sexta-feira, 31 de julho de 2015

Skrotes - (2014) Nessun Dorma


Em minhas últimas perambulações pela internet, sem querer querendo, acabo defrontando-me com mais uma excelente bolacha nacional que deixei passar batida no ano de 2014. Lembro-me de ter visto a capa desse disco em algum lugar, mas não me lembro onde, simplesmente fui embora sem me interessar pelo conteúdo da mesma. Aí aconteceu que, no momento, tenho ouvido muito rock progressivo e jazz fusion, e pesquisando alguma coisa brasileira moderna que se enquadrasse neste perfil, o trio porreta catarinense Skrotes apareceu. Fiquei feliz! Mais música boa! Sobre o som dos caras, deixo algumas sentenças retiradas do site deles: "Liberdade, desconstrução e transgressão" [...] "sem rótulos nem regras" [...] "Doses contraindicadas de jazz, punk rock, brasilidades e música pop misturam-se numa pegada junkie quase despretensiosa. A fusão resulta em composições carregadas de simbolismos, de aleatórias influências e sensações." [...] "Um prazeroso fazer o que não se pode, com ousadia e competência, sem limitações. É combustão espontânea de música livre". - Nessum Dorma é o seu primeiro disco.

Skrotes - (2014) Nessun Dorma:

01 TP
02 Baixa Ajuda
03 Allegroland
04 2 Da Nêga
05 Dr. Italo
06 Llbertonho
07 Vinicius Demorasse
08 Murruga Ali
09 Adogás
10 Vou Para Bahia

Deguste um fluxo:


Chapei! (faixa Baixa Ajuda):



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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Beardfish - (2007) Sleeping In Traffic Pt. I


Pense num disco bonito! Bonito mesmo! Contêm uma linda virtuosidade técnica instrumental, mas não é de modo algum a sua maior preocupação e ênfase estilística. Ele realmente mostra seu trunfo e triunfo nas maravilhosas combinações de singelas e delicadas nuances melódicas que desenvolvem-se em fluxos suaves, parecidos com ligeiros sopros. Há todo um requinte no tratamento dos efeitos, fazendo com que sua aparência e estilo alie-se ao melhor do que o rock progressivo clássico já nos presenteou. Respeito à tradição, e ao mesmo tempo, inovação caprichosa e totalmente zelosa no acabamento das estruturas e harmonias. Sleeping In Traffic Pt. I é o segundo disco da banda sueca Beardfish. Esses camaradas já possuem muitos outros discos lançados e têm uma certa popularidade no meio rockístico progressivo. Nostalgia onírica; fortes articulações nos remetendo à tempos longínquos no fundo de nossa memória; paisagens fotográficas desfilando momentos obscuros; e um tecladinho safado que em várias passagens me dá um tesão danado! Bolacha gostosa!

Beardfish - (2007) Sleeping In Traffic Pt. I:

01 ...On The Verge Of Sanity
02 Sunrise
03 Afternoon Conversation
04 And Never Know
05 Roulette
06 Dark Poet
07 Harmony
08 The Ungodly Slob
09 Year Of The Knife
10 Whithout You
11 Same Old Song

Deguste um fluxo (faixa Roulette):


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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Indukti - (2009) Idmen


Um ecletismo musical muito bem arquitetado que sabe combinar os elementos diversos de sua cultura produz, para a nossa alegria, delícias sonoras como esta que lhe apresento hoje. Direto da Polônia, mais uma bolachinha que merece a sua devida e complacente atenção: Idmen, o segundo saborosíssimo álbum do Indukti. É um disco que ao darmos o play, e ao terminarmos sua contemplação, duvido continuarmos os mesmos. Ele parece exercer um efeito mágico em nossos ouvidos, parece nos conduzir por cavernas primitivas ancestrais, e aparentemente nos leva a perambular por reinos ctônicos no submundo das profundezas da terra. Há no estilo do grupo uma similaridade com o jeito Tool de tocar um bom Rock Progressivo modernoso, e com grande maestria, ser bem original sem cair na armadilha do plágio. Na verdade, Indukti é excepcional em sua musicalidade; conseguiu nos presentear com um trabalho, que para mim, tornou-se referência e entrou para minha lista de melhores discos de todos os tempos. Prog Rock, Black Metal, Celtic-Folk soturno, dramaticidade mística... belo e sombrio!

Indukti - (2009) Idmen:

01 Sansara
02 Tusan Homichi Tuvota
03 Sunken Bell
04 ... And Whos The God Now?!
05 Indukted
06 Aemaet
07 Nemesis Voices
08 Ninth Wave

Deguste um Fluxo:


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sábado, 25 de julho de 2015

Diablo Swing Orchestra - (2012) Pandora's Piñata


De vez em quando temos a sorte de nos depararmos com coisas de extrema criatividade. Coisas que acabam nos proporcionando um maravilhoso sentimento de bem estar e gosto pela vida. Coisas que dão um empurrãozinho extasiante e nos concedem a participação em momentos de felicidade sem explicação. O leitor esperto deve ter sacado que estou falando mais especificamente da sensação intraduzível da contemplação estética. Os trabalhos dos suecos do Diablo Swing Orchestra são um exemplo perfeito de delícia contemplativa estética moderna. Mais uma daquelas bandas estranhas que de maneira capciosa vai conquistando nossos corações. Pandora's Piñata é a sua terceira bolacha; a mais bem acabada em estruturas e posicionamentos estéticos, segundo meu point of view. Este trabalho traz as mesmas experiencias sonoras edificadas em seus discos anteriores, entretanto, com timbres mais acentuados, com mais peso e groove, com mais violência e agressividade. Aqui ainda temos as lindas passagens dramáticas de uma ópera, a atmosfera jazzístca de um cabaré, e o potente Death Metal escabroso!

Diablo Swing Orchestra - (2012) Pandora's Piñata:

01 Voodoo Mon Amour
02 Guerilla Laments
03 Kevlar Sweethearts
04 How To Organize A Lynch Mob
05 Black Box Messiah
06 Exit Strategy Of A Wrecking Ball
07 Aurora
08 Mass Rapture
09 Honey Trap Aftermath
10 Of Kali Ma Calibre
11 Justice For Saint Mary

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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Father Figure - (2012) Congratulations On Your Loss


E se pegássemos alguns elementos dum The Mars Volta e os misturássemos com belos floreios jazzísticos e outros tantos de experimentações post e math rock? Tudo isso muito bem articulado nos levaria à alquimia sonora transubstancial mais ou menos concretizada aqui, nesta suculenta bolachinha matinal intitulada Congratulations On Your Loss, da banda nova-iorquina Father Figure. Este é seu trabalho de estreia. É uma banda com sonoridade abstrata e trejeitos psicodélicos setentistas; flui por passagens brisantes e ascendentes desempenhadas com espontaneidade criativa; combina vários dedilhados melódicos com peso e groove; explora conscientemente charmosas estruturas harmônicas e não as deixam cair em convencionalismos rítmicos. Esse é um exemplo do tipo de som que tenho buscado por aí; som que tem como intenção uma expressão artística sincera, honesta e despreocupada com resultados mercadológicos. Arte pela arte num estético fluxo natural, num transbordar criativo da alma! Rsrsrs! Mais uma banda bacaníssima para nos levar a viagens fora do status quo musical.

Father Figure - (2012) Congratulations On Your Loss:

01 Yearning For Slime
02 Club Sauce
03 Arithmetickle
04 (Intro)
05 Suns
06 First Pube Theme Song
07 Splitting Euphoria
08 Echoing Truth

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terça-feira, 21 de julho de 2015

Panzerballett - (2012) Tank Goodness


Maluquice total! Maluquice total com muito peso de Metal! Maluquice total com muita virtuosidade jazzística! Avant-Garde rockístico com cavernosas vociferações surrealísticas e belos esmerilhamentos técnicos. Musicalidade que transpira abundância criativa e liberdade estética. Os alemães do Panzerballet não se enquadram em um estilo específico, dançam para lá e pra cá numa simbiose esquizofrênica de Metal Progressivo e Free-JazzTank Goodness é o quarto álbum do grupo, e como já demonstraram em seus trabalhos anteriores, esta bolacha também veio para fritar nossos neurônios, ao desdobrar tantas digressões melódicas agressivas e mirabolantes. Para deixar as coisas ainda mais num clima gardenal, trazem-nos um cover maluquete de (I've Had) The Time Of My Life de Bill Medley e Jennifer Warnes, música integrante da trilha sonora do clássico filme Dirty Dancing. Música nada convencional; fora dos parâmetros popísticos mercadológicos; artesanato de experimentos sonoros visionários; um disco para mentes habituadas ao desbravamento de novos horizontes! Adoro!

Panzerballett - (2012) Tank Goodness:

01 Some Skunk Funk
02 Mustafari Likes Di Carnival
03 Giant Steps
04 Zehrfunk
05 (I've Had) The Time Of My Life
06 Vulgar Display Of Sauerkraut
07 The IKEA Trauma
08 Take Five

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domingo, 19 de julho de 2015

Morglbl - (2015) Tea Time For Punks


Imagino, sinceramente, que coisas boas devem ser compartilhadas respeitosamente com os seus devidos merecedores. Você é um leitor esperto, e não está aqui à toa, aparece em nosso espaço sabendo que será alimentado esteticamente com o melhor do gosto musical bloguístico. Sei que gosta de coisa fina e tem um senso requintado, por isso, preparei para hoje uma das minhas fascinantes descobertas musicais recentes. Achei isso uma maravilha! É o som da banda francesa Morglbl. Os caras estão ativos desde os anos 90, mas só agora pude me encontrar com este tesouro. Trata-se de um rock progressivo excelentemente charmoso, muito original e de uma expressividade bem excêntrica. Há na música do grupo um experimentalismo bem encaixado, com várias passagens malucas adequadamente estruturadas. Múltiplos desdobramentos em jazz-fusion, caricaturizações circenses, pesos guitarrísticos metaleiros, muita técnica e beleza virtuosística. Colagens estupendas, solos assombrosos, e uma atitude punk! Tea Time For Punks é a sua sexta bolacha, e para mim é o melhor álbum do ano de 2015 até o momento!

Morglbl - (2015) Tea Time For Punks:

01 Banjovi
02 Rood
03 Tea Time For Punks
04 Chinese Buffet
05 Mariachi's Burger
06 Untoon That Geetar
07 Far Tea Time
08 Trere Ball
09 God Shaved The Queen
10 Atomic Tom Mohawk
11 Big Ben Shaved The Queen Interlude

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Chá, requinte, e uma atitude punk! (faixa Tea Time For Punks):



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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Riverside - (2009) Anno Domini High Definition


Há um tempo atrás defrontei-me com o som muito bacana desta banda polonesa chamada Riverside. Rock Progressivo estiloso e modernoso, cheio de experimentos descolados que dialogam inteligentemente com a cena musical atual. Anno Domini High Definition é o quinto álbum de estúdio do grupo, e para mim é a síntese do trabalho de amadurecimento de sua arte. Nos traz apenas cinco extraordinárias faixas que são adequadamente o suficiente para este disco. Como é natural ao gênero, a técnica instrumental desdobra-se digressiva e virtuosisticamente em longas e belas canções; somos conduzidos em extasiantes fluxos contemplativos e flutuantes; viajamos em mundos paralelos encantados de auras introspectivas; e acalentamo-nos em sonoridades que abraçam-nos singelas. Mas aqui também há peso, há groove, há balanço e riffs de guitarra que respeitam a tradição clássica de um bom Progressivo. Os integrantes do Riverside são macacos velhos que sabem muito bem o que fazem! Coisas como Tool, Pink Floyd, Opeth,  Deep Purple e Dream Theater encontram-se aqui, cantam e dançam juntas!

Riverside - (2009) Anno Domini High Definition:

01 Hyperactive
02 Driven To Destruction
03 Egoist Hedonist
04 Left Out
05 Hybrid Times

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Liquid Tension Experiment - (1998) Liquid Tension Experiment


Nomes de peso pesado do Progressive Rock se reuniram para atear fogo e incendiar ardentemente o cenário musical dos fins dos anos 90. Lançaram um trabalho que provavelmente entrou para a história deste gênero de pura virtuosidade técnica. Liquid Tension Experiment é um projeto paralelo dos integrantes do Dream Theater, John Petrucci, Mike Portnoy e Jordan Rudess, com Tony Levin do clássico King Crimson. Não há dúvida que este é um disco indispensável para o amantes da boa música! O melhor do talento, da criatividade espontânea, da liberdade experimental estética, e da precisão técnica encontram-se unidos num álbum de tirar o fôlego. O trabalho combina a agressividade dos timbres pesados do Metal às digressões suaves, singelas e eruditas de passagens típicas do refinamento musical de um Jazz Fusion. Beleza harmoniosa casada com ferocidade explosiva; aquosidade experimental numa fluidez psicodélica; e objetividade pragmática em estruturas conscientes de onde querem nos levar. Livres das exigências mercadológicas das gravadoras, aqui esses artistas puderam voar ainda mais alto! 

Liquid Tension Experiment - (1998) Liquid Tension Experiment:

01 Paradigm Shift
02 Osmosis
03 Kindred Spirits
04 The Stretch
05 Freedom Of Speech
06 Chris And Kevin´s Excellent Adventure
07 State Of Grace
08 Universal Mind
09 Three Minute Warning

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O artista não possui página oficial, então só lhe resta seguir o Fluxo !!!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Maybeshewill - (2008) Not For Want Of Trying


Feliz Dia do Rock! Um gênero tão popular, tão na moda, sempre inovador, atravessando gerações rumo ao infinito, merece um dia só dele mesmo! E hoje o Santería dá continuidade aos posts rockísticos com mais esta belezura de nossos tempos modernos: a incrível banda britânica de Post-Rock pesadão, Maybeshewill. Adoro essa banda! Vejo que ela não é tão popular em nossas terras, mas é porque a galera não a conheceu direito ainda. Contudo, eis que coloco a disposição do povo o primeiro álbum deles, o Not For Want Of Trying. Nele a proposta do grupo já nos aparece bem delineada, mostrando o desenrolar de uma energia inovadora bem canalizada, e experimentado espontaneamente a liberdade de um fluxo rítmico super groovado e dançante. Teclados brisantes criam atmosferas e ambientes de contemplação nostálgica; guitarras com deliciosos timbres nervosos enfatizam a força juvenil; singelos efeitos eletrônicos condensam sutilidade e calma em momentos relax, respiros em meio a exaltadas flutuações. Fãs de Helmet, Dub Trio e coisas do gênero vão curtir de montão!

Maybeshewill - (2008) Not For Want Of Trying:

01 Ixnay On The Autoplay
02 Seraphim & Cherubim
03 The Paris Hilton Sex Tape
04 I'm In Awe Amadeus!
05 We Called For An Ambulance But A Fire Engine Came
06 Heartflusters
07 C.N.T.R.C.K.T
08 He Films The Clouds Pt. 2
09 Not For Want Of Trying
10 Takotsubo

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sábado, 11 de julho de 2015

Dopapod - (2009) Radar


A bolacha de hoje vem recheada de originalidade e muito bom gosto. Merece uma louvação bem caprichada! Nem me lembro como conheci o som do Dopapod, mas sei que foi pesquisando coisas aqui e acolá e de repente: pá! Sonzeira a mais para nossas degustações. Radar é o primeiríssimo álbum deste grupo estadunidense. Lindas e livres composições fluem com naturalidade de uma grande fonte de criatividade na cuca desses rapazes; estilos diversos mesclam-se numa singela e despretensiosa simbiose de elementos orgânicos e experimentalismos eletrônicos; balanço maneiro com sóbrios remelexos ondulantes perfilam imagens sonoramente psicodélicas em atmosferas típicas de festas raves; e orgias melódicas trançam e transam em misturas malucas que ora flertam com o teclado de um rock progressivo, ora com o um trance music chapado de scrathes em pick-ups djzísticas. Momentos refinados de blues, momentos swingados de soul e jazz, viagens, viagens, viagens... Banda para você virar fã! Música para você ouvir na brisa LSDzística! E, em grande parte, gloriosamente instrumental! F#d@!

Dopapod - (2009) Radar:

01 Indian Grits
02 Freight Train
03 Eight Years Ended
04 Happy Song
05 Bet On Tales
06 Brookline Bridge
07 Off The Cuff
08 Mudwalkin'
09 Ellemenno
10 We Are Not Alone
11 Royce Road

Deguste um fluxo:
 

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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Battles - (2011) Gloss Drop


São bandas como Battles que me deixam completamente orgulhoso e esperançoso com o que há de bom e melhor no ser humano. É muito gostoso perceber o como a inteligência e a criatividade quando bem aplicadas e administradas, rendem-nos lindos trabalhos de apreciação estética. Trabalhos que ao serem feitos com sabedoria apaziguam a fera em nós e transformam-nos em anjos contempladores da beleza. Graças a Deus há um montão de exemplos por aí de consciências que elevam-se acima da mediocridade comum quando nos presenteiam com um disco como este. Gloss Drop é o segundo álbum destes livres músicos experimentalistas, que já passaram por aqui no Santería com seu primeiro álbum Mirrored. Continuam excelentes, autênticos, genuínos, maravilhosos e malucos! Desta vez a bolacha veio recheada de participações especiais de gente tão maluca quanto eles mesmos; são para levar seu manicômio musical à patamares ainda mais lunáticos! Você que sinestesicamente gosta de alimentar seus ouvidos com paladares exóticos, terá aqui uma guloseima apetitosa, um sorvetão cremoso de vários sabores!

Battles - (2011) Gloss Drop:

01 Africastle
02 Ice Cream (Feat. Matias Aguayo)
03 Futura
04 Inchworm
05 Wall Streeet
06 My Machines (Feat. Gary Numan)
07 Dominican Fade
08 Sweetie & Shag (Feat. Kazu Makino)
09 Toddler
10 Rolls Bayce
11 White Electric
12 Sundome (Feat. Yamantaka Eye)

Deguste um fluxo (faixa My Machines - Feat. Gary Numan):



Sorvetão! (faixa Ice Cream - Feat. Matias Aguayo):



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terça-feira, 7 de julho de 2015

BATS - (2009) Red In Tooth & Claw


Acredito que a Irlanda será uma grande exportadora de excelentes bandas de math post-rock. Os discos mais legais das bandas mais legais que costumo escutar desse gênero são da Irlanda. O grupo BATS é apenas mais uma dessas pérolas. Foi outra grande descoberta que me veio por acaso quando pesquisava coisas experimentais e instrumentais, mas BATS não é apenas instrumental, tem vocais chapadíssimos. Inclusive, são poucas as bandas que acabo gostando dos vocais, e no entanto, neste caso, as performances vocalísticas estão em pé de igualdade com a bela virtuosidade instrumental. Red In The Tooth & Claw, o primeiro álbum da banda, é de uma sonoridade pesada, agressiva e exótica; com diversas belezas melódicas e estruturas rítmicas bem criativas; tem uma energia contagiante, empolgante e revigoradora; sonzeira do carOlho! Os vocais são cantados normalmente, são gritados ferozmente, são raivosos como cães raivosos, e esquizofrênicos em oscilantes dramáticos frenesis. Mais uma bolacha que entrou para minha lista de discos favoritos para pagação de pau! Não paro de ouvi-lo!

BATS - (2009) Red In Tooth & Claw:

01 Higgs Boson Particle
02 Gamma Ray Burst Second Date
03 Credulous! Credulous!
04 Andrew Wiles
05 Lord Blakeney's Arm
06 The Cruel Sea
07 Shadow-Fucking
08 BATS Spelled Backwards Is STAB
09 Star Wormwood
10 Vermithrax Pejorative
11 The Barley

Deguste um fluxo:


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domingo, 5 de julho de 2015

Baroness - (2009) Blue Record


A verdade é que eu acho o som da banda Baroness um tanto quanto mediano. A música é muito boa, mas não me convence ao todo. Acho que em grande parte do trabalho deles falta mais ousadia, mais desbravamento. É uma banda com enormes potencialidades que prefere se arrastar em estruturas musicais mais quadradinhas, e quando começa a se soltar em caminhos experimentais o faz com uma modéstia desnecessária. Entretanto, não estou colocando este disco aqui hoje para falar mal dele, muito pelo contrário, cada álbum do Baroness é uma gostosura que vale a pena de estar neste Blog. Como escrevi em um outro post sobre este mesmo grupo, a proposta deles é interessante, é uma sonoridade esquisita e simples que não se agarra a um estilo determinado. A diferenciação está em sua esquisitice despretensiosa, onde a mistura de influências diversas absorvem umas as outras e sintetizam-se num peso de delicada sujeira. Arranjos harmônicos retos são privilegiados à desempenhos mais melódicos e digressivos. A força da música se encontra na exploração de certos grooves. Blue Record é o segundo disco da banda.

Baroness - (2009) Blue Record:

01 Bullhead's Psalm
02 The Sweetest Curse
03 Jake Leg
04 Steel That Sleeps The Eye
05 Swollen And Halo
06 Ogeechee Hymnal
07 A Horse Called Golgotha
08 O'er Hell And Hide
09 War, Wisdom And Rhyme
10 Blackpowder Orchard
11 The Gnashing
12 Bullhead's Lament

Deguste um FULL Fluxo, e ainda com cinco faixas ao "vivis":


Um mundo azulado, o peso e a delicada sujeira:



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sexta-feira, 3 de julho de 2015

And So I Watch You From Afar - (2009) And So I Watch You From Afar


Considero a banda irlandesa And So I Watch You From Afar uma das coisas mais bacanas da atualidade. Realmente posso puxar o saco, babar o ovo, pagar um pau e outras metáforas populares pejorativas de quem presta-se a admirar o trabalho e prestígio alheio.  Mas isso só vale para quem conhece a arte dessa rapaziada que tem conquistado cada vez mais fãs pelo mundão. Revistas especializadas em música, canais televisivos musicais e outras mídias estão aderindo ao puxa-saquismo à esses caras, e não à toa, pois digo-lhe sem exageros que este debut do grupo é uma obra-prima do rock instrumental-experimental. É o meu disco favorito dos caras! Não é o primeiro disco deles postado aqui (confira o outro clicando na tag equivalente), e ainda logo mais farei a resenha de seu lançamento de 2015, Heirs. Aproveitei a inspiração da postagem anterior de seus amigos e conterrâneos do Adebisi Shank para manter o mesmo ritmo de pauleira brisante flutuante. É um álbum que vale muito a pena em cada minuto de audição! E é estranho que tenha passado desapercebido de nossos blogs musicais tupiniquins. Que disco, cara!

And So I Watch You From Afar - (2009) And So I Watch You From Afar:

01 Set Guitars To Kill
02 A Little Bit Of Solidarity Goes A Long Way
03 Clench Fists, Grit Teeth... Go!
04 I Capture Castles
05 Start A Band
06 Tip Of The Hat, Punch In The Face
07 If It Ain't Broke... Break It
08 These Riots Are Just The Beginning
09 Don't Waste Time Doing Things You Hate
10 The Voiceless
11 Eat The City, Eat It Whole

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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Adebisi Shank - (2008) This Is The Album Of A Band Called Adebisi Shank


Para mim, Adebisi Shank é uma das bandas mais legais do estilo rockístico conhecido como math rock. Sua audição foi apenas mais uma daquelas inumeráveis coisas que causou em mim paixão à primeira ouvida. Adoro uma sonoridade experimental e livre de qualquer preocupação estrutural, cheia de improvisações que nascem de combinações instintivas e naturais. This Is The Album Of A Band Called Adebisi Shank é o primeiro álbum desta humilde banda irlandesa. Humilde porque eles sabem maravilhosamente experimentar muito a partir da simplicidade; sua música está calcada num ritmo forte e groovado, cheio de balanço e velocidade dançante. Mas o que realmente mais me delicia em sua música, são os diversos desdobramentos espirais em virtuosas e coloridas miríades de dedilhados guitarrísticos. E ainda em timbres pesados! É um som repleto de energia, de força e empolgação. É evidente que a banda queria se divertir bastante ao produzir um tipo de música dessa; e também transmitir alegria e vigor. O disco não cai, não oscila em diferentes experimentos de ritmo e dá a todo o trabalho um único tom. Porrada!

Adebisi Shank - (2008) This Is The Album Of A Band Called Adebisi Shank:

01 You Me
02 DODR
03 Colin Skehan
04 Shunk
05 Mini Rockers
06 Agassi Shank
07 I Answer To Doc
08 Snakehips

Deguste um fluxo:


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