sábado, 28 de fevereiro de 2015

The Zutons - (2006) Tired Of Hanging


Olha, já vou dizendo que sou meio suspeito para falar do The Zutons, ou melhor, meio suspeito não, sou completo e extremamente suspeito! É inevitável que de mim não saia uma babação de ovo, uma rasgação de seda, uma pagação de pau cabulosa. Com certeza absolutíssima The Zutons é uma das minhas mais favoritas bandas. Garanto-lhe, caro leitor santérico, que você não escutará nada parecido e com a mesma qualidade sonora dessa rapaziada. Não porque eles façam lá algo tão diferenciado dos artistas comuns do indie rock, mas sim pelo fato de surpreenderem sendo esteticamente simples, bem trabalhado e de muito bom gosto. Na música deles tudo é muito bem encaixado e combinado, nada fica fora do lugar criando tortuosidades extravagantes ou exageros mal calculados. É um som redondinho, inteligente e despretensioso, com letras super simpáticas. As vozes de Dave McCabe e Abi Harding (que também toca saxofone e é uma lindíssima mulher!) são de uma gostosura ímpar e casam-se perfeitamente com toda sonoridade instrumental. Tired Of Hanging, o segundo álbum deles, é um dos melhores discos que já ouvi na vida!

The Zutons - (2006) Tired Of Hanging:

01 Tired Of Hanging Around
02 It's The Little Things We Do
03 Valerie
04 Someone Watching Over Me
05 Secrets
06 How Does It Feel
07 Why Won't You Give Me Your Love?
08 Oh Stacey (Look What You've Done!)
09 You've Got A Friend In Me
10 Hello Conscience
11 I Know I'll Never Leave

Deguste um fluxo (faixa It's The Little Things We Do):



Além de mandarem super bem musicalmente, eles são de um baita bom gosto no desempenho videoclípitco! Se liga nessa sequência:

(faixa Why Won't You Give Me Your Love?):



(faixa Valerie):



(faixa Oh Stacey - Look What You've Done!):



A banda não mais possui página oficial, pois ela já encerrou suas atividades (que pena!); apenas Siga o Fluxo !!!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

The (International) Noise Conspiracy - (2000) Survival Sickness


The (International) Noise Conspiracy é a banda de Dennis Lyxzén, vocalista ex-integrante do Refused, uma outra banda super bacana que também merecerá um post aqui no Santería. Survival Sickness é o segundo álbum do grupo. Rock'n'roll sujo, meio punk, meio indie, meio estiloso e chiquetoso. A sonoridade do The (International) Noise Conspiracy lembra-me bastante a do The Hives: guitarras esmerilhando acordes frenéticos; vocais maluquetes desfilando alguns berros raivosos, cantos despretensiosamente livres, leves e soltos; tecladinhos vintage ambientando atmosferas nostálgicas; contagiante balanço desengonçado, em ritmos retos, mas super dançantes e complacentes; e letras panfletando ideologias anti-capitalismo neste caso em particular. Abaixo o sistema! Rsrsrs! O álbum oscila entre momentos raivosos e suaves, outros cheios de atitude punk ou fluindo numa simples elegância sem extrapolações. Uma boa audição, música estilosa para dançar em esquizofrênico frenesi. Música herdeira da postura anárquica de um The Who. Um trabalho sem exageros e de bom gosto.

The (International) Noise Conspiracy - (2000) Survival Sickness:

01 I Wanna Know About U
02 The Subversive Sound
03 Smash It Up
04 (I've Got) Suvival Sickness
05 The Reproduction Of Death
06 Impostor Costume
07 Only Lovers Left Alive
08 Do I Have To Spell It Out
09 Will It Ever Be Quiet
10 Enslavement Blues
12 Ready Steady Go!

Deguste um fluxo (faixa The Reproduction Of Death):


A banda não possui página oficial, Siga o Fluxo !!!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

The Shaolin Afronauts - (2011) Flight Of The Ancients


De Oficina De Macacos, sobre o álbum Quest Under Capricorn, mas que também serve para este: "Pegue rapidamente um papel e anote uma receita: um tanto bom de Mulatu Astatke; algumas toadas de Tony Allen; um xilofone inteiro com casca; algumas fatias de flautas, oboés e trompetes; e o mais pesado sax-barítono que encontrar. Como este prato é típico da Austrália, acrescente também um canguru maduro e uma xícara de suor maori (opcional). Para dar liga coloque todos esses ingredientes dentro de 18 cérebros habilidosos de músicos altamente entrosados. Sinta-se à vontade para finalizar o prato com a áurea sonora do ethio-jazz da safra de 1970. Achou tudo isso demais para seu estômago? Ao menos aos seus ouvidos jamais será. Assim, em meio a loucura generalizada inespecífica, ecoa o som dos Shaolin Afronauts! Um som que não deve explicação, nem mesmo ser explicado. Talvez por isso a embriaguez de tal receita. [...]" Flight Of The Ancients é o primeiro trabalho desta super mega hiper banda de afrobeat. Este primeiro álbum deles é o meu favorito; possui virtuosidades jazzísticas no metais de tirar o fôlego.

The Shaolin Afronauts - (2011) Flight Of The Ancients:

01 Journey Through Time
02 Rise With The Blind
03 Flight Of The Ancients
04 Shaolin Theme
05 Kilimanjaro
06 Shira
07 The Quiet Lion
08 The Scarab

Deguste um fluxo:



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sábado, 21 de fevereiro de 2015

The Liberators - (2011) The Liberators



De Só Pedrada Musical: "Pra quem estava sentindo falta de Afrobeat por aqui, preste atenção neste disco. Estreia da banda australiana The Liberators pela Record Kicks. A big band, que conta com 10 músicos e é liderada pelo guitarrista e produtor Nathan Aust (Dojo Cuts), faz uma mistura densa de Afrobeat com Funk, Soul e Jazz. O disco conta com 10 temas espetaculares e ainda traz participações como Juju Kuo (Fela Kuti/The Daktaris/Antibalas), Roxie Rae (Dojo Cuts) e Afro Moses. Conheci a banda através do clipe sensacional, no melhor estilo blaxploitation do single 'Rags To Riches'" Bem, aqui no Santería, como você já deve ter percebido, o afrobeat bate carteirinha. É muito difícil uma bolachinha do gênero não passar pelo menos uma vez por mês neste recinto. The Liberators até enrolei para postar, pois, à primeira audição desta suculência sonora, já havia determinado um post para o blog. O que nós, esfomeados por música, podemos esperar deste alimento? Obviamente, o melhor que o estilo pode oferecer! Não se preocupe, já na canção inicial o seu corpo vai reagir como que hipnotizado pelo swing. Rebole sem medo!

The Liberators - (2011) The Liberators:

01 Multiculture
02 Bulletproof
03 Rags To Riches
04 Let It Go (Feat. Roxie Ray)
05 Self Reliance
06 Denga (Feat. Jojo Kuo)
07 Monkeyface
08 Liberation (Feat. Afro Moses)
09 Deleb
10 The Directive

Deguste um fluxo:



O fodão, rsrsrs !!! (faixa Rags To Riches):


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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

The Herbaliser Band - (2009) Session Two


Wikipedia: "The Herbaliser é uma banda de jazz-hip-hop formada por Ollie Teeba e Jake Wherry, em Londres, Inglaterra, no principio dos anos 90. Uma das mais famosas bandas da editora independente de discos Ninja Tune. Jake, que cresceu ao som do jazz e de James Brwon, inicia-se como músico ao tocar guitarra e baixo em várias bandas de jazz-hip-hop, tais como The Propheteers e The Meateaters. Ollie é mestre do scratch e adepto do hip-hop, que descobre os 15 anos. Em 1984 os dois músicos encontram-se e um pouco mais tarde formam o coletivo." Na verdade, a especialidade da dupla britânica é uma música eletrônica recheada de influências e inferências da cultura hip-hop. Neste trabalho, que é uma espécie de projeto paralelo, deixam meio de lado as arquitetações eletrônicas para construir um som mais orgânico, ao ter uma banda cheia de groove e swing como base e estrutura principal de seus Fluxos. Este projeto teve até o momento dois volumes: o Session Two, que vos apresento hoje, e o Session One, de 2000, que apresentei outro dia. Este também é um disco muito bacana!

The Herbaliser Band - (2009) Session Two:

01 Mr. Chombee Has The Flaw
02 Geddim
03 AM Prelude
04 Another Mother
05 Blackwater Drive
06 MS Prelude
07 Moon Sequence
08 Amores Bongo
09 CC Prelude
10 Theme From Control Centre
11 Stranded On Earth

Deguste um fluxo (faixa Geddim):



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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

The Whitefield Brothers - (2002) In The Raw


The Whitefield Brothers é uma dupla alemã de soul-funk experimental, e é formado por Jan e Max Weissenfeldt, ex-integrantes de outro grupo conhecido do cenário soul-funk, o Poets Of Rhythm. In The Raw é a primeira bolacha da dupla, que traz logo de cara, uma total despretensão com qualquer virtuosismo técnico, mas que compensam caprichosamente em elaborações rítmicas permeadas de swing e um balanço batuqueiro dos recônditos africanos. O que mais chamou minha atenção ao ouvir o trabalho deles, foi exatamente este arcaísmo primitivo que sutilmente delineia-se nas entrelinhas sonoras, criando uma estranha atmosfera tribal num estilo super flexível onde o molejo dançante aparece como maior destaque. No experimentalismo do The Whitefield Brothers, a aventura se desdobra em percursos tortos, sinuosos e desconhecidos. A catalização dos elementos de raiz africana surgem naturalmente nas canções. Suas músicas soam diferentes, estranhas e soturnas para quem está acostumado a ouvir um soul mais pomposo. Em alguns momentos até sentia ser uma macumba light com ligeiras doses de jazz.

The Whitefield Brothers - (2002) In The Raw:

01 In The Raw
02 Sol Walk
03 Eji
04 Prowlin'
05 Weiya (Serengeti Beat)
06 Yakuba
07 Witch-Jam
08 Weiya
09 Thunderbird

Deguste um fluxo (faixa Eji):



O artista não possui página oficial, então, apenas Siga o Fluxo !!!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

The Crystal Method - (2003) Legion Of Boom


Ainda na pegada do fenomenal breakbeat, o alimento sonoro de hoje é uma bolacha super nutritiva para nenhum baladeiro noturno botar defeito. The Crystal Method é uma dupla estadunidense de música eletrônica cheia de caprichadíssimos grooves pesadões. Seus alto-falantes irão tremer com a porrada de cada bombada sonora desta danada! Os caras tem em seu currículo várias participações especiais na composição de trilhas sonoras para filmes, séries de TV e videogames. Essas realizações combinam bem com sua musicalidade que, de fato, expressa uma deliciosa plástica imagética típica de atmosferizações cinematográficas. The Legion Of Boom é o terceiro álbum da dupla, e o considero o melhor. Este trabalho espelha as influências experimentais do breakbeat dos anos 90, com as novas misturas de elementos da música eletrônica dos 2000. O disco não perde o fôlego em nenhum instante e os beats são milimetricamente encaixados para que a fluência da balada não perda o ritmo. É para não deixá-lo parar de dançar em momento algum! Uma viagem alucinante e super energética cheia de contorcionismos dançantes.

The Crystal Method - (2003) Legion Of Boom:

01 Starting Over
02 Born Too Slow
03 True Grit
04 American Way
05 I Know Its You
06 Realizer
07 Broken Glass
08 Weapons Of Mass Distortion
09 Bound Too Long
10 Acetone
11 High And Low
12 Wide Open

Deguste um fluxo (faixa Born Too Slow):


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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

The Chemical Brothers - (1997) Dig Your Own Hole


Seguindo a linha da postagem anterior, trago-lhe outra pérola dos anos 90, e do mesmo ano de lançamento: Dig Your Own Hole do The Chemical Brothers. Álbum que dialoga esteticamente com The Fat Of The Land do The Prodigy. São grupos de breakbeat contemporâneos, e ambos conterrâneos britânicos. The Prodigy abraçou a histeria psicótica, e The Chemical Brothers as loucuras das experiências com ácido. Expressam as faces tenebrosas e estilhaçadas de nossa mente em batidas quebradas e frases de efeito minimalista: um reflexo dos infernos cíclicos subconscientes nos quais vivemos. A música eletrônica industrial dos anos 90 adorava essas investigações psicodélicas do lado sombrio de nossas cucas. The Prodigy e The Chemical Brothers brincavam bastante com isso em seus videoclipes. Dig Your Own Hole (um título bem sugestivo para quem conhece os excessos das drogas) é o segundo trabalho dessa dupla de DJs malucos; o melhor, segundo minha miserável opinião. Aqui, temos muitas batidas pesadas aliadas a psicodelismos psiconáuticos. O disco por si só já é um ácido lisérgico!

The Chemical Brothers - (1997) Dig Your Own Hole:

01 Block Rockin' Beats
02 Dig Your Own Hole
03 Elektrobank
04 Piku
05 Setting Sun
06 It Doesn't Matter
07 Don't Stop The Rock
08 Get Up On It Like This
09 Lost In The K-Hole
10 Where Do I Begin
11 The Private Psychedelic Reel

Deguste um fluxo (faixa Block Rockin' Beats):
 

 Acredite em você mesmo... e já é o suficiente! (faixa Elektrobank):


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

The Prodigy - (1997) The Fat Of The Land


Enquanto o novo disco do The Prodigy não chega, (está previsto para o dia 30 de Março deste ano, segundo o site oficial da banda) vamos curtir hoje uma bolachinha muito especial dessa rapaziada. The Fat Of The Land é o seu terceiro trabalho, que não é considerado o melhor pelos fãs mais ardorosos, entretanto, o mais famoso, o mais elogiado, o mais premiado, e de fato, o meu predileto. Mas, sejamos honestos e sinceros: revelo-te leitor, que na época em que este disco estava bombando, eu estava pouco me fodendo para o The Prodigy, inclusive achava-os um porre, e achava um porre também a modinha tecno daquele momento, que associava o The Prodigy ao tecno, sendo eles na verdade, um grupo de breakbeat. Naquele momento, eu era apenas um chato headbanger cabeludo punheteiro que usava camisetas desbotadas do Megadeth e nada entendia de música. Meu vizinho já havia me apresentado The Prodigy, mas não pude captar a essência daquele som tendo uma mente estreita. A sorte é que amadurecemos e a contemplação do belo pode apurar-se com o tempo. Meu vizinho tinha a razão: The Prodigy é muito foda!

The Prodigy - (1997) The Fat Of The Land:

01 Smack My Bitch Up
02 Breathe
03 Diesel Power
04 Funky Shit
05 Serial Thrilla
06 Mindfields
07 Narayan
08 Firestarter
09 Climbatize
10 Fuel My Fire

Deguste um fluxo (faixa Breathe):



Eu tinha medo desse vídeo! (faixa Firestarter):


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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

The Fantastics! - (2009) Mighty Righteous


Comecemos esta segunda-feira com groove. Comecemos com muito swing, balanço, molejo e jogo de cintura. Para aguentar mais uma semana de pauleira na sobrevivência nossa de cada dia, é preciso rebolar bastante, pois como sempre diz minha cunhada: "Não tá fácil, não!". Pelo menos para nós, proletários guerreiros, eternos labutadores em nome do "progresso" da nação, a flexibilidade versátil cheia de swing é o que faz mais sentido neste momento. Dance conforme a música! Então, dancemos hoje com esta fantástica primeira bolacha dos britânicos do The Fantastics!. Essa charmosidade intitula-se Mighty Righteous e traz do início ao fim de seu Fluxo, toda a energia necessária para motivar o sacolejo malandro que o seu dia de labuta exige. Ao som deste poderoso soul-funk, você será um veloz atacante futebolístico cheio de dribles, um capoeirista cheio de contra-golpes, e um bailarino sapateando como uma globeleza sobre as adversidades. Este é um disco menos experimental que seu sucessor All The People, postado aqui no Santería anteriormente. Ainda assim, vale muito a pena!

The Fantastics! - (2009) Mighty Righteous:

01 Don't Follow Leaders
02 Nine Lives
03 Soul Child
04 The Doctor Is In
05 Kinshasa Five
06 The White Out
07 Stay Hip (Or Die Trying)
08 I Can't Dance With You (Feat. Noel Mckoy)
09 Mighty Righteous
10 Soul Sucka
11 Blue Sunday

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sábado, 7 de fevereiro de 2015

The Budos Band - (2007) The Budos Band II


Segunda recheadíssima bolacha da incrível e performática The Budos Band. Som pesado e temperado de metais solfejadores de tons graves, soturnos e hipnotizadores; batidas de pegada bruta com cadências em gingado malandro; melodias inebriantes em cativantes fluências de orgãos ferozes espiralando mistério. The Budos Band consegue ser doce e amargo ao mesmo tempo. Faz carícias amorosas e depois lhe senta a porrada sem dó! É furioso e super flutuante, contamina-o com nostalgia e o conduz em estradas desertas numa viagem sem destino. A combinação e harmonização entre conscientes marcações rítmicas e virtuosos desdobramentos melódicos, causam um efeito de extremo psicodelismo onírico surreal. É uma viagem alucinante sintetizada em partituras incandescentes! É uma música selvagem, com ambiências temperamentais e ornamentada de estilo. Coisa fina e perigosa! Como um escorpião, espreita uma caça a ser agarrada e inoculada com seu veneno: delicioso veneno musical que embriaga-o com alto teor de prazer auditivo. Um disco curto e mortal! Duvida? Tome uma picada!

The Budos Band - (2007) The Budos Band II:

01 Chicago Falcon
02 Budos Rising
03 Ride Or Die
04 Mas O Menos
05 Adeniji
06 King Cobra
07 His Girl
08 Origin Of Man
09 Scorpion
10 Deep In The Sand

Deguste um fluxo:



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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

The Strides - (2011) Reclamation


Esta bolacha é sensasionalíssima! Ao dar o play para escutá-la, a primeira coisa que pensei foi: "Então, que se foda a Babilônia!". Isso é um reggae porretamente pauleira, com lindas melodias em seus cantos cheios de participações mais do que especiais. É paixão à primeira ouvida! Principalmente, porque, esta não é uma banda de reggae comum. The Strides é audaciosamente inovadora, cruza novas fronteiras sem qualquer medo de um puritanismo tradicionalista e traz para sua musicalidade uma ousadia que é raridade na nova safra regueira. O som é pesado, tem um groove nervoso que flerta de maneira astuciosa com o dub, tem um gingado que te pega de jeito e o leva para nuvens brisantes (se é que você me entende!). Em alguns momentos os danados mandam umas conexões com o afrobeat só pra deixar a galera louca, e mandam uns metais iluminados trazendo ainda mais brilho para o que já está sendo um belo nascer do sol; aí a madeira queima solta! O relógio marca 4:20, e as flutuações cósmicas vibram em todo ambiente! Reclamation é o segundo e imperdível trabalho dessa trupe australiana. Vai que é sua!

The Strides - (2011) Reclamation:

01 Storm Clouds (Feat. Ras Roni)
02 Some O' Dem (feat LTL Gzeus)
03 FKD
04 Umbu Gumbi
05 Fresh Lady (Feat. Ras Roni  LTL Gzeus)
06 Escape
07 Reclamation (Feat. LTL Gzeus)
08 Well Hung Parliament
09 Fresh Lady Dub
10 Storm Clouds Dub

Deguste um fluxo:



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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

The Funk Ark - (2011) From The Rooftops


The Funk Ark consegue sem o mínimo esforço, ser uma banda deliciosamente relaxante. Você pode estar vivendo um dia de cão, mas ao parar um pouquinho a correria diária por dinheiro e sobrevivência, garantirá um micro-momento de ascensão mística a sua história. Essa é uma das funções da arte, ora bolas, arrancar-nos do tédio existencial com dosagens de contemplação estética. Com From The Rooftops, seu primeiro álbum, The Funk Ark faz isso com maestria. Espero que você tenha ouvido anteriormente High Noon, a segunda bolacha da banda, que já postei aqui também. Quero ver você não se seduzir pelo hipnotismo melódico que a musicalidade deles desenvolve! O Afrobeat é um gênero que sempre irá seduzir, e não há quem não se sinta estimulado pelo balanço e molejo que convida a alma para um saboroso bailado. Neste primeiro trabalho, The Funk Ark dá uma maior ênfase aos elementos Soul-Funky característicos do gênero, entretanto, no desenrolar do fluxo, uma marcação rítmica "só no sapatinho" e um conjunto de metais solfejando virtuosidade e alegria, vão tomando conta do espaço.

The Funk Ark - (2011) From The Rooftops:

01 A Blade Won't Cut Another Blade
02 Diaspora
03 Funky DC (Feat. Asheru & Sitali)
04 El Beasto
05 Carretera Libre
06 Horchata
07 Katipo (The Spider)
08 From The Rooftops
09 Pavement 4-38
10 Power Struggle

Deguste um fluxo:


Visite a página do artista: The Funk Ark

domingo, 1 de fevereiro de 2015

The Mars Volta - (2003) De-Loused In The Comatorium


Olha, confesso que faz muito tempo que eu não escutava The Mars Volta, e não me lembrava de eles serem tão experimentais e malucos. Ao retornar à audição de suas bolachas, sinto-me surpreendido, eles conseguiram impressionar-me mais desta vez, e, provavelmente, isso se deve a evolução e amadurecimento de meu gosto musical, pois, agora percebo elementos em sua musicalidade que a uns dez anos atrás me eram imperceptíveis. The Mars Volta é uma banda famosíssima, e dispensa apresentações; basta dizer que os senhores Cedric Bixler e Omar Rodriguez, os cabeças da trupe, são ex-integrantes de uma outra banda famosíssima que terá um post aqui futuramente, o At The Drive-In (se não conhece, pergunte para o papai Google!). De-Loused In The Comatorium é o aclamado primeiro álbum; a crítica especializada perdeu o cu com este disco! Ontem, enquanto escutava-o na sala, minha esposa que estava no quarto ao lado perguntou-me: "Mas que loucura é essa que você está ouvindo?". Isso só pra você ter uma ideia do alto teor de abstração da bolacha! Bem, nada mais gostoso do que desenterrar antigos tesouros!

The Mars Volta - (2003) De-Loused In The Comatorium:

01 Son Et Lumiere
02 Inertiatic ESP
03 Roulette Dares (The Haunt Of)
04 Tira Me A Las Aranas
05 Drunkship Of Lanterns
06 Eriatarka
07 Cicatriz ESP
08 This Apparatus Must Be Unearthed
09 Televators
10 Take The Veil Cerpin Taxt
11 Ambuletz (Bonus Track)

Deguste e viaje em um Fluxo:



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