quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ratos De Porão - (2014) Século Sinistro


Ratos De Porão é uma banda que dispensa apresentações. É conhecidíssima no underground do Brasil e do mundo. São praticamente mais de 20 anos de existência e resistência na cena. Século Sinistro é o seu mais novo lançamento, o décimo quinto álbum de estúdio da banda. É claro, passaram por altos e baixos, mas estão aí em pleno vigor trucidando ouvidos e as mentes dos que não estão acostumados com seus mortíferos choques de realidade sonoros. É uma banda de muitas histórias, e parte delas são contadas no documentário Guidable: A Verdadeira História Do Ratos De Porão. Bem, quanto a este trabalho de 2014, podemos dizer que é uma puta porreta paulada podreira poderosa; não tiveram dó e não dispensaram o uso de timbres pesados bem equalizados. É um clima de guerra, violência, destruição e puro protesto vomitando as contraditórias incongruências deste velho sistema. Eu não tenho dúvidas de que uma das maiores influências para a estruturação desse trabalho, foi o Slayer. Então, neste derradeiro dia de 2014, o deixamos com esta sinistra bolacha para embalar seus festejos! Feliz Ano Novo!

Ratos De Porão - (2014) Século Sinistro:

01 Conflito Violento
02 Neocanibalismo
03 Grande Bosta
04 Sangue E Bunda
05 Século Sinistro
06 Jornada Para O Inferno
07 Prenúncio De Treta
08 Stress Pós-Traumático
09 Viciado Digital
10 Boiada Pra Bandido
11 Progreria Of Power
12 Puta, Viagra E Corrupção
13 Pra Fazer Pobre Chorar

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tinariwen - (2014) Emmaar


Está um calor supimpamente do carOlho! Uma quentura dos infernos dantescos! Então, resolvi trazer uma trilha sonora que combinasse com este clima de deserto do Saara. Trouxe-lhe hoje, a banda de World Music que mais tem bombando na atualidade: Tinariwen. Este fenômeno dos desertos saáricos nasceu em um campo de rebeldes em guerra na região de Muamar Al-Gaddafi no Mali. Ibrahim Ag Alhabib, fundador da banda, quando ainda pequenino, após assistir um filme de cowboy onde uma personagem tocava violão, apaixonou-se pelo instrumento e decidiu o que queria ser na vida. O destino, contudo, preparou o caminho para a realização de seu desejo, pois ao ser forçado a participar das revoltas do grupo guerrilheiro Tuareg, entrou em contato com os colegas que viriam formar a sua banda. Gravaram uma demo e bombaram. As experiências da vida no deserto são a temática principal de seu trabalho, e sua belíssima simplicidade estética de harmonia flutuante, composta de miríades de dedilhados meio Folk, conquistou o mundo. Emmaar é o seu sexto álbum de estúdio. Refresque-se neste oásis!

Tinariwen - (2014) Emmaar:

01 Toumast Tincha
02 Chaghaybou
03 Arhegh Danagh
04 Timadrit In Sahara
05 Imidiwan Ahi Sigdim
06 Tahalamot
07 Sendad Eghlalan
08 Imdiwanin Ahi Tifhamam
09 Koud Edhaz Emin
10 Emajer
11 Aghregh Medin

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Deslizamentos desérticos:


Paixão pelas cordas:


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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Thievery Corporation - (2014) Saudade


Uma bolacha relax cheia de ambiências nostálgicas para deixar saudade de 2014! Território da Música: "Já fazia tempo que o duo norte-americano Thievery Corporation vinha namorando a bossa nova e declarando aqui e ali seu amor por Tom Jobim. Com 'Saudade', [...] dá para dizer que Rob Garza e Eric Hilton se casaram com o estilo. [...] ficou pouco daquele trip hop, do dub e do acid jazz [...]. O clima downtempo e arrastado se manteve, obviamente, por se encaixar na proposta, mas tudo soa mais orgânico. [...] A saudade do título, aliás, não indica só o pé na música brasileira. Indica também uma nostalgia nas referências, na sonoridade que empresta elementos de Serge Gainsbourg e Ennio Morricone. [...] Chamaram, inclusive, vocalistas que cantam em português, [...], e também o percussionista brasileiro Roberto Santos. [...] também traz os argentinos Natalia Clavier e Federico Aubele, além da já conhecida vocalista LouLou Ghelichkhani e de Karina Zeviani do Nouvelle Vague. Seja em português, francês, espanhol, italiano ou inglês, as canções soam como um sonho preguiçoso. [...] é um belo disco".

Thievery Corporation - (2014) Saudade:

01 Décollage (Feat. Lou Lou Ghelichkhani)
02 Meu Négo (Feat. Karina Zaviani)
03 Quem Me Leva (Feat. Elin Melgarejo)
04 Firelight (Feat. Lou Lou Ghelichkhani)
05 Sola In Citta (Feat. Elin Melgarejo)
06 No More Disguise (Feat. Lou Lou Ghelichkhani)
07 Saudade
08 Claridad (Feat. Natalia Clavier)
09 Nós Dois (Feat. Karina Zaviani)
10 Le Coeur (Feat. Lou Lou Ghelichkhani)
11 Para Sempre (Feat. Elin Melgarejo)
12 Bateau Rouge (Feat. Lou Lou Ghelichkhani)
13 Depth Of My Soul (Feat. Shana Halligan)

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Flutuações (faixa Depth Of My Soul - Feat. Shana Halligan):



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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tune Yards - (2014) Nikki Nack


Jurava que a voz de Merrill Garbus era a de um homem, antes de saber que o vocalista do Tune Yards é uma mulher. Aí eu vi uns vídeos do grupo ao vivo e confirmei minha ilusão auditiva. Ela canta muito bem, e junto com suas backing vocals, constroem deliciosas espirais melódicas, surfam em experimentações silábicas e fazem malabarismos solfejantes no cantar. E não só cantam, como também, se divertem em danças, interpretações e dramatizações cantarolescas; a voz é o instrumento principal no Tune Yards. A influência da música africana em seus trabalhos é mais do que evidente; os instrumentos percussivos formam praticamente toda a base das composições e os efeitos eletrônicos são apenas adereços de texturização ambiental. Tanto é verdade que fora todo material percussivo, o que se tem de diferente no uso da banda, é uma linha de baixo e um tecladinho sintetizado. Tune Yards faz muitíssimo com pouquíssimo. Poucas bandas conseguem explorar sua potencialidade criativa sendo tão econômicas. Nikki Nack é o terceiro álbum do grupo, e vale a pena saboreá-lo nestes derradeiros dias de 2014.

Tune Yards - (2014) Nikki Nack:

01 Find A New Way
02 Water Fountain
03 Time Of Dark
04 Real Thing
05 Look Around
06 Hey Life
07 Sink O
08 Interlude Why Do We Dine On The Tots
09 Stop That Man
10 Wait For A Minute
11 Left Behind
12 Rocking Chair
13 Manchild

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Maluquices psicodélicas !!!


Ao "vivis" !!!


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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Gramatik - (2014) The Age Of Reason


Experimentos dubstepísticos estão na moda. Muitos djs produtores estão brincando com esse estilo da música eletrônica, e o experiente produtor esloveno Gramatik também resolveu nos presentear com algumas delícias sonoras temperadas nesta vibe. Em suas bolachas anteriores pode-se saborear suculentos beats que mostram sua influência e preferência pelo jazz, hip-hop e soul-funk, e neste mais novo trabalho intitulado The Age Of Reason, além de trazer-nos a experiência destas bombásticas combinações da música negra, dá uma apimentada misturando-as com as loucuras distorcidas do dubstep. Ele continua proporcionando-nos momentos de concentração e viagens introspectivas permeadas de nostalgias oníricas, mas agora, retirando-nos repentinamente do sono quando psicodelias tortas e estilhaçadas de efeitos surgem desmanchando nossas paisagísticas imagens mentais, rsrsrs; ingressa-se num outro nível da música. Pode-se dizer que ele preferiu dar uns temperos mais agressivos a sua sonoridade. Achei esse disco muito similar ao Rebel Era do GRiZ. Muito bom. Tchau!

Gramatik - (2014) The Age Of Reason:

01 Brave Men (Feat. Eskobars)
02 Torture (Feat. Eric Krasno)
03 Bluestep (Album Version)
04 Pardon My French
05 We Used To Dream (Feat. Exmag & Gibbz)
06 You Don't Understand
07 Obviously (Feat. Cherub And Exmag)
08 Control Room Before You (Feat. ILLUMNTR)
09 Prime Time
10 Get A Grip (Feat. Gibbz)
11 Just Jammin' NYC (Feat. Exmag)
12 Expect Us
13 Faraway (Feat. Orlando Napier)
14 No Turning Back
15 It's Just A Ride

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Uma introspecção porreta (faixa Brave Men - Feat. Eskobars):


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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Chris Joss - (2014) Bimbo Satellite


Bem, Chris Joss é um produtor e multi-instrumentista francês que até o momento nos presenteou com oito álbuns de estúdio; Bimbo Satellite é o oitavo. Chris Joss já apareceu por aqui antes com o disco Sticks. Bimbo Satellite é um pouco mais diferente que a bolacha de 2009, que é a minha favorita. Neste trabalho de 2014, a ênfase em grooves mais eletrônicos é o grande destaque. Chris Joss provavelmente é um grande apreciador do soul-funk, e nesta sua mais nova bolachinha crocante, há um recheio bem condensado de graves pomposos em baixos calibradíssimos, guitarrinhas em efeitos molhados saturadas de remelexo, e eletronicidades cósmicas e psicodélicas trazendo flutuações de trips psiconáuticas para o ambiente. Acho mesmo é que este músico é um consumidor recreativo de substâncias psicotrópicas, rsrsrs, pois sua estética espelha um colorido versátil e plástico bem típico daquelas pirações setentistas dos hippies malucos e brisados. Este álbum consegue fazer um ótimo apanhado de tudo o que já foi experimentado pelo artista em seus trabalhos anteriores. Recomendadis!

Chris Joss - (2014) Bimbo Satellite:

01 Say Yeah No
02 Pulse Momentum
03 Bimbo Satellite
04 Pepsin Queen
05 Acetate Potion
06 Bigger Nature
07 Tonewheels Of Steel
08 Incidental Affair
09 Rain City 1
10 Rain City 2
11 Time Head
12 Terasonic Overload
13 Meanwhile Back At The Club

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

JariBu Afrobeat Arkestra - (2014) JariBu


Mais uma suculentíssissississiiiiiiiissima bolacha! Duvido você adivinhar do que é! Não vou dar pistas, terá de descobrir sozinho. Bem, JariBu Afrobeat Arkestra é uma banda japonesa, e os japoneses, acabo de descobrir, são muito bons no batuque, deveriam vir mais vezes para a Bahia conhecer nossos tambores. JariBu é o terceiro álbum desse povo, tá quentinho ainda, lançamento recente. Não sei nem o que comentar sobre o disco; já o ouvi uma porrada de vezes; coloquei-o no pen-drive para saboreá-lo enquanto passeio no carro; é uma viagem total! Miles Davis já havia dito: "O afrobeat será uma das músicas do futuro". Tenho de concordar, o negócio não enjoa de jeito nenhum; é um dos gêneros mais deliciosos que tenho escutado ultimamente. Gosto muitíssissississiiiiiiissimo de um sincretismo musical, e é no afrobeat que vejo e ouço uma expressividade multiculturalista bem recheada. Sinfonias de metais solfejadores de alegria super colorida; ritmo quente compassando bamboleios macumbeiros; flautas que encantam e hipnotizam as mais inusitadas serpentes; e outras lindas características. Cinco estrelas!

JariBu Afrobeat Arkestra - (2014) JariBu:

01 Devil (Pt. 1-2)
02 One By One
03 KEW
04 Wild Pansy
05 Afro Rodeo
06 Witness
07 Unrevealed Truth
08 Yellow Joint
09 Dancers In The Darkness
10 BOMB

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Third Coast Kings ‎- (2014) West Grand Boulevard


Há pouco menos de um mês atrás, publiquei aqui no Blog o maravilhoso primeiro álbum do Third Coast Kings, autointitulado. Agora, volto com a mais nova e ainda quentíssima bolacha do grupo, seu segundo trabalho batizado West Grand Boulevard. O que mudou? Nada! Continuam muito bons e também é um disco que vale a audição. Todo o meu comentário sobre a bolacha primogênita ainda encaixa-se perfeitamente neste trabalho consecutivo: "Mais groove, mais balanço, mais remelexo, mais swing, mais molejo dos quadris e pés bem articulados numa dança de fogo! [...] casamento perfeito de virtuosidades guitarrístcas com metais [...] que entrelaçam-se e fundem-se numa simbiose de múltiplos coloridos sonoros [...] A marcação rítmica é quase hipnótica e cria uma base forte que não nos deixa sair por um instante sequer do espírito grooveiro. Há variados solos de trompetes e saxofones  recheados de profissionalíssimo desempenho técnico de quem não está para brincadeira. [...] É um disco super charmoso, mano!" Um alimento sonoro bem nutritivo para esta segunda-feira morosa!

Third Coast Kings ‎- (2014) West Grand Boulevard:

01 Ice Cream Man
02 Get Some, Leave Some
03 Moving In The Night
04 High Tops
05 Sporting Life (I'€m A Man)
06 West Grand Boulevard
07 Turns To Sunshine
08 Lead Foot
09 Birds And Bees
10 Jelly Roll
11 Just Move
12 Errol Flynns

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Groovah, de novo! (faixa Just Move):


Ainda mais, um apaixonante groovah! (faixa Birds And Bees):


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

The Budos Band - (2014) Burnt Offering


Eles voltaram! E voltaram arrebentando tudo! Literalmente mesmo, já que voltaram, depois de quatro anos sem lançamentos, com as mãos muito mais pesadas. Neste novo e quarto álbum do The Budos Band, intitulado Burnt Offering, percebe-se um tratamento mais rockístico e pesado, tanto no jeito de tocar, na estética, e nos grooves mais recheados e encorpados. As referências ao rock'n'roll psicodélico setentista são várias: introduções sabbathianas tenebrosas ao estilo filmes de terror; solos lisergicamente mirabolantes de guitarra; tecladísticos órgãos cheios de choro flutuante; morosas conduções rítmicas duma viagem de travessia de deserto; e, tudo isso aí atrás, junto com o suculentíssimo naipe de arrasadores metais soprando violência e ostentação sonora pra tudo que é lado! Mesmo com toda essa experimentação, a banda conseguiu manter-se fiel ao estilo e inovou de maneira satisfatória o seu repertório. E, não se preocupe! Ainda se tem muito swing, balanço e groove na bolacha! Para mim é um disco de respeito, e há a possibilidade de este ser um dos melhores trabalhos do grupo.

The Budos Band - (2014) Burnt Offering:

01 Into The Fog
02 The Sticks
03 Aphasia
04 Shattered Winds
05 Black Hills
06 Burnt Offering
07 Trail Of Tears
08 Magus Mountain
09 Tomahawk
10 Turn And Burn

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Ikebe Shakedown - (2014) Stone By Stone


Oficina De Macacos: "Ikebe Shakedown é o nome da trupe. Vieram do Brooklyn gabando-se por trazer um dos mais fantásticos discos de 2014. A big band, formada em 2008, reuniu 'amigos de classe' que tinham o mesmo apetite e admiração pela música africana. Cozinharam a ideia e serviram uma obra-prima da mais alta gastronomia sonora. O disco 'Stone By Stone' [...] apresenta a suculência rítmica, harmônica e de conceito trazida na bagagem dos sete integrantes. [...] O groove parece ter sido extraditado cirurgicamente dos anos 70. Carrega, sem esforço, elaborados diálogos entre o naipe de metais, refinadas e precisas casqueiradas na guitarra, baixo com groove pesado e macio. Uma viajem a se fazer sem piscar, abismado. A combinação final ventila bons ares na 'fábrica global de música africana', aquela que traz referências da música de origem africana mas que são produzidas e estilingadas nos infinitos cantos do mundo. Agradecemos por ter a Oficina De Macacos {e o Santería também, rsrsrs} como um desses cantos... E não se preocupe, desta pedrada você não vai querer desviar!"

Ikebe Shakedown - (2014) Stone By Stone:

01 The Offering
02 Stone By Stone
03 The Beast
04 By Hook Or By Crook
05 Rio Grande
06 Last Stand
07 Cover Your Tracks
08 Chosen Path
09 The Illusion
10 Dram

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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Criolo - (2014) Convoque Seu Buda


Estou meio atrasado na postagem deste disco, pois a maioria dos Blogs que eu sigo já o publicaram nas semanas anteriores próximas à data de lançamento oficial do artista. Mas acontece que só deixo a postagem de um disco nacional para o fim do mês, e nesta altura do campeonato, Criolo dispensa qualquer apresentação, não é? O cara tem sido um dos artistas brasileiros mais escutados na atualidade, e não só um dos mais escutados, também um dos mais criativos. Ao se associar a artistas independentes e inovadores da musicalidade brasileira, tem contribuído para a evolução sonora nacional, e junto com uma outra gama de talentosíssimos rappers, podemos dizer que a cena do Rap nacional nunca mais será a mesma após suas contribuições. Convoque Seu Buda é o terceiro trabalho criolês de inéditas. Para comentários mais completos e interessantes, deixo-o com os seguintes Blogs: Miojo Indie, Na Mira Do Groove, RockinPress, e Eu Ovo. Ainda devemos aqui no Blog, a publicação de seu trabalho anterior Nó Na Orelha, já ouvido pra carOlho no mundão, mas que ainda vale a pena agregá-lo em nossas indicações.

Criolo - (2014) Convoque Seu Buda:

01 Convoque Seu Buda
02 Esquiva Da Esgrima
03 Cartão De Visita
04 Casa De Papelão
05 Fermento Pra Massa
06 Pé De Breque
07 Pegue Pra Ela
08 Plano De Voo
09 Duas De Cinco
10 Fio De Prumo (Padê Onã)

Deguste um FULL Fluxo concedido pelo próprio artista:


Visite a página do artista e siga o Fluxo por lá mesmo, liberado pelo próprio artista também, aí sim: Criolo

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Woima Collective - (2014) Frou Frou Rokko


Depois de três anos, e ao estudar no continente africano novos ritmos para novas experimentações afrobeatísticas, Woima Collective lança seu ainda mais delicioso segundo álbum. Frou Frou Rokko é o título, e em Mali significa algo como "hospitalidade". Johannes Schleiermacher, líder do grupo, sentiu-se bem recebido neste país ao visitá-lo para fazer suas pesquisas musicais. Dessas pesquisas que agruparam conhecimentos culturais não só de Mali, mas também de Marrocos e Senegal, surgiu o substrato influenciador deste novo trabalho. Posso dizer que nele os elementos básicos característicos da banda continuam os mesmos ("viagens cabulosas e temas sombrios; simplicidade estrutural e precisão técnica nos efeitos buscados; combinações bem criativas em fluências que vão misturando e agregando ritmos sem soarem estranhos"), com a diferença de estarem muito mais aprofundados e tecnicamente bem explorados. Aqui o experimentalismo está mais solto e polido, e a virtuosidade flui com liberdade e clareza dinâmica. Confira também o primeiro trabalho deles em nossa outra postagem: aqui!  

Woima Collective - (2014) Frou Frou Rokko:

01 Anchihoy Fanfare
02 Brain Clear Heart
03 Malaria
04 Sabada Hui
05 Interflute
06 Le Petit
07 SSyk Sini
08 Escape Cultural
09 Interlude
10 The Castle

Deguste um Fluxo:



Antes, no outro post, a banda não tinha página oficial, agora têm, visite-os: Woima Collective

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sinkane - (2014) Mean Love


Como hoje não estou tão inspirado para embromar comentários sobre a bolacha, convoco outro site bacana para me ajudar - Música Café: "Sinkane é o nome artístico do músico londrino Ahmed Gallab, uma espécie de Bruno Mars alternativo, que [...] {lançou} no dia 02 de Setembro seu segundo disco Mean Love. O músico se destaca pela versatilidade em explorar tudo o que está ao seu alcance para fazer um disco recheado de ritmos dançantes e vibes que refletem sua criatividade em aproximar ou fundir sons de estilos diferentes sem efeitos colaterais.O músico consegue tirar da sua voz um timbre que caracteriza o RnB incorporado ao pop cheio de modulações propositais para se adaptar ao ritmo que a música vai seguindo. Os grooves condicionados pela aparelhagem eletrônica unem o funk, o jazz, o psicodélico marcando cada música com batidas exóticas, cheias de influências {muitas da musicalidade africana}. Sinkane extrai elementos de cada estilo para criar um disco bem segmentado fazendo valer seus improvisos certeiros e envolventes, te remetendo a vários lugares dentro de um só disco, Mean Love".

Sinkane - (2014) Mean Love:

01 How We Be
02 New Name
03 Yacha
04 Young Trouble
05 Moonstruck
06 Mean Love
07 Hold Tight
08 Galley Boys
09 Son
10 Omdurman

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Aprenda a seguir o Fluxo:


Visite a página do artista: Sinkane

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Fox Capture Plan - (2014) Wall


Mais uma bolachinha saborosa vinda diretamente da terra do sol nascente. Jazz! Sim, mais uma e muitas vezes, jazz! Você gostou do Mouse On The Keys? Eu sei que gostou, por isso, com certeza também saboreará entusiasticamente o trio Fox Capture Plan. Uma batera, um cello, um teclado, e o pau come solto. Muita simplicidade e beleza, acabamento refinadíssimo, produção fodástica. Wall é o terceiro álbum deste power trio jazzístico. É um disco suave e elegante com diversos momentos de êxtase contemplativo; há delicadeza lírica intercalada com grooves recheados e encorpados, há ascensão melódica digressiva em virtuosos solos tecladísticos, e há uma paz de espírito que preenche o ambiente com sonoridade angélica. Temos uma trilha sonora para momentos relax, acompanhado de um bom vinho, ou de uma breja mesmo! Mas, como sei que hoje é segunda-feira (e provavelmente você já deve estar pensando na sexta), não tem vinho nem breja, então, fiquemos só com o momento relax a nos dar força para o restante da semana. Destaque para o cover de Paranoid Android do Radiohead. Até mais!

Fox Capture Plan - (2014) Wall:

01 Into The Wall
02 Shissou Suru Senkou
03 Elementary Stream
04 Paranoid Android
05 Helios
06 Unsolved
07 Tong Poo
08 A,S,A
09 This Wall
10 The Beginning Of The Myth, Ep.II

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Mas que beleza!



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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

The KutiMangoes - (2014) Afro-Fire


The KutiMangoes é uma banda dinamarquesa de adivinha o quê? Afrobeat, ora bolas! É o gênero que mais tenho apreciado postar por aqui, e é o que mais tenho escutado ultimamente junto com música eletrônica e jazz. Inclusive esses outros dois gêneros estão presentes também na musicalidade do grupo. Assim como a postagem anterior do AfroMassive - outro grupo com influências semelhantes -, The KutiMangoes gosta de brincar com experimentações sutis em sua estética. Michael Blicher, saxofonista profissional e líder da banda deixa evidente que suas inspirações deslancham-se de figuras emblemáticas como Felá Kuti, Charles Mingus e Ornette Coleman, mais um tempero de Soul, Jazz eclético e Blues. Afro-Fire é o primeiro trabalho da rapaziada, e, com este título "nada" sugestivo, posso dizer que realmente chegam botando fogo em tudo mesmo! É um disco bem energético. Batucadas, remelexos, sacolejos e muita macumba; refinados saxofones solísticos com marcações rítmicas "só no sapatinho"; massivas evoluções digressivas em crescendo, aumentando a temperatura ambiental. É quente!

The KutiMangoes - (2014) Afro-Fire:

01 Fire
02 Feeling Good
03 Something Yellow
04 Pass It On
05 Song For Fela
06 Moanin'
07 Walking Man
08 Slowly
09 Desert Moon
10 Song For Fela (Remix)
11 Fire (Remix)

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

AfroMassive - (2014) Fill The Void


AfroMassive, banda estadunidense de Afrobeat super descolado. Fill The Void é o segundo álbum do grupo (mas não tenho certeza se é o segundo mesmo, não encontrei as informações necessárias para confirmar, Rsrsrs). Além de incorporar os excelentíssimos elementos básicos de um bom Afrobeat, essa galera resolveu incrementar deliciosas inovações ao que por si só já é uma síntese sonora multicolorida. Trazem ao ouvinte singelos flertes com a música eletrônica, o Hip-Hop, o Soul-Funk, o Reggae e o Dub. E, sim, ficou muito bacana! O disco desenrola-se numa fluência saborosa onde cada faixa se encaixa e entrelaça-se uma a outra, formando quase um continuum sinfônico, convictamente belo e harmonioso. Em alguns momentos há guitarras se aventurando em improvisações solísticas que nos fazem viajar em estéticas bluezeiras, e depois são os metais nos levando aos refinados clubes de Jazz. Contudo, o forte da bolacha é o tradicional Afrobeat cheio de groove e swing. São tantas faixas legais que nem soube qual escolher para a degustação fluxional, mas espero que delicie-se orgasmicamente! Ui!

AfroMassive - (2014) Fill The Void:

01 Stumblin'
02 Full Void
03 Por Ejemplo
04 Let It Go (With Lafa Taylor)
05 Headband
06 Svengali
07 Gimme My Change Back
08 Gypsy Tears (Featuring Abstract Rude & Sunspot Jonz)
09 Cheetah
10 Cheetah II
11 Assembly Line
12 Falling Forward

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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Yeasayer - (2007) All Hour Cymbals


Não sei nem por onde começar para falar sobre este disco! Simplesmente acho-o fantástico, e com absoluta certeza e convicção, considero-o uma das melhores coisas que já ouvi na vida! Para mim, foi um daqueles discos que marcaram um momento especial da vida, sabe?! Pois é, a sincronicidade cósmica uniu uma vivência processual de transformação e amadurecimento íntimos, com esta maravilhosa trilha sonora enriquecedora dos meus sentidos e de significâncias intuitivas. Este é um disco Espiritual, Rsrsrs; pelo menos, assim o percebo. Yeasayer é uma banda estadunidense de Rock Alternativo experimental. All Hour Cymbals é e será, seu primeiro e insuperável álbum. Por quê? Vamos lá: letras com simbolismos místico-esotéricos de metáforas profundas; experimentalismo instrumental cheio de combinações eletrônicas e bases flutuantes; vocais entrelaçados e sobrepostos com corais; suavidade melódica criando uma atmosfera hipnótica-brisante; percussões e outros elementos que aproximam sua estética às sonoridades mântricas orientais; melancolia e contemplação, e etc de tudo de bom! Então, entorpeça-se sem dó!

Yeasayer - (2007) All Hour Cymbals:

01 Sunrise
02 Wait For The Summer
03 2080
04 Germs
05 Ah,Weir
06 No Need To Worry
07 Forgiveness
08 Wait For The Wintertime
09 Many Waves
10 Worms
11 Red Cave

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FLOWtuações ao "vivis" !!!


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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Pretty Lights - (2013) A Color Map Of The Sun


Hoje vamos viajar mais um pouquinho em ondas sonoras eletrônicas bem coloridas e iluminadas. A bolacha deste início de tarde é uma psicodelia charmosa e experimental, onde cada elemento musical é muito bem combinado para formar um arco-íris de sonoridades plásticas. Pretty Lights é um projeto do dj estadunidense Derek Vincent Smith, e A Color Map Of The Sun é o seu elogiadíssimo quarto trabalho. Se você gostou do GRiZ, certamente vai pirar neste disco também. Ele flui quase na mesma pegada: "[...] elementos do jazz, soul-funk, hip-hop, reggae, pop, breakbeat, eletrotecno, dance, chillout, downtempo, glicth, dub, dubstep", e o diferencial é que Pretty Lights neste trampo, prefere deslizamentos estéticos mais viajantes e industriais. A capa do disco é uma imagética perfeita do conteúdo: flutuações atmosféricas, fluxos coloridos numa viajem brisante. Infelizmente não consegui a versão deluxe com bônus e sesssions ao vivo para seguirmos o fluxo, mas disponibilizo para audição esse full álbum super recheado, liberado pelo próprio artista no Soundcloud. Confira essa viagem!

Pretty Lights - (2013) A Color Map Of The Sun:

01 Color Of My Soul
02 Press Pause
03 Let's Get Busy
04 Around The Block
05 Yellow Bird
06 Go Down Sunshine
07 So Bright
08 Vibe Vendetta
09 Done Wrong
10 Prophet
11 One Day They'll Know
12 Always All Ways
13 My Only Hope

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Um vídeo bacaníssimo! (faixa Around The Block):


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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

SaQi - (2013) Quest's End


Hoje eu estava precisando ouvir uma coisa mais relaxante, sabe?! Muito trabalho no cotidiano profano, compromissos, responsabilidades e um montão de outras baboseiras de quem vive neste sistema. Bem, o disco que vos apresento é um oásis em meio a essa balburdia mercadológica. É um delicioso fluxo house-downtempo-jazzdance, música eletrônica hipnotizadora com temperos zen. Olhe aí para a capa do disco! É exatamente isso que você vê: uma atmosfera de contemplação para levá-lo aos espaços interiores de sua mente borbulhante de imagens e sensações; basta desligar essa cabeça fritante de pensamentos do estresse do dia-a-dia e fluir nas ondas sonoras. SaQi é um projeto do dj estadunidense Luke Solman, e Quest's End é o seu primeiro álbum. Dessa vez resolvi fazer diferente e propus-me a colocar um full stream na degustação. Até poderia ter feito assim na degustação de alguns outros artistas que disponibilizaram seus trabalhos para audição, mas quis deixá-lo com um gostinho de quero-mais nos posts anteriores, rsrsrs. Dê o play, escute-o e se gostar da qualidade da bolacha, é só seguir o fluxo, beleza?

SaQi - (2013) Quest's End:

01 Quest's End
02 No Hay Banda (Feat. Rorschack)
03 Your Last Breath
04 Saturn (Feat. The Human Experience)
05 Jarro (Feat. The Polish Ambassador)
06 Wildlight - Live Inside A Dream (SaQi Remix)
07 Explode Into Clouds (Feat. Worth)
08 When You Hear Me Prayin' (Feat. KMLN & Santino Rice)
09 Cherubim
10 Spirit's Cradle (Feat. Leah Song & Worth)
11 Lulacruza - Simple Reflejo (SaQi Remix)

Deguste um fluxo:


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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

The Herbaliser Band - (2000) Session One


Wikipedia: "The Herbaliser é uma banda de jazz-hip-hop formada por Ollie Teeba e Jake Wherry, em Londres, Inglaterra, no principio dos anos 90. Uma das mais famosas bandas da editora independente de discos Ninja Tune. Jake, que cresceu ao som do jazz e de James Brwon, inicia-se como músico ao tocar guitarra e baixo em várias bandas de jazz-hip-hop, tais como The Propheteers e The Meateaters. Ollie é mestre do scratch e adepto do hip-hop, que descobre os 15 anos. Em 1984 os dois músicos encontram-se e um pouco mais tarde formam o coletivo." Na verdade, a especialidade da dupla britânica é uma música eletrônica recheada de influências e inferências da cultura hip-hop. Neste trabalho, que é uma espécie de projeto paralelo, deixam meio de lado as arquitetações eletrônicas para construir um som mais orgânico, ao ter uma banda cheia de groove e swing como base e estrutura principal de seus Fluxos. Este projeto teve até o momento dois volumes: o Session One, que vos apresento hoje, e o Session Two, de 2009, que apresentarei outro dia. Este é um disco muito bacana!

The Herbaliser Band - (2000) Session One:

01 Whos The Realest
02 Ginger Jumps The Fence
03 Shocka Zulu
04 Shattered Soul
05 Sensual Woman
06 Missing Suitcase
07 Goldrush
08 Forty Winks

Deguste um fluxo (faixa Ginger Jumps The Fence):



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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Huey - (2014) Ace


Huey é uma banda brasileira de Stoner Rock instrumental pesadão. Conheci o som dessa rapaziada no mesmo dia do show do Dub Trio no Sesc Pompéia. Eles abriram a apresentação e fiquei surpreendido com a qualidade sonora e o ótimo desempenho técnico dos caras; mandaram super bem! Provavelmente suas performances ao vivo são sempre contagiantes, e é difícil ficar indiferente ao impacto da massa sonora produzida. A música dos caras possui uma capacidade de preencher o ambiente de forma gorda, grande, e cheia, pois a timbragem de guitarras (que são três!), como é característico neste estilo, tem efeitos raspantes, friccionantes, e coisas parecidas com descargas elétricas de alta voltagem, Rsrsrs. Achei bem profissional, mesmo! Ace é primeiro álbum da banda, e nos traz apenas sete faixas que são o suficiente para nos embalar numa viagem de desertos áridos com cactos espinhentos e calor infernal; imagem de road-movies norte-americanos, mas que combina com certos lugares de nosso Nordeste. Gostei muito da produção, acabaram numa estética bem fiel ao estilo Stoner. Rock pauleira e secão!

Huey - (2014) Ace:

01 Sex & Elephants
02 Baby Monstro
03 Por Detrás De Los Ojos
04 Pedregulho
05 Valsa De Dois Toques
06 Nice Weather For The Carnaval
07 Samuel Burns

Deguste um Fluxo:


Sente a pegada!


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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Three Trapped Tigers - (2011) Route One Or Die


Three Trapped Tigers é um power trio britânico de math rock experimental (o math rock por si só já é experimental, mas neste grupo vale salientar que ele é ainda mais experimental), e Route One Or Die é o seu primeiro trabalho. Este estilo de se tocar o rock, atualmente, é o que mais tem me agradado, e não porque eu o considere melhor do que os outros estilos, mas sim por flertar bastante com a música experimental e em grande parte ser apenas instrumental. Como eu já havia dito outras vezes, essa característica instrumental dá outras possibilidades mais aprofundadas para a expressão dos sentidos e sensações no som, puro instinto e pura intuição juntos; duvidas? Escute esse disco, cara! O Three Trapped Tigers neste álbum nos traz uma exuberante combinação de texturas eletrônicas cósmico-viajantes cheias de chiados de estática televisivo-radiofônicas em teclados sintetizados, misturados ao som do rock pesado numa batera desdobrando beats quebrados, e guitarras explorando mil possibilidades de efeitos harmônicos ao groove de timbres graves. É mó viajem!

Three Trapped Tigers - (2011) Route One Or Die:

01 Cramm
02 Noise Trade
03 Creepies
04 Ulnastricter
05 Zil
06 Drebin
07 Magne
08 Reset

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Quem sabe, faz ao vivo! (Apresentação no BeatCast Live Series):



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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pomegranate Tiger - (2013) Entities


Não sei quanto a você, mas eu também sou apaixonado por Rock Pauleira. Principalmente quando é algo muito bem feito como o trabalho apresentado hoje. E o mais importante é que ele é todo instrumental; música instrumental é o que acho haver de mais fod@ no momento! Pomegranate Tiger é uma banda canadense de Experimental-Progressive Metal, e Entities é seu maravilhoso álbum de estreia; e mano, que estreia! Eu já havia escutado outras coisas instrumentais do gênero, mas ao ouvir este disco em especial, tive uma maior impressão de que às vezes as palavras nas músicas atrapalham o que os sons por si só, naturalmente, têm a expressar. Neste trabalho, as melodias em múltiplos dedilhados digressivos virtuosísticos, aliadas a pesadíssimos grooves de guitarras com timbres cavernosos, desdobram-se em triunfantes explosões expansivas e ostensivas que preenchem o ambiente com imensas flutuações atmosféricas de alto astral. Cadências quebradas, solos sobre solos, vinhetas pianísticas, calmaria predecessora de crescendos bombásticos, técnica exuberante, produção caprichada. Vale!

Pomegranate Tiger - (2013) Entities:

01 Gift Of Tongues
02 Maxims
03 Stars
04 Drifting
05 New Breed
06 Mountains In The Sky
07 Not To See The Sun
08 Ocean - I. White Ship
09 Ocean - II. Maelstrom
10 Ocean - III. The Golden Portal
11 Sign Of Ruin
12 Regenisis

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

And So I Watch You From Afar - (2013) All Hail Bright Futures


Para variar um pouco o cardápio do blog e fugir temporariamente das postagens anteriores mais voltadas ao jazz-soul-funk, hoje trago um rock bem barulhento e viajante. Wikipedia fala um tiquinho: "And So I Watch You From Afar é um quarteto instrumental post rock de Belfast, Irlanda do Norte. A banda é formada por Rory Friers e Tony Wright nas guitarras, Johnny Adger no baixo e Chris Wee na bateria. O Grupo é bastante citado em várias publicações musicais, como Kerrang! e NME. Eles se tornaram bastante conhecidos pela sua energia e vigor nas performances ao vivo." Quanto ao trabalho dessa rapaziada: encontramos elementos do math rock com suas malucas digressões melódicas misturadas as viagens atmosféricas melancólicas do post rock; muita chiadeira ao estilo shoegaze-noise; cantos corais solfejados em frases de efeito mântricas e onomatopeicas; ruídos esquisitos, guitarras pesadas, enfeites eletrônicos e prataria na batera detonada pra tudo que é lado deixando o som bem alto. All Hail Bright Futures é o quarto álbum da banda. Até mais!

And So I Watch You From Afar - (2013) All Hail Bright Futures:

01 Eunoia
02 Big Thinks Do Remarkable
03 Like A Mouse
04 Ambulance
05 The Stay Golden Pt. 1
06 The Stay Golden Pt. 2 (Rats On A Rock)
07 The Stay Golden Pt. 3 (Trails...)
08 Mend And Make Safe
09 Ka Ba Ta Bo Da Ka
10 Things Amazing
11 All Hail Bright Futures
12 Young Brave Minds
13 Gum (Bonus Track)
14 Spiderbox (Bonus Track)

Deguste um fluxo:


Fluxo experimental ao vivo! (faixas Eunoia e Big Thinks Do Remarkable):


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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars - (2004) The Last Bullfighter


José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars é um super conjunto de figuras legendárias do Latin Jazz. Seu bandleader José Rizo, além de ser um dos grandes músicos nessa empreitada, é um locutor de rádio que apresentava um programa chamado “Jazz On The Latin Side” no KKJZ 88.1 FM (KJazz) em Long Beach, California. Logicamente, o título do programa acabou inspirando e sendo usado como nome para o conjunto. Os caras fazem uma porretíssima sonzeira virtuosa! A experiência técnica de anos dedicados ao jazz são extremamente evidentes em seus trabalhos, sentimos todo um profissionalismo amoroso fluindo nas caprichadas e saborosas músicas. The Last Bullfighter é o terceiro trabalho de Rizo neste projeto. Fica muito difícil saber qual o melhor álbum até o momento, é só coisa fina realizada por esse camarada e sua trupe. A especialidade desse pessoal é o Latin Jazz, e a pauleira come solta em inúmeras batucadas chamuscantes, solos mirabolantes de metais efervescentes de alegria, swingueira nervosa e rodopiantes digressões melódicas formando tornados sonoros. Cinco stars!

José Rizo's Jazz On The Latin Side All-Stars - (2004) The Last Bullfighter:

01 Bebop
02 Caramba
03 The Last Bullfighter
04 Sun God
05 Cozumel
06 Justo's Trane Ride
07 Mr. Drop
08 Ironman James
09 Chupacabras
10 Saoco
11 Rumba Intro
12 Yo Soy La Rumba

Deguste um Fluxo:



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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Menahan Street Band - (2008) Make The Road By Walking


Para mais esta enrolação comentarística, iniciarei pintando este álbum com uma ilustração mental bem agradável. Imagine-se numa linda praia deserta, sinta a suave deliciosa brisa do vento lhe acariciando e refrescando o calor no seu corpo, ouça o mar em seus fluxos e refluxos... Então, você está relaxado e descontraído, está longe de toda a balburdia metropolitana. Está tomando um saboroso drink para entrar na vibe de um outro mundo distante; tudo de bom, não é? Pois bem, como já era óbvio o que eu dizer, este disco é a trilha sonora para este seu momento 'Foda-Se-Todo-Estresse-P%rr@!'. Não se deixe enganar pela capa metropolitana do disco, deveria ser uma praia nela, rsrsrs. Menahan Street Band é uma banda estadunidense de experimentalismos Soul-Funk. Make The Road By Walking é o primeiro trabalho desses caras que foram convidados para formar a banda de apoio do novo 'James Brown' Charles Bradley. Este álbum é de uma morosidade quente e hipnótica, experimental de fluxos melancólicos brisantes, flutuante e deslizante como ondas calmas no mar. Chapado e chapante!

Menahan Street Band - (2008) Make The Road By Walking:

01 Make The Road By Walking
02 Tired Of Fighting
03 Home Again!
04 Montego Sunset
05 Karina
06 The Traitor
07 The Contender
08 Birds
09 Esma
10 Going The Distance

Deguste um fluxo (faixa Tired Of Fighting):


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