13 The Insomniac
14 Amnesia
15 Adenosine Breakdown
16 Adenosine Buildup

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Special Providence - (2014) Soul Alert


Vai por mim, amiguinho! Este é um disco que te fará gozar nas calças. Claro, isso se você for mais um aficionado por música instrumental e virtuosística, assim como eu. Pense num disco cheio de tesão fulminante! Música bem tocada por profissionais gabaritados e de extremo bom gosto. Soul Alert é o terceiro delicioso álbum dos húngaros do Special Providence. Eu já havia batido uma punheta resenhística para o trabalho deles por aqui; gozei estética e deleitosamente sobre a bolacha mais recente do grupo, Essence Of Change. Duvido você também não ficar de pau duro ou toda molhadinha ao aventurar-se nesta magistral suruba de sons e estilos que misturam numa só pegada de macho viril, o rock progressivo, o metal de timbres cavernosos e o jazz-fusion requintado. Só a primeira faixa, Babel Confusion, já me arranca sadicamente suspiros orgásmicos de alto teor tesudo. São dez faixas de canções bem dotadas, longas o suficiente para penetrar nos meandros da sua alma e fazê-lo sentir-se preenchido de muito gozo estético. Não se ruborize, não fique melindrado, a vida é curta, então se arreganhe todo para a boa música.

Special Providence - (2014) Soul Alert:

01 Babel Confusion
02 Lazy Boy
03 Asparagus
04 K2
05 The Untold Chapter
06 The Incredible Flower
07 Standing Still
08 Soul Alert
09 Return To Childhood
10 Fences Of Reality

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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Liquid Tension Experiment - (1999) Liquid Tension Experiment 2


"Nomes de peso pesado do Progressive Rock se reuniram para atear fogo e incendiar ardentemente o cenário musical dos fins dos anos 90. Lançaram um trabalho que provavelmente entrou para a história deste gênero de pura virtuosidade técnica. Liquid Tension Experiment é um projeto paralelo dos integrantes do Dream Theater, John Petrucci, Mike Portnoy e Jordan Rudess, com Tony Levin do clássico King Crimson. Não há dúvida que este é um disco indispensável para o amantes da boa música! O melhor do talento, da criatividade espontânea, da liberdade experimental estética, e da precisão técnica encontram-se unidos num álbum de tirar o fôlego. O trabalho combina a agressividade dos timbres pesados do Metal às digressões suaves, singelas e eruditas de passagens típicas do refinamento musical de um Jazz Fusion. Beleza harmoniosa casada com ferocidade explosiva; aquosidade experimental numa fluidez psicodélica; e objetividade pragmática em estruturas conscientes de onde querem nos levar. [...]" Liquid Tension Experiment 2 é o seu segundo álbum.

Liquid Tension Experiment - (1999) Liquid Tension Experiment 2:

01 Acid Rain
02 Biaxident
03 914
04 Another Dimension
05 When The Water Breaks
06 Chewbacca
07 Liquid Dreams
08 Hourglass

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