sábado, 31 de outubro de 2015

Johnny Hooker - (2015) Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito!


Amiguinhos, hoje lhes apresento o melhor disco nacional de 2015. Um dos trabalhos mais belos, mais lindos e fantásticos dos últimos anos. Este é o álbum de estreia de Johnny Hooker, e intitula-se com força e dramaticidade Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito!. Título perfeito para esta obra, que para mim, virou clássica desde seu nascimento. Bolacha imprescindível para o ouvinte da boa música. Esta pérola me foi apresentada por uma amiga. A dor do amor já gerou muitas obras-primas artísticas e aqui ela nos presenteia com mais uma. Num papo de Facebook com minha amiga, comentei sobre o disco: "Ficou foda essa mistura de ardente passionalidade feminina com uma dor brutal masculina. Uma espécie de peso e leveza no mesmo tom. Letras diretas, honestas, sem firulas. Tapa na cara, amor feroz! [...] Arranca de nossas entranhas os desejos e paixões mal resolvidos e depois os joga para o alto mandando um grande foda-se! É o que gostaríamos de falar e não temos coragem de dizer; a emoção e o sentimento nu e cru, sem desculpas e justificativas, a paixão em estado bruto num grito de dor." Aaahhh...

Johnny Hooker - (2015) Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito!:

01 Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito!
02 Volta
03 Alma Sebosa
04 Chega De Lágrimas
05 Amor Marginal
06 Segunda Chance
07 Boyzinho
09 Você Ainda Pensa
10 Desbunde Geral
11 Alma Sebosa (Versão Em Espanhol)

Deguste um PLAYLIST FULL Fluxo:


Gostei também deste comentário de Marcelo Arruda no último vídeo desta playlist, vale a pena colocá-lo aqui, diz muito sobre o espírito do disco:

"Tem tudo da passionalidade ibérica. As mulheres de Almodóvar se traduzem nessa canção. Trilha sonora do próximo filme do diretor de 'Mulhres À Beira De Um Ataque De Nervos', ou 'Ata-Me!', ou 'De Salto Alto', ou 'Kika', ou 'A Flor Do Meu Segredo', ou ainda os geniais 'Carne Tremula', 'Tudo Sobre Minha Mãe', 'Fale Com Ela', etc, etc, etc... Pernanbuco-Catalunha, Recife-Barcelona (como desejou o poeta João Cabral), clima passional madrilenho, o cabaré de Carpina... Tantos pernambucanos nos habitam, quantos desejos nos aprisionam... A música de Hooker nos liberta..."

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Instituto - (2015) Violar


A bolachinha contém as seguintes participações especiais: Criolo, Tony Allen, Sabotage, Nação Zumbi, Otto, Sombra, Karol Conka, Tulipa Ruiz, Jorge Du Peixe, Curumin, Lyrics Born, BNegão, Joyo Velarde, Metá Metá, Thiago França. Um batalhão delicioso de artistas do mais alto calibre estético contemporâneo brasileiro. Todos alinhados a proposta do coletivo Instituto. Violar é o segundo trabalho da trupe. Aqui há um caldeirão de influências agremiadoras de estilos e técnicas. A inter-relação, a múltipla conexão de gêneros e ritmos, fazem dos trabalhos do Instituto um generoso catálogo do que está bombando na cena musical atual e alternativa brasileira (e claro, isso junto à outros artistas mais velhos que vêm de projetos já consagrados nesse meio). Neste novo álbum a ousadia experimental seguiu um caminho mais aventureiro, pois atravessa veredas afrobeatisticas, jazzísticas, sambísticas, MPBzísticas, e diversas outras ísticas; sempre tendo seus pés firmemente fincados em elementos e efeitos hip-hopísticos. Eis uma viagem exuberante pelas paisagens de nossos mais novos artistas. Tchau!

Instituto - (2015) Violar:

01 Polugravura
02 Vai Ser Assim - Part. Criolo E Tony Allen
03 Alto Zé Do Pinho - Part. Sabotage, Nação Zumbi, Otto E Sombra
04 Mais Carne - Part. Karol Conka E Tulipa Ruiz
05 Na Surdina - Part. Jorge Du Peixe
06 Bossa Chinesa
07 Pacto Com O Mato - Part. Curumin
08 Tudo Que Se Move - Part. Tulipa Ruiz
09 Seco - Part. Lyrics Born, BNegão E Joyo Velarde
10 Ossário
11 Isso É Sangue - Part. Jorge Du Peixe
12 Irôco - Part. Metá Metá
13 Baía - Part. Thiago França e Tony Allen

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Scalene - (2015) Éter


Sou um dos vários que conheceram o Scalene pelo programa Superstar da rede Globo. Meu olhar e ouvidos para a banda haviam passado apenas ligeiramente sobre seu trabalho, pois não costumo assistir TV. Minha esposa é quem estava assistindo o programa, e eu ao passar pelo quarto, escutei umas guitarras com timbres e afinações pesadas fluindo da caixinha. Pensei: "Opa! Isso não é comum aparecer na TV!", dei uma espiadinha e saí fora, achei interessante. Passado alguns dias, um colega me falou sobre a banda e fez vários elogios ao trabalho deles, e eu disse que daria uma olhadinha com mais calma. Minha primeira impressão foi a que ficou: a banda é boa pra carOlho! Trabalho de excelentíssima qualidade! Deve ter custado bem caro o investimento na banda, mas o resultado valeu a pena. Tudo muito bem polido e dando espaço para a articulação de um verdadeiro talento. Não me lembro de ter ouvido algo nessa pegada aqui no Brasil. O comum é ver as bandas trabalhando com estilos mais específicos dentro de uma linha tradicional. Éter é o seu segundo disco. Pesadão e flutuante, melodioso e sublime. Pedrada!

Scalene - (2015) Éter:

01 Sublimação
02 O Peso Da Pena
03 Histeria
04 Fogo
05 Gravidade
06 Furacão
07 Terra (Feat. Mauro Henrique)
08 Náufrago
09 Alter Ego
10 Tiro Cego
11 Loucure-Se
12 Legado

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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Amplexos - (2015) Sendeiro


A banda fala sobre si: "'Sendeiro' tem seis faixas e foi gravado no estúdio casa - estúdio, escritório e residência dos Amplexos em Volta Redonda/RJ. Buguinha Dub, produtor que já havia mixado o anterior 'Música da Alma', dessa vez comandou as gravações, feitas ao vivo em apenas um dia, com todos os músicos tocando juntos. O 'professor' Oghene Kologbo, guitarrista nigeriano da formação original do Africa 70 que gravou mais de 30 discos do Fela Kuti, participa da faixa 'Do Perdão', eternizando a genuína guitarra-tenor do afrobeat. [...] 'Sendeiro' é mais cru e mostra uma banda entrosada e quente, O rock ganha espaço em faixas como 'Tecnologia', mas a música negra (funk/reggae/soul/afrobeat) ainda é a fonte maior de inspiração. Em algumas escolas de religião ou filosofia esotérica, 'Sendeiro/Senda' são palavras usadas para designar um suposto percusso de progresso espiritual do homem que aspira à iluminação, à união com o divino ou alguma espécie de iniciação - temas centrais da música do Amplexos. [...]" - Eu, em particular (e quem me conhece sabe), já nem gosto desses temas, né?! Amei!

Amplexos - (2015) Sendeiro:

01 A Tecnologia
02 Miragem
03 O Presente
04 Cai Pra Dentro
05 Do Perdão
06 Travessia
07 Om

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Edgar - (2015) Paralelo 22s


Mano, eu amei isso! Outra novidade para mim neste ano de 2015. Achei genial, repleto de misturas e experimentações que aprovo e adoro. Falo aqui de um Rap Experimental; rótulo acertadamente auto-proclamado pelo próprio artista. Isso me lembrou a ousadia verbal e enciclopédica de um Black Alien; a descontração e o bom humor de um Criolo; a flexibilidade plástica do vocal de um Sombra; e, sem dúvidas, uma massa estética de imensa originalidade antropofágica cultural. As letras são espetaculares com suas mensagens truncadas e espaços naturais para improvisos; desdobram-se num delicioso fluxo que cria um ritmo próprio e dá um show à parte do instrumental. E o instrumental? Meu amigo! Coisa fina e surreal! Beats escabrosos e universais, samplers jazzísticos espiralados entre reverbs dubstícos e uma crua organicidade de garagem. Vinhetas poéticas, colagens inteligentíssimas, viagens introspectivas, diálogos vocais com línguas estrangeiras, momentos trip-hopísticos super brisantes, e muito mais. Paralelo 22s é o segundo álbum de Edgar, rapper de visão. Este trabalho é um dos melhores do ano!

Edgar - (2015) Paralelo 22s:

01 Projeto Ignoto - Nobres Desconhecidos
02 Lagartas Florescentes
03 Estrela Morta
04 Devolva Meu Disco Voador
05 Erun Ilê Aye
06 Mari Lírica - Interlúdio
07 Ecdemomania
08 Dipsomania
09 Abaixo Do Nível Do Mar
10 Samuel Luis Borges - Interlúdio
11 Manequim Blues
12 Só Mora Se Deixar Saudades
13 As Melhores Batidas São As De Maracujá, Amendoim, As Do Coração E As De Carro
14 Marimbokan
15 Halley
16 Bruno Quixote - Interlúdio

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sábado, 24 de outubro de 2015

Abeokuta - (2015) Agô EP


Mais uma vez Pernambuco na parada! Essa terra não pára de produzir riquezas. Neste mês de Outubro, eu já lhe apresentei um outro EP, a estreia do excelentíssimo I.F.Á Afrobeat, e novamente retornamos com outra estreia em EP, Agô do Abeokuta Afrobeat. O Afrobeat está maravilhosamente em alta no Brasil, mais e mais bandas tem surgido para nos presentear com suas artes. Nós, louvadores do ecletismo musical de bom gosto, agradecemos imensamente. Poderemos ter ainda mais opções de shows bacanas para participarmos. Estes nossos camaradas pernambucanos começaram bem, chegaram chegando com um material de estupenda qualidade. Temos uma arte gráfica bem simples e bacana; produção 100% profissa, com timbres, afinações e equalizações alinhadas ao estilo tradicional do Afrobeat; swing, balanço, sacolejo, molejo, etc, etc, etc... tudo devidamente no lugar como deve ser. Se continuarmos como estamos, em poucos anos é provável que seremos um dos maiores exportadores do Afrobeat mundial, Rsrsrs. O negócio tá esquentando aqui, rapaziada! Só fera surgindo!

Abeokuta - (2015) Agô EP:

01 Agô
02 Mr. Job
03 Lessimí
04 Orunmilá

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Aláfia - (2015) Corpura


Eu só conheci o trabalho desta banda neste ano de 2015, até então nunca havia ouvido falar e o som deles não chegou aos meus ouvidos. Ainda bem que acabou chegando, ficaria triste se não tivesse tido a oportunidade de conhecer essa maravilha. Mais uma banda brasileira enriquecendo a cultura de nosso país. Quanta coisa boa temos por aqui, não é? Será que no Brasil ainda há aquele antigo preconceito de que aqui não tem o que presta? Se tiver, continua sendo uma opinião de cabeça de miolo-mole. Coisa de quem tem preguiça de pesquisar e conhecer nossas próprias riquezas. Aláfia já está entre elas. Corpura é o seu recente segundo disco. Tá quentinho, saiu do forno faz pouco tempo! O seu excelente primeiro trabalho o publicarei aqui depois; também vale a pena ser ouvido. Já virei fã. Os camaradas temperam sua sonoridade com tudo aquilo que mais apreciamos aqui no Santería: passeiam pelo Afrobeat, soltam o balanço no Soul-Funk, articulam suas mensagens conscientes no Rap, e convocam nossos ancestrais para uma macumba gostosa em seu terreiro musical. Gosto muito!

Aláfia - (2015) Corpura:

01 Salve Geral
02 Blacksmith
03 Corpura
04 Adinkras
05 Primeiro Do Ano
06 Proteja Seu Quilombo
07 Preto Cismado
08 Peregrino (Okê Kala)
09 Oxotokanxoxô E Uiratupa
10 Banho De Poeira
11 Nada É Importante

Deguste um fluxo:


Apresentação no Showlivre (Na sessão de perguntas há um salve meu para a banda, rsrsrs, participei do programa quando passou ao vivo):



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terça-feira, 20 de outubro de 2015

BNegão & Os Seletores De Frequência - (2015) Transmutação


Gosto pra carOlho dos trabalhos de BNegão E Os Seletores De Frequência. Fico imensamente feliz em ver que este projeto do BNegão tem sido um dos mais prósperos e produtivos de sua carreira. Um artista tão rico em criatividade não pode deixar um só momento de nos presentear com seu talento excepcional. Sentimo-nos enriquecidos com suas mensagens incentivadoras e reflexivas, contagiamo-nos com a delícia do groove e do swing acalentadores de corpos que almejam o movimento e a libertação. Entretanto, minha opinião muito particular sobre Transmutação, o terceiro álbum desses nossos camaradas, é a de que perderam um pouco da força e explosão de seus álbuns anteriores. Tá certo que temos diante de nós um novo trabalho com uma nova proposta, mas para fãs do grupo feito eu, uma comparação às suas primeiras bolachas é quase inevitável. A pegada é a mesma, porém mais suave e viajante, mais tranquila e brisante. Uma presença delicada de alguns elementos da música africana dão um requinte especial à sua transmutação sonora. Sinto que o caminho escolhido aqui é o da introspecção.

BNegão & Os Seletores De Frequência - (2015) Transmutação:

01 Àgò
02 Dias Da Serpente
03 No Momento (100%)
04 Mundo Tela
05 Surfin' Astatke
06 No Amanhecer
07 Fita Amarela
08 Um Tema Para Iemanjá
09 No Ar (Convocação)
10 Giratória (Sua Direção)
11 Nós (Ponto De Mutação)

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domingo, 18 de outubro de 2015

Black Alien - (2015) Babylon By Gus - Vol. II No Princípio Era O Verbo


No post anterior sobre Black Alien, eu não disse, mas agora direi: o cara é um artista genial! Gente, é muito difícil encontrar artistas desse tipo, e na atualidade do Rap, algo próximo disso só vi mesmo aportando luciféricamente em outro camarada tão genial quanto, o Criolo. Pessoas portadoras de luz! Artistas que em seus papéis de magos da palavra, estão plenamente conscientes das consequências e responsabilidades de serem instrumentos do Verbo. Estão alinhados ao propósito de suas missões como MC's, e conhecem os efeitos da potencialidade reverberativa de suas elocuções. Procuram usar seus dons para o Bem! Babylon By Gus - Vol. II No Princípio Era O Verbo é o segundo álbum de Black Alien, e provavelmente, o disco brasileiro mais aguardo do últimos dez anos. Demorou mas chegou! Tá aí, provando que nesse longo tempo, ele vinha amadurecendo, sofrendo alquimicamente uma lúgubre coagulação passional e estética. O disco, o resultado final, é uma vitória de Gustavo sobre um processo de auto-encontros-e-desencontros, uma redenção de sua alma e um presente para nós. Mais um trabalho lindo!

Black Alien - (2015) Babylon By Gus - Vol. II No Princípio Era O Verbo:

01 1972 (Intro)
02 Rolo Compressor
03 Somos O Mundo
04 Rock'N'Roll
05 Terra
06 Skate No Pé
07 Quem É Você?
08 Falando Do Meu Bem
09 Identidade
10 O Estranho Vizinho Da Frente
11 Homem De Família
12 Cidadão Honorário (Outro)

Deguste um Fluxo (Minha faixa favorita, cheia de conhecimentos esotéricos espiritualistas nas entrelinhas):


Série com mini-documentários sobre a laboriosa produção do álbum - No Princípio Era O Verbo (Uma lição de vida com lições universais):


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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Hermeto Pascoal - (1980) Cérebro Magnético


Boca Fechada: "[...] Hermeto Pascoal dispensa apresentações, sua música fala por ele: inquieta, genial, antena parabólica, swing, etc, fazem parte do cotidiano da vida e consequentemente de sua arte, num processo de congruência entre as duas que é sinestésico [...] É o Cérebro Magnético, lançado em 1980, primeiros anos de transição da jovem guarda romântica para o BRock [...]. Num mundo a parte desse mainstream, estavam diversos artistas apontados ao experimentalismo, dentre esses: Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção [...], e Hermeto, presente da música brasileira desde a década de 60 [...] Em toda [sua] obra [...], sempre notei uma profunda incursão dele nos ritmos brasileiros, explorando e desconstruindo-os através da genialidade e do conhecimento musical amplo que possui. A música brasileira está ali todo tempo, sendo referência pro diálogo que ele propõe, voltado à atonalidade, dodecafonismo e experimentações feitas por várias linguagens difundidas pelo mundo. [...] Cérebro Magnético é a música mundial magnetizada ao ambiente de Hermeto, que vem da música de raízes profundas feita no Brasil".

Hermeto Pascoal - (1980) Cérebro Magnético:

01 Voz E Vento
02 Música Das Nuvens E Do Chão
03 Dança Da Selva Na Cidade Grande
04 Amor Paz E Esperança
05 Diálogo
06 Correu Tanto Que Sumiu
07 A Festa Na Lua
08 Eita Mundo Bom
09 Religiosidade
10 Arrasta Pé Alagoano
11 Vou Esperar
12 Auriana
13 Banda Encarnação

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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

DJ Tudo & Sua Gente De Todo Lugar - (2013) Pancada Motor - Manifesto Da Festa


Do site do selo Mundo Melhor: "O novo disco do músico, produtor, DJ e pesquisador Alfredo Bello celebra o universo multicultural de tradições brasileiras. Gravado em andanças pelo Brasil e mundo, entre 2003 e 2013, e quase todo mixado em Londres por um dos mais importantes produtores da atualidade, Mad ProfessorPancada Motor - Manifesto Da Festa traz doze faixas que traduzem a força rítmica da cultura brasileira [...]. Da cultura brasileira, as tradições alagoanas: Baianá, Samba de Matuto e Caboclinha, somados a vários músicos do Brasil e do mundo. Entre eles, Dr. Das, fundador do Asian Dub Foundation, Murat Erthel do grupo Baba Zula da Turquia, Steven de Bruyn gaitista belga, Stefane Goldman guitarrista de Paris, Alan Bryden da Escócia, a cantora Tulipa Ruiz de São Paulo, além dos membros da banda que toca ao vivo com DJ Tudo, Sua Gente De Todo Lugar [...]. Este disco resulta da paixão de Alfredo Bello por essas culturas, que a partir de Pancada Motor se reconecta com o anarco punk, com a cena rave (jungle) do início dos anos 90 e com o mundo espiritual, pois é um disco de dança, transe e sonho. [...]"

DJ Tudo & Sua Gente De Todo Lugar - (2013) Pancada Motor - Manifesto Da Festa:

01 É Hoje, É Hoje
02 Traveller
03 Minha Querida Maezinha
04 Que Bela Macumba
05 Meu Natural
06 Sailor's Love
07 Nega Vem Dançar
08 On The Bridge
09 Nico's Dream
10 Terra, Céu E Sonho
11 Jaco's Comb (Saímos Lá De Belém)
12 Party's Jam

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Tagore - (2014) Movido A Vapor


Outro produto de qualidade made in Pernambuco. Nesta terra há tantas maravilhas musicais que eu terei de fazer um mês especial só para elas. Já faz um tempo que enrolo para postar este disco, que quase por unanimidade bloguísticas, foi considerado um dos melhores discos do ano passado. Demorei para escutá-lo, e me surpreendi quando me arrisquei na audição. Não esperava ouvir a delícia que acabou por me fascinar tremendamente. Movido A Vapor é o espetacular álbum de estreia da banda Tagore. Outro produto de qualidade made in Pernambuco. Os temperos aqui são um pouco diferentes dos que costumamos ouvir de lá, pois, desta vez, o experimentalismo ocorre deste modo: poesias psicodélicas de um Alceu Valença, ironias humorísticas de um Raul Seixas, força ascensional de um Zé Ramalho, e loucuras malucas de um Tom Zé. Temos um revivalismo rockístico setentista regionalista, feito cuidadosamente em lindos e saborosos arranjos. A parte instrumental é tão deslumbrante quanto as belas interpretações do vocalista Tagore Suassuna, e há um casamento perfeito entre instrumentos e voz. Diskaço!

Tagore - (2014) Movido A Vapor:

01 Movido A Vapor
02 2012
03 Poliglota
04 Enciclopédia Do Ser
05 Crença
06 Tarde Londrina
07 Vagabundo Iluminado
08 Ilhas Cayman
09 Todos Os Olhos
10 Porto Belo
11 Calvário
12 Morena Tropicana
13 Lamento Em Sol

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Apresentação na íntegra no Showlivre:



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sábado, 10 de outubro de 2015

Cordel Do Fogo Encantado - (2001) Cordel Do Fogo Encantado


Mais uma bolachinha encantada das terras pernambucanas de nosso Brasilzão. Temos aqui, outra preciosidade que também finalizou as atividades após nos presentear com três excelentes discos. O que acontece no estado de Pernambuco para produzir tanta banda boa? Cê é loko! Os maiores artistas contemporâneos da música alternativa se desenvolveram por lá. E não só no Pernambuco, pois o melhor da música brasileira se encontra na região Nordeste. Lá o ecletismo experimental mostra com mais força seu caráter estético-antropofágico. Acredito que o Cordel Do Fogo Encantado é uma banda que dispensa apresentações, lembro-me bem como a juventude dos anos 2000 perdia o cu em seus shows quentíssimos. Era a banda da moda! Certamente ela foi responsável por parte do revivalismo regionalista daquela época. Batucadas massivamente violentas; poesia repentista da literatura de cordel; violas nervosas cheias de energia rock'n'roll; e uma dramaticidade teatral circense que viria a ser copiada por muitos depois. Este primeiro disco deles tornou-se mais um clássico da música brasileira.

Cordel Do Fogo Encantado - (2001) Cordel Do Fogo Encantado:

01 A Chegada De Zé Do Né Na Lagoa De Dentro
02 Poesia (Ou Tambores Do Vento Que Vem)
03 Profecia (Ou Testamento Da Ira)
04 Boi Luzeiro (Ou A Pega De Violento, Vaidoso E Avoador)
05 Chamada Dos Santos Africanos
06 Chover (Ou Invocação Para Um Dia Liquido)
07 O Cordel Estradeiro
08 Antes Dos Mouros
09 Os Oim Do Meu Amor
10 Toada Velha Cansada
11 Salve
12 Alto Do Cruzeiro (Ou O Auto Do Cruzeiro)
13 Pedrinha
14 Foguete De Reis (Ou A Guerra)
15 O Carroceiro
16 Profecia Final (Ou No Mais Profundo)
17 Catingueira
18 Ai Se Sesse

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Sheik Tosado - (1999) Som De Caráter Urbano E De Salão


Uma das bandas mais legais de todos os tempos e que já existiu no Brasil. Pena que essa maravilha nos presenteou com só um disco e depois finalizou as atividades. Para mim este trabalho tornou-se um clássico da música brasileira, e tenho certeza que é pouco conhecido pela nova geração dos anos 2000. Registro-o no Santería para os que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir este tesouro musical. Sheik Tosado é uma banda pernambucana formada em 1997, trouxe-nos uma mistura inteligentemente eclética e inusitada, mas que já marcava os experimentos musicais daquele período noventista no Brasil. Grupos como Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e Mestre Ambrósio traziam novos sabores estéticos que se consolidaram com o tempo, e acabaram chamando atenção para a crescente criatividade e originalidade que nasciam naquela terra, e que se perpetua até hoje. Som De Caráter Urbano E De Salão traz a influência da música popular e regional pernambucana junto ao Rock: o maracatu, o frevo, o repente e a batucada de pandeiro, mais o acréscimo da violência e agressividade do Hardcore. Bombou!

Sheik Tosado - (1999) Som De Caráter Urbano E De Salão:

01 Toda Casa Tem Um Pouco De África
02 Esquenta Barracão
03 La Ursa
04 Sheik Tosado
05 Malê
06 Hardcore Brasileiro
07 Repente Envenenado
08 Baleia
09 Vinheta Para Jackson
10 Zum Zum Zum Pancada

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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Burro Morto - (2009) Varadouro


Não sei ao certo se Varadouro do Burro Morto é o seu primeiro álbum, ou um EP. Já vi uns escrevendo por aí que é um EP, mas para mim tem cara de álbum. Passou de cinco faixas para mim, virou álbum. Estou dizendo isso só para você não se confundir, já que na minha postagem do disco Baptista Virou Máquina, eu disse que ele é o primeiro álbum deles. Tentei encontrar umas informações na internets, nada tirou minha dúvida, entretanto, achei essa resenha chapada do Blog D'Outru Lado: "O Burro Morto surgiu mutilado, teve seus retalhos re-costurados e agora percorre os caminhos sonoros atento às cores e nuances. Respira groove, enche os pulmões de psicodelia, entorta os compassos e regurgita melodias inusitadas. A inspiração vem do sangue que passeia pelas veias negras da terra antiga, que sai de Lagos, passa pelas dunas de areia escaldante, chaga a Addis Ababa, escorre pelos ouvidos jazzistas no norte, desce ao estômago do deep funk e deságua novamente no terceiro mundo. É África-Brasil, via o jazzy groove gringo [...]" - De minha parte só tenho a dizer: escute porque é bom pra carOlho!

Burro Morto - (2009) Varadouro:

01 Cabaret
02 Índica
03 Menarca
04 Castelo De Pedra
05 Navalha Cega
06 Pero
07 Nicksy Groove

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domingo, 4 de outubro de 2015

Afroelectro - (2014) Mocambo EP


Eu Ovo faz a cerimônia hoje: "A banda Afroelectro faz uma incursão no universo dos cânticos do Candomblé, do Tambor de Crioula maranhense, do Cavalo Marinho pernambucano, e da capoeira de Angola. Com o novo EP Mocambo, o Afroelectro representa a grande diversidade de ritmos brasileiros e coloca todas estas influências em prol das canções. A banda é formada por Sérgio Machado na batera, teclados, programações e vocais, Michi Ruzitschka nas guitarras e vocais, Meno del Picchia no baixo e vocais, Maurício Badé na percussão e vocais, e Denis Duarte nos loops, percussões e vocais." - Afrobeat brasileiro flertando gostosamente com nossos próprios ritmos; só aqui mesmo para acontecer simbioses tão deliciosamente ecléticas! O Afrobeat no Brasil, com certeza, sente-se confortavelmente em casa, brinca livre feito criança malina solta na rua, e numa criatividade antropofágica, alimenta-se da tradição e vira monstro regurgitador de inovação musical. Que venham mais bandas brasileiras afrobeatísticas a resgatar, incorporar e inovar um gênero que já virou clássico. Prosperidades mil!

Afroelectro - (2014) Mocambo EP:

01 Marimbondo
02 Sereno
03 Rainha Soube O Que Fez
04 Samburá Vazio
05 Banzeiro Grande

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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

IFÁ Afrobeat & Okwei V. Odili - (2015) IFÁ Afrobeat EP


Já foi à Bahia, nêgo? Já fui quando era pequenino visitar a casinha de minha falecida vovó. Foi a única vez. Voltarei turista com minha esposa e meu filho. Bem, já é mais do que sabido que esta terrinha maravilhosa sempre nos presenteou e presenteia com tesouros musicais dos mais diversos. Nela o ecletismo rítmico anda feliz de amores com o sincretismo de tradições bem enraizadas em nossa ancestralidade africana. Não consigo imaginar a Bahia sem um bom batuque! Dando continuidade a toda essa tradição, recebemos neste ano de 2015 mais um precioso presente: o trabalho de estreia da IFÁ Afrobeat. Um EP de cinco faixas com a participação especial da cantora nigeriana Okwei V. Odili. Quanta riqueza gente! E você acha que pára por aqui? Ledo engano! Para requintar ainda mais essa ponte de ligação transatlântica afrobrasileira, os camaradas chegam estampando suas raízes logo na capa do disco: uma linda mandala afro-psicodélica feita pelo artista Ghariokwu Lemi, artífice responsável pelas belas capas dos trabalhos do senhor Féla Kuti. Quer mais? Esperemos um álbum com mais outras lindas sonzeiras! Axé!

IFÁ Afrobeat & Okwei V. Odili - (2015) IFÁ Afrobeat EP:

01 Afrofunk Revolution
02 Suffer
03 Afro Woman
04 Ebezener
05 Axé!

Deguste um FULL Fluxo:


Quando vi e ouvi, me apaixonei de vez, Rsrsrs!



... E a rapaziada não está para brincadeira! E se está, é uma brincadeira maravilhosamente séria e divertida! Fiquei com "gostinho de quero mais"!



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