quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Huey - (2014) Ace


Huey é uma banda brasileira de Stoner Rock instrumental pesadão. Conheci o som dessa rapaziada no mesmo dia do show do Dub Trio no Sesc Pompéia. Eles abriram a apresentação e fiquei surpreendido com a qualidade sonora e o ótimo desempenho técnico dos caras; mandaram super bem! Provavelmente suas performances ao vivo são sempre contagiantes, e é difícil ficar indiferente ao impacto da massa sonora produzida. A música dos caras possui uma capacidade de preencher o ambiente de forma gorda, grande, e cheia, pois a timbragem de guitarras (que são três!), como é característico neste estilo, tem efeitos raspantes, friccionantes, e coisas parecidas com descargas elétricas de alta voltagem, Rsrsrs. Achei bem profissional, mesmo! Ace é primeiro álbum da banda, e nos traz apenas sete faixas que são o suficiente para nos embalar numa viagem de desertos áridos com cactos espinhentos e calor infernal; imagem de road-movies norte-americanos, mas que combina com certos lugares de nosso Nordeste. Gostei muito da produção, acabaram numa estética bem fiel ao estilo Stoner. Rock pauleira e secão!

Huey - (2014) Ace:

01 Sex & Elephants
02 Baby Monstro
03 Por Detrás De Los Ojos
04 Pedregulho
05 Valsa De Dois Toques
06 Nice Weather For The Carnaval
07 Samuel Burns

Deguste um Fluxo:


Sente a pegada!


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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Three Trapped Tigers - (2011) Route One Or Die


Three Trapped Tigers é um power trio britânico de math rock experimental (o math rock por si só já é experimental, mas neste grupo vale salientar que ele é ainda mais experimental), e Route One Or Die é o seu primeiro trabalho. Este estilo de se tocar o rock, atualmente, é o que mais tem me agradado, e não porque eu o considere melhor do que os outros estilos, mas sim por flertar bastante com a música experimental e em grande parte ser apenas instrumental. Como eu já havia dito outras vezes, essa característica instrumental dá outras possibilidades mais aprofundadas para a expressão dos sentidos e sensações no som, puro instinto e pura intuição juntos; duvidas? Escute esse disco, cara! O Three Trapped Tigers neste álbum nos traz uma exuberante combinação de texturas eletrônicas cósmico-viajantes cheias de chiados de estática televisivo-radiofônicas em teclados sintetizados, misturados ao som do rock pesado numa batera desdobrando beats quebrados, e guitarras explorando mil possibilidades de efeitos harmônicos ao groove de timbres graves. É mó viajem!

Three Trapped Tigers - (2011) Route One Or Die:

01 Cramm
02 Noise Trade
03 Creepies
04 Ulnastricter
05 Zil
06 Drebin
07 Magne
08 Reset

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Quem sabe, faz ao vivo! (Apresentação no BeatCast Live Series):



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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pomegranate Tiger - (2013) Entities


Não sei quanto a você, mas eu também sou apaixonado por Rock Pauleira. Principalmente quando é algo muito bem feito como o trabalho apresentado hoje. E o mais importante é que ele é todo instrumental; música instrumental é o que acho haver de mais fod@ no momento! Pomegranate Tiger é uma banda canadense de Experimental-Progressive Metal, e Entities é seu maravilhoso álbum de estreia; e mano, que estreia! Eu já havia escutado outras coisas instrumentais do gênero, mas ao ouvir este disco em especial, tive uma maior impressão de que às vezes as palavras nas músicas atrapalham o que os sons por si só, naturalmente, têm a expressar. Neste trabalho, as melodias em múltiplos dedilhados digressivos virtuosísticos, aliadas a pesadíssimos grooves de guitarras com timbres cavernosos, desdobram-se em triunfantes explosões expansivas e ostensivas que preenchem o ambiente com imensas flutuações atmosféricas de alto astral. Cadências quebradas, solos sobre solos, vinhetas pianísticas, calmaria predecessora de crescendos bombásticos, técnica exuberante, produção caprichada. Vale!

Pomegranate Tiger - (2013) Entities:

01 Gift Of Tongues
02 Maxims
03 Stars
04 Drifting
05 New Breed
06 Mountains In The Sky
07 Not To See The Sun
08 Ocean - I. White Ship
09 Ocean - II. Maelstrom
10 Ocean - III. The Golden Portal
11 Sign Of Ruin
12 Regenisis

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

And So I Watch You From Afar - (2013) All Hail Bright Futures


Para variar um pouco o cardápio do blog e fugir temporariamente das postagens anteriores mais voltadas ao jazz-soul-funk, hoje trago um rock bem barulhento e viajante. Wikipedia fala um tiquinho: "And So I Watch You From Afar é um quarteto instrumental post rock de Belfast, Irlanda do Norte. A banda é formada por Rory Friers e Tony Wright nas guitarras, Johnny Adger no baixo e Chris Wee na bateria. O Grupo é bastante citado em várias publicações musicais, como Kerrang! e NME. Eles se tornaram bastante conhecidos pela sua energia e vigor nas performances ao vivo." Quanto ao trabalho dessa rapaziada: encontramos elementos do math rock com suas malucas digressões melódicas misturadas as viagens atmosféricas melancólicas do post rock; muita chiadeira ao estilo shoegaze-noise; cantos corais solfejados em frases de efeito mântricas e onomatopeicas; ruídos esquisitos, guitarras pesadas, enfeites eletrônicos e prataria na batera detonada pra tudo que é lado deixando o som bem alto. All Hail Bright Futures é o quarto álbum da banda. Até mais!

And So I Watch You From Afar - (2013) All Hail Bright Futures:

01 Eunoia
02 Big Thinks Do Remarkable
03 Like A Mouse
04 Ambulance
05 The Stay Golden Pt. 1
06 The Stay Golden Pt. 2 (Rats On A Rock)
07 The Stay Golden Pt. 3 (Trails...)
08 Mend And Make Safe
09 Ka Ba Ta Bo Da Ka
10 Things Amazing
11 All Hail Bright Futures
12 Young Brave Minds
13 Gum (Bonus Track)
14 Spiderbox (Bonus Track)

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Fluxo experimental ao vivo! (faixas Eunoia e Big Thinks Do Remarkable):


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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars - (2004) The Last Bullfighter


José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars é um super conjunto de figuras legendárias do Latin Jazz. Seu bandleader José Rizo, além de ser um dos grandes músicos nessa empreitada, é um locutor de rádio que apresentava um programa chamado “Jazz On The Latin Side” no KKJZ 88.1 FM (KJazz) em Long Beach, California. Logicamente, o título do programa acabou inspirando e sendo usado como nome para o conjunto. Os caras fazem uma porretíssima sonzeira virtuosa! A experiência técnica de anos dedicados ao jazz são extremamente evidentes em seus trabalhos, sentimos todo um profissionalismo amoroso fluindo nas caprichadas e saborosas músicas. The Last Bullfighter é o terceiro trabalho de Rizo neste projeto. Fica muito difícil saber qual o melhor álbum até o momento, é só coisa fina realizada por esse camarada e sua trupe. A especialidade desse pessoal é o Latin Jazz, e a pauleira come solta em inúmeras batucadas chamuscantes, solos mirabolantes de metais efervescentes de alegria, swingueira nervosa e rodopiantes digressões melódicas formando tornados sonoros. Cinco stars!

José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars - (2004) The Last Bullfighter:

01 Bebop
02 Caramba
03 The Last Bullfighter
04 Sun God
05 Cozumel
06 Justo's Trane Ride
07 Mr. Drop
08 Ironman James
09 Chupacabras
10 Saoco
11 Rumba Intro
12 Yo Soy La Rumba

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Menahan Street Band - (2008) Make The Road By Walking


Para mais esta enrolação comentarística, iniciarei pintando este álbum com uma ilustração mental bem agradável. Imagine-se numa linda praia deserta, sinta a suave deliciosa brisa do vento lhe acariciando e refrescando o calor no seu corpo, ouça o mar em seus fluxos e refluxos... Então, você está relaxado e descontraído, está longe de toda a balburdia metropolitana. Está tomando um saboroso drink para entrar na vibe de um outro mundo distante; tudo de bom, não é? Pois bem, como já era óbvio o que eu dizer, este disco é a trilha sonora para este seu momento 'Foda-Se-Todo-Estresse-P%rr@!'. Não se deixe enganar pela capa metropolitana do disco, deveria ser uma praia nela, rsrsrs. Menahan Street Band é uma banda estadunidense de experimentalismos Soul-Funk. Make The Road By Walking é o primeiro trabalho desses caras que foram convidados para formar a banda de apoio do novo 'James Brown' Charles Bradley. Este álbum é de uma morosidade quente e hipnótica, experimental de fluxos melancólicos brisantes, flutuante e deslizante como ondas calmas no mar. Chapado e chapante!

Menahan Street Band - (2008) Make The Road By Walking:

01 Make The Road By Walking
02 Tired Of Fighting
03 Home Again!
04 Montego Sunset
05 Karina
06 The Traitor
07 The Contender
08 Birds
09 Esma
10 Going The Distance

Deguste um fluxo (faixa Tired Of Fighting):


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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Third Coast Kings - (2011) Third Coast Kings


Mais groove, mais balanço, mais remelexo, mais swing, mais molejo dos quadris e pés bem articulados numa dança de fogo! Muita positividade em vibrações alto astral, como na faixa de abertura do disco Come On; um belo convite para toda a porradaria soul-funk que está no ardente desenrolar do álbum. Third Coast Kings é um grupo estadunidense, de como já dito antes, soul-funk do carOlho! Este trabalho é o seu quentíssimo debut. O casamento perfeito de virtuosidades guitarrístcas com metais é o que chamou mais minha atenção. Ele desdobra-se gostosamente em melodias que entrelaçam-se e fundem-se numa simbiose de múltiplos coloridos sonoros, que até fica difícil escolher qual fluência melódica acompanhar. A marcação rítmica é quase hipnótica e cria uma base forte que não nos deixa sair por um instante sequer do espírito grooveiro. Há variados solos de trompetes e saxofones recheados de profissionalíssimo desempenho técnico de quem não está para brincadeira. Participações maravilhosas de cantores do soul também não faltam. É um disco super charmoso, mano!   

Third Coast Kings - (2011) Third Coast Kings:

01 Come On
02 Give Me Your Love
03 Cop It Proper
04 Emcee Marie
05 Crush It
06 Tonic Stride
 07 Roughneck
08 Gold Brick
09 Spicy Brown
10 On The Reel
11 Case Quarter
12 Summalove

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Groovah! (faixa Give Me Your Love):



Mais Groovah! (faixa Spicy Brown):



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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

The Funk Ark - (2012) High Noon


Este álbum está qualificado com 5 estrelas em minha pasta de arquivos MP3. De fato, ao colocá-lo para tocar novamente, para ver se ele seria um bom artigo de próxima postagem aqui no Blog, pude identificar já no início da bolacha uma ótima contribuição auditiva para esta sexta-feira calorenta dos infernos. Neste trabalho encontramos tudo o que acho maravilhoso num afrobeat bem arquitetado. Sim, mais uma vez estou a enriquecer este blog com mais afrobeat porreta; adoro! The Funk Ark é mais um grupo estadunidense com chamegos pela musicalidade negra, e High Noon é o segundo disco da trupe. A bolacha está recheada do início ao fim com caprichadas batucadas, orgãos vintage, swing-groove-balanço-molejo-sacolejo para entortar quadris e espiralar espinhas dorsais. O disco é todo uma viagem muito louca e hipnótica; é impossível ficar indiferente com tantas melodias gostosas mesclando-se em turbilhões sonoros de digressões saxofonísticas virtuosas e trompetes arrebatadores. E, é exatamente isso o que mais piro neste trabalho, naipe de metais botando fogo em tudo! Como se já não bastasse o calor de hoje!

The Funk Ark - (2012) High Noon:

01 Chaga
02 Road To Coba
03 Hey Mamajo
04 Rinconcito
05 High Noon
06 Green Tree, Yellow Sky
07 Funky Southern
08 419
09 EL Rancho Motel
10 Wayward Bill

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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

The Fantastics! - (2011) All The People


Voltamos a trazer mais uma bolachinha coisa fina para gostos requintados e amadurecidos. Sim, música para ouvidos que sabem apreciar o que há de bom neste mundão. Coisa fina para ouvidos raros, sobreviventes em meio a tanta coisa vazia e sem sentido. Se você é um dos leitores deste blog, considere-se raro, camarada! Você não está aqui à toa. The Fantastics! é um grupo britânico de soul-funk cheio de molejo gostoso e alto profissionalismo. All The People é seu segundo impressionante trabalho, e é uma evolução dentro do estilo. Este álbum vem recheado de referências que passeiam por praticamente todos os estilos da música negra dos meados do século XX. Essa rapaziada flui com estilo e suavidade em canções que desdobram-se deslizantes em digressões melódicas jazzísticas de saxofones e flautas; incrementam o ritmo com marcações percussivas de atabaques e pinceladas tecladísticas; arriscam-se sem pretensões, mas plenos e confiantes, em temperos de Blues sofisticado, cheios de vocais femininos afinadíssimos em conjunto a gaitas envenenadas; salsa, afrobeat e muito mais. É um disco foda, só isso!

The Fantastics! - (2011) All The People:

01 Mushroom Strut
02 Sweetback
03 Somewhere ...Finally (Featuring Sulene Fleming)
04 All The People Part 1
05 No Right Turn
06 Know No Gods
07 I Breathe (Featuring Sulene Fleming)
08 The Bone Breaker
09 Cold Case (Featuring Sulene Fleming)
10 Cecils Slide
11 All The People Part 2

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Kerekes Band - (2011) What The Folk?!


Kerekes Band é uma banda húngara de experimentações misturebadamente malucas. Sim, esta é uma banda bem doida, deliciosa e divertida. What The Folk?! é o seu quinto bacaníssimo álbum. Bem, o quê podemos esperar deste trabalho? Vamos lá à embromação comentarística de sempre! Podemos encontrar, meus camaradas, uma salada estilística super temperada e diversificada. Os caras fazem questão de não se apegarem a um estilo específico da música, entretanto, certos elementos são bem definidos em suas linhas rítmicas, e um deles é o Rock Psicodélico, apesar de não ser uma banda de Rock Psicodélico. Kerekes Band nos propõe digressões psicodélicas rockísticas entrelaçadas com musicalidade folk tradicional da Hungria; grooves eletrônicos quase pop a dançar e flertar com balanços meio Soul-Funky; viagens mirabolantes desempenhadas com suavidade e sobriedade em flautas de bambu que nos transportam em voos estratosféricos; muito bom humor ao embrenhar-se em ousadas mutações rítmicas, feitas com muito  profissionalismo em pulos de Rock para Folk tradicional e vice-versa. Bem gostoso!

Kerekes Band - (2011) What The Folk?!:

01 What the Folk?!
02 I Wanna Rock You
03 Mr. Hungary
04 Szantofer (Extended Version)
05 African Makuka
06 Voodoo Child (Slight Return)
07 Purple Pálinka
08 Stadion Folk
09 The Bad Guy
10 Hazafelé
11 1977

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Um Fluxo calorento!


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